30/05/2019

“O Hobbit” – edição ultra luxuosa da HarperCollins chega ao Brasil em julho

Mesmo já tendo adquirido “O Hobbit” há muito tempo e relido a história do antológico Bilbo Bolseiro várias vezes, não posso negar que estou louco para comprar o livro novamente. Parece loucura, não é? “Você já tem o livro, já leu a história três, quatro ou cinco vezes, e mesmo assim quer compra-lo de novo”.
Pois é, a culpa dessa vontade maluca é da editora HarperCollins que decidiu relançar a obra, em 15 de julho próximo, com todos os aparatos de uma popstar. Verdade! É como se essa nova edição fosse uma popstar famosa e cheia de talentos que todo mundo estivesse desesperado para assistir a sua apresentação. Sei que a comparação é amalucada, mas fazer o que? Acho que o sentido da ‘coisa’ é por aí mesmo.
Cara, a edição que a HarperClllins já está divulgando na mídia e nas redes sociais é divinamente fantástica. Daquelas de deixar qualquer leitor apaixonado e qualquer colecionador com taquicardia. Confira só as características dessa “popstar”: capa dura com uma ilustração original da Terra Média feita por J.R.R. Tolkien, escaneada em alta resolução; capas internas com imagens de mapas, também da Terra Média; papel de qualidade; além de um super pôster. Ah! Não posso me esquecer da nova tradução.
E por falar nisso, o remodelamento do texto esteve sob a responsabilidade do jornalista Reinaldo José Lopes, do jornal Folha de S.Paulo, autor de oito livros e tradutor de outras obras de Tolkien, como: “A Queda de Gondolin” e “O Silmarillion”. Ele tem títulos de mestre e doutor pela Universidade de São Paulo por estudos sobre a obra de Tolkien. Entonce galera, já puderam perceber que a retradução de “O Hobbit” da HarperCollins esteve em boas mãos.
Lopes optou por modificar as grafias de alguns termos já consagrados nas obras de Tolkien. Por exemplo: “Anões” deram lugar a “anãos”, “goblins” viraram “gobelins”, a “Floresta das Trevas”, nesta reedição ficou como  “Trevamata”. E por aí afora, mas nada que prejudique o prazer da leitura dos Tolknianos.
Publicado originalmente em 1937, “O Hobbit” foi o primeiro livro de Tolkien a abordar a Terra Média. O romance acompanha Bilbo Bolseiro, um pacato hobbit, convocado a uma aventura por Gandalf, o mago, e os 13 anãos, que partem em busca de um tesouro guardado pelo dragão Smaug.
Essa jornada fará Bilbo e seus amigos atravessarem a Terra-média e enfrentarem inúmeros perigos, sejam eles, os imensos trols, as Montanhas Nevoentas infestadas de gobelins ou a muito antiga e misteriosa Trevamata, até chegarem (se conseguirem) na Montanha Solitária para enfrentarem o maléfico e mortal Samug.
O livro antecede os fatos ocorridos em “O Senhor dos Anéis”, o que torna, portanto, obrigatória a sua leitura, antes da galera “mergulhar” nos enredos dos três livros – “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” - que formam a principal saga escrita por Tolkien.
Taí pessoal! Agora só resta aguardar a chegada de 15 de julho para adquirirmos essa preciosidade reeditada pela HarperCollins. Se você quiser garantir a compra para não correr nenhum risco, basta reserva o seu exemplar que já está em pré-venda na Amazon por R$ 59,36.
Inté!
Detalhes do produto
Capa: Dura
Páginas: 336
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora: HarperCollins
Dimensões:  20,8 x 1,9 x 13,5 cm
Peso de envio: 390g
Lançamento: 15 de julho

26/05/2019

Os Mitos de Cthulhu viram HQ. Obra será lançada pela Pipoca e Nanquim em junho


Antes de contar a novidade, deixe-me fazer uma pergunta. Sabiam que... Cara, pensando bem, não vou perguntar mais nada, aliás estou começando a bancar o tonto, não o índio, aquele amigo do Zorro – que por sinal era muito inteligente – mas o tonto, de fato. É! O paspalho, o aluado ou sei lá mais o que. Afinal de contas, o título do post já é a essência do próprio post, não precisando explicar mais nada. Portanto, não irei enrolar muito no texto, apenas estarei complementando algumas cositas.

Vamos lá. Como o próprio título já diz: “Os Mitos de Cthulhu” - talvez a maior obra
prima de H.P. Lovecraft, considerado um dos mestres do terror - virou histórias em quadrinhos e o seu lançamento no Brasil já tem data marcada. Segundo a Amazon, o livro que está em pré-venda deve aterrissar por aqui no dia 07 de junho. Esta informação já vale um sonoro Ihauuuuuuuuuuuuuuuuu!!! Daqueles bem gritados e esculachados para tremer as paredes da casa do vizinho.
Agora vamos as “novi”, de verdade. A adaptação do texto para os quadrinhos de “Os Mitos de Cthulhu” estará a cargo do artista espanhol Esteban Maroto. E o sujeito é fera, galera. Podem acreditar. Ele começou sua carreira nos anos de 1960 e ganhou destaque ao ilustrar a série Cinco por Infinitus em 1967. Sua arte apareceu em três revistas de horror: Creepy, Eerie e Vampirella. Seu trabalho com quadrinhos de horror ficou conhecido no Brasil com a publicação da revista Kripta pelo Rio Gráfica, lançada em 1976. C-a-a-r-a-c-a! O cara foi o desenhista da antológica Kripta!! Uhauuuu....
Quer mais? Ok, vamos lá. Foi ele que desenhou o biquíni metálico de Red Sonja em Savage Tales publicada pela Marvel Comics. Desenhou também a primeira aventura solo da heroína. Como não bastasse tudo isso, publicou ainda sua Trilogia dos Bárbaros (Wolff, Dax e Korsar) em diferentes edições mundo afora, recentemente compiladas no volume Espadas e Bruxas. Como aperitivo trabalhou em títulos como Zatanna, Aquaman e The Atlantis Chronicles, para a DC Comics. Ufaaa! Acho que o
seu currículo está aprovado, né?
Então galera, é esse cara que assumiu a responsabilidade de ilustrar a obra antológica de Lovecraft.
Em “Os Mitos de Cthulhu”, somos apresentados a três dos contos mais celebrados de Lovecraft: os clássicos A Cidade Sem Nome, O Cerimonial e O Chamado de Cthulhu.
A Cidade Sem Nome“Acompanhamos um arqueólogo que se aventura em busca de uma cidade misteriosa perdida no deserto da Arábia. Mas ela existe mesmo? E se existir, o que esconde?”
O Cerimonial“Um homem é convidado por sua família para testemunhar um antigo ritual na cidade de Kingsport no dia de Natal. O que ele vai descobrir é algo inimaginável e difícil de conceber para um ser um humano. O pano de fundo desse enredo tem um tanto do livro Necronomicon, escrito pelo mágico árabe Abdul Alhazred.”
Esteban Maroto
O Chamado de Cthulhu“A morte do professor Gammell Angel, da Brown University, é o estopim para levar o leitor para à cidade submersa de R’lyeh, no Oceano Pacífico.”
Os Mitos de Cthulhu tem 92 páginas, capa dura, miolo em papel couché e repleta de extras. A obra será publicada no Brasil pela editora Pipoca e Nanquim.
Acredito que nesse momento, os fãs de Lovecraft devem estar vibrando, principalmente aqueles que também são fãs de HQs.
Detalhes do produto
Capa: Dura
Páginas: 92
Autor: Esteban Maroto
Editora: Pipoca e Nanquim
Lançamento: 07 de junho


23/05/2019

“SOBs – Os Implacáveis” do coronel Nile Barrabás teria sido a inspiração para “Os Mercenários” de Stallone?

Coronel Nile Barrabás

Sabe quando você vê algo e esse algo faz com que você se lembre de um outro algo? No meu caso, esse “algo” foi um filme. No início do mês assisti ao primeiro “Os Mercenários”, aquele com o Sylvester Stallone e uma pá de atores famosos do cinema de ação. Duvido que os fãs do eterno Rambo desconhecem a sinopse, mas não custa resumi-la por aqui. Na película, Barney Ross – vivido por Stallone – lidera um grupo de mercenários numa missão secreta: invadir um país sul-americano e derrubar o seu ditador.
Apesar do filme ter sido lançado há quase 10 anos, eu ainda não tinha assistido, o que só fiz agora, recentemente. Então, de repente no meio da exibição, acabei tendo aquela estranha sensação de déjà vu.
 – Epa! Já vi isso antes em algum lugar... – após ter dado essa divagada, acabei me lembrando – Caraca! SOBs, Implacáveis, Barrabás, O Executor... – Estes nomes tão estranhos para as gerações contemporâneas de leitores começaram a pipocar na minha mente sem parar.

Pois é, “Os Mercenários” fizeram com que me lembrasse de duas séries de livros que venderam horrores na década de 1980 e início de 1990, mas que inexplicavelmente, nos anos seguintes, caíram no esquecimento, a tal ponto de ter ficado muito difícil, quase impossível, obter qualquer informação sobre os livrinhos em formato de bolso: “SOBs – Os Implacáveis” e “Mack Bolan – O Executor”.
Os enredos dessas duas séries literárias, principalmente SOBs, tem tudo a ver com o filme que assisti, o que me faz imaginar se Stallone que também dirigiu “Os Mercenários”, em 2010, foi influenciado por SOBs e assim, decidiu se espelhar no coronel Nile Barrabás.
Os Mercenários
Mas vamos aos fatos; o meu primeiro contato com “SOBs – Os Implacáveis” aconteceu no início dos anos 80, no auge da minha juventude. Naquela época, viajava muito de ônibus para as cidades da região, principalmente Bauru, onde ia em médicos, escola, casa de amigos e parentes. Enquanto aguardava a chegada do busão que me levaria de volta para o meu ‘lar doce lar’, ficava folheando os livros vendidos nas bancas de revistas dos terminais rodoviários. As capas que mais chamavam a minha atenção eram de SOBs e também “O Executor” o que fazia com que gastasse as minhas parcas economias para adquiri-las. Cara, como viajava naqueles enredos malucos – no bom sentido, claro – nem percebia quando o ônibus chegava na rodoviária da minha cidade.
Mas o tempo passou e com o rolar dos anos acabei me esquecendo completamente dessas duas séries, só voltando a me lembrar após ter assistido ao filme de Stallone. Por isso, resolvi revivê-las nesse post. Quem sabe, alguns leitores também poderão se interessar por elas.
Os aproximadamente 38 livros sequenciais da série “SOBs – Os Implacáveis” foram escritos por um pequeno grupo de autores desconhecidos que adotaram um único pseudônimo: Jack Hild. Ahahaha! E eu que, naqueles tempos, pensava que o tal Jack Hild existisse, de fato. Pois é, esses escritores tinham assinado um contrato que não permitia que revelassem a verdade, ou seja, que eles eram na realidade o “famoso” Jack Hild.
Independentemente desse detalhe, os enredos eram muito bons, tanto é que SOBs arrebentava em vendas, só perdendo para outros ícones oitentistas como Brigitte Montfort.
SOBs" significa "Soldados de Barrabas", assim chamado em homenagem ao seu líder, o coronel Nile Barrabas, um veterano do Vietnã, de cabelos brancos, que agora comanda um esquadrão de mercenários.
Barrabas adquiriu os cabelos brancos lutando no Vietnã, após ter sido atingido por estilhaços de uma granada que penetrou em sua cabeça, afetando a coloração. Huuummmm... interessante, não acham?
Um detalhe curioso é que a taxa de mortalidade em The SOBs era quase tão certa para os heróis quanto para os vilões, o que dava um certo ‘ar’ de realidade para a trama. Se o sujeito levasse um tiro certeiro, ele morria mesmo, ao contrário de alguns enredos onde os heróis parecem ter o corpo blindado e a prova de balas.
Cada um na equipe possuía uma ou duas habilidades específicas como demolição submarina, conhecimento de armas, franco atirador, eletrônica e incursões de assalto. Ehehehe, não vai me dizer que esses detalhes não lembram o filme de Stallone?
Quanto a “Mack Bolan – O Executor”, a outra série que marcou o meu período pós adolescente, não seguiu o mesmo estratagema de SOBs, preferindo não esconder os nomes de seus escritores. O personagem foi criado por Donald Eugene ou simplesmente "Don" Pendleton que escreveu 37 dos aproximadamente 600 livros sobre o personagem. Isto mesmo, 600 livros !! Em 1980, Pendleton vendeu os direitos de seu personagem para uma outra editora, a Gold Eagle, que, por sua vez, contratou vários ghostwriters ou escritores-fantasmas, como queiram, para continuar publicando mensalmente as aventuras do “Executor”, satisfazendo, assim, a demanda dos leitores em todo o mundo. Don Pendleton permaneceu creditado como o único autor e supervisionou estas novas aventuras.
A exemplo de Nile Barrabas, o personagem Mack Bolan também foi um veterano de guerra do Vietnã. Ex-sargento do Exército dos Estados Unidos chamado de "O Executor" serve como franco atirador. Com grande capacidade militar, registrando mais de 97 mortes em seu "currículo, após ter voltado da guerra, ele usa suas habilidades para lutar contra a máfia nos Estados Unidos e acabar com o crime organizado. Êpa! Parece que esse enredo tem um “quezinho” de Frank Castle, o antológico “The Punisher”, não acham?
Uhauuu!! Taí! Viajei legal com esses dois personagens. Eles fizeram que eu voltasse anos e mais anos nas minhas saudosas viagens de busão e nas paradas nas bancas de revistas dos terminais rodoviários.
Valeu!

19/05/2019

10 livros sobre viagens no tempo que não podem faltar em sua estante


Sempre fui fissurado em enredos sobre viagens no tempo. Confesso que não dá pra resistir aos enredos sobre grupos de aventureiros corajosos que embarcam numa máquina do tempo para explorar épocas aquém ou além daquelas na qual estão acostumados viver. Conhecer novos ou antigos povos, encarar hábitos desconhecidos e assim por diante. Cara, simplesmente, adoro essas histórias!
Por isso hoje, comecei o domingo inspirado para escrever um post sobre o assunto. Estarei indicando 10 livros que envolvem viagens no tempo e que com certeza também fizeram muitos leitores viajarem no mundo da fantasia. Vamos a eles.

01 – A Máquina do Tempo (H.G. Wells)
Não poderia deixar de iniciar um post desse tipo citando o livro de H.G. Wells escrito em 1895 e considerado o pioneiro do gênero. Wells foi o primeiro grande desbravador do tema na literatura, somente depois dele e diga-se, bem depois, surgiram outros autores para abordar o assunto. Sem contar que grande parte deles se inspiraram em “A Máquina do Tempo” para escrever as suas histórias.
O livro de Wells ganhou “infinitas” reedições ao longo dos anos; a mais recente, lançada em junho de 2018 pela editora Suma.
A ideia que saiu da mente do autor é fascinante. Um certo personagem, sem um nome específico, conhecido apenas como "O Viajante do Tempo", desenvolve, com base em conceitos matemáticos, uma máquina capaz de se mover pela Quarta Dimensão, neste caso considerada como a dimensão do tempo. Com ela, viaja até ao ano de 802.701 d.C. Nesse futuro distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. A Terra é habitada pelos dóceis Eloi, uma espécie que descende dos seres humanos e formou uma antiga e enorme civilização. Mas os Eloi parecem ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos. Quando a máquina do tempo que levou o Viajante some, ele é obrigado a descer às profundezas para recuperá-la e voltar ao presente, mas para isso terá de enfrentar os maléficos Morlocks.
02 – Operação Cavalo de Tróia (J.J.Benitez)
“Operação Cavalo de Tróia” é uma série literária formada por nove volumes, escrita pelo espanhol J.J.Benitez. O primeiro volume foi lançado originalmente em 1984 em Barcelona, mas no Brasil, o livro só chegou três anos depois.
O enredo desenvolvido por Benitez é uma verdadeira salada russa onde se misturam ficção científica, viagem no tempo, segredos do governo norte-americano e temas bíblicos. Uma salada que acabou virando um verdadeiro best-seller, explodindo em vendas por todo o mundo, principalmente no Brasil. A saga completa totalizou seis milhões de livros vendidos!
O autor narra a história de um major, de nome não revelado, e um piloto que através de uma engenhoca do tempo, ultrassecreta, construída pelo governo dos Estados Unidos, são levados ao passado, nos anos 30 da era cristã, com o propósito de comprovar a existência de Jesus Cristo. Os militares acabam tendo a oportunidade de presenciar muitos fatos narrados na Bíblia, além de se encontrarem e interagirem com Jesus Cristo e vários personagens bíblicos conhecidos. 
03 – A Mulher do Viajante do Tempo (Audrey Niffenegger)
O livro conta a história de um homem chamado Henry que possui um problema genético que faz com que viaje pelo tempo sem que possa controlar isso. Quando ele tem 40 anos viaja para um local desconhecido no futuro e lá conhece uma menina de 6 anos, Clare. Depois desse encontro, Henry viaja muitas outras vezes para lá e vê essa menina, que no futuro se transformará em sua esposa, crescer. Ela se torna uma artista que é obrigada a lidar com a constante ausência do marido e as arriscadas experiências, envolvendo as viagens incontroláveis no tempo, que ele faz.
A obra foi um grande best-seller e em março de 2009 já havia vendido cerca de 2,5 milhões de cópias nos Estados Unidos e Reino Unido. Vários críticos publicaram sua opinião sobre o livro, dando especial atenção à visão única da autora sobre a viagem no tempo. Alguns parabenizaram a forma como o casal foi mostrado, aplaudindo a profundidade emocional com que eles foram caracterizados; outros criticaram o modo como ela escreveu a história, classificando-a como melodramática e o tema como extremamente gasto.
Bem... só mesmo você lendo para saber qual será a sua reação.
04 – Novembro de 63 (Stephen King)
E quem disse que o mestre do terror Stephen King não escreveu nada sobre viagens no tempo? Quem disse isso, absolutamente, mentiu. "Novembro de 63" com mais de 700 páginas lançado no Brasil em 2013 arrancou rasgados elogios tanto da crítica quanto do público. Os leitores se deliciaram com a história de Jake Epping, um professor de inglês de uma cidade do Maine, que encontra um portal do tempo no porão da lanchonete de um velho amigo, e assim, tem a ideia de tentar impedir o assassinato de John F. Kennedy que ocorreu em 22 de Novembro de 1963. 
Jake chega ao ano de 1958 -  tempo de Eisenhower e Elvis Presley, carrões vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro. Após interferir no massacre da família Dunning, Jake inicia uma nova vida na calorosa cidadezinha de Jodie, no Texas. Mas todas as curvas dessa estrada levam ao solitário e problemático Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy. O curso da história está prestes a ser desviado... com consequências imprevisíveis.
Li o livro e adorei. Na minha opinião, um dos melhores escritos por King.
05 – Outlander: A Viajante do Tempo (Diana Gabaldon)
O enredo criado pela americana Diana Gabaldon fez tanto sucesso que acabou virando numa saga de oito livros. A história se concentra em dois personagens principais, Claire Randall e Jamie Fraser e acontece na Escócia nos séculos XVIII e XX.
No final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos.
Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração.
Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. A pergunta que fica no ar é se ela será capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
06 – Um Som de Trovão (Ray Bradbury)
Não se trata, basicamente, de um livro, mas um conto presente em várias coletâneas do gênio da ficção científica Ray Bradbury. Publicada originalmente em 1952 na revista Collier’s, “Um Som do Trovão” é
uma história bem conhecida sobre viagem no tempo, envolvendo uma empresa denominada Time Safari, Inc. A Time Safari assegura que pode levar pessoas de volta no tempo de modo que elas possam caçar animais pré-históricos, tais como o Tyrannosaurus rex. A fim de evitar um paradoxo temporal, os viajantes agem com muito cuidado para deixar o curso dos acontecimentos intacto, visto que mesmo uma alteração mínima pode causar mudanças gigantescas no futuro. Eles só podem abater animais que iriam morrer em breve, e não podem sair de uma trilha demarcada, que flutua acima do solo. Até que um dos caçadores pisa, acidentalmente, em uma borboleta e entonce...
"Um Som de Trovão" serviu de inspiração para um filme homônimo em 2005 que continua a história do ponto onde Bradbury terminou. Outra referência ao conto acontece na série de TV “Os Simpsons” onde foi feita uma paródia num dos episódios da sexta temporada.
07 – Pedra no Céu (Isaac Asimov)
“Pedra no Céu”, publicado pela primeira vez em 1950, faz parte da série “Fundação” - uma obra de ficção científica iniciada por Isaac Asimov em 1942 e que descreve em detalhes a história de um futuro distante e de como o destino de seus habitantes é influenciado por uma instituição chamada Fundação Enciclopédica.
Em “Pedra no Céu”, um alfaiate aposentado chamado Joseph Schwartz desfruta de uma pacífica caminhada de verão quando, devido a um acidente em um laboratório na mesma cidade, acaba sendo involuntariamente transportado milhares de anos para o futuro. Chega então a uma Terra marginal e abandonada, cuja superfície é quase toda inabitável, e que fica às margens de um grandioso Império.
Publicado pela primeira vez em 1950, “Pedra no Céu” foi o romance de estreia de Asimov e é um marco do que se tornaria a sua mais famosa obra: “Fundação”.
08 – Tróia – Uma Viagem no Tempo (Grecyanny Carvalho Cordeiro)
Neste livro infanto-juvenil da escritora tupiniquim Crecyanny Carvalho Cordeiro, o leitor é convidado a fazer uma viagem com Mário, um garoto que, em circunstâncias misteriosas, cruza o portal do tempo e chega à bela e rica cidade de Troia. Com a ajuda da princesa Cassandra, Mário passa a morar no castelo de Príamo, tornando-se um dos soldados do príncipe Heitor e participando dos principais eventos que marcaram essa guerra épica entre gregos e troianos.
Nessa viagem, os leitores terão a oportunidade de percorrer os bastidores de uma guerra que durou dez anos, desencadeada pelo rapto da bela Helena pelo príncipe troiano Páris.
“Tróia – Uma Viagem no Tempo” coloca a Ilíada e vários clássicos gregos ao alcance de todos, numa trajetória envolvendo mitos, deuses, além de heróis gregos e troianos, fazendo com que o leitor viaje no mundo da imaginação, de Homero, da Guerra de Troia e dos eventos que se sucederam ao fim da sangrenta batalha. A obra mistura aventura, fantasia, mitologia, suspense, ação e romance.
Grecianny é promotora de Justiça, mestre em Direito e autora de vários livros, dentre jurídicos, romances e de poemas. Escreve semanalmente para o jornal O Estado. É, também,Membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza.
09 – Vende-se este futuro (Bruno Miquelino)
Olha outro autor da terrinha em nossa lista, gente! Adorei o livro de Bruno Miquelino. O enredo cheio de ação e surpresas prende o leitor da primeira à última página. Li o livro em poucos dias.
Em “Vende-se este Futuro”, temos a personagem Beatriz – que diga-se de passagem, me apaixonei -  uma espécie de agente de viagens temporais. Explicando melhor: ela trabalha para uma agencia que promove viagens no tempo chamada Déja Vu que surgiu 2097 em São Paulo, numa época em que esse tipo de viagem era comum. A principal função da Déja Vu é transportar pessoas do passado para o futuro, para que elas adquiram outra identidade, longe dos holofotes, da polícia, de seus problemas, enfim, do que for. No futuro que elas escolhem, então lhes é concedida uma nova identidade e consequentemente uma nova vida.
No livro a protagonista só precisa levar o grande Charles Chaplin para o futuro, mas inúmeras coisas dão errado e ela se vê presa no início do século XX, sem ter como voltar para o tempos modernos.
Simplesmente fantastic! Recomendo.
10 – As Melhores Histórias de Viagens no Tempo (Vários autores)
O livro de 464 páginas reúne dezoito contos sobre viagens no tempo escritos por várias feras do universo sci-fi. Por isso pode ter certeza de que você estará levando para a estante de seu quarto ou de sua sala, uma grande obra de ficção científica.
“As Melhores Histórias de Viagens no Tempo” abrange cinco décadas, de 1940 a 1990, incluindo desde “Um Som de Trovão”, de Ray Bradbury, que inspirou o nome da famosa teoria do Efeito Borboleta, até Ursula K. LeGuin, em “Outra História ou um Pescador do Mar Interior”, ou mesmo uma ideia impensável, como no conto do premiado Jack Dann “Inversão do Tempo”, que propõe respostas surpreendentes para uma pergunta perturbadora: e se todos viajassem no tempo, menos você?
A obra reúne nomes como Arthur C. Clarke, Ray Bradbury, Richard Matheson e Larry Niven.
Beleza? Escolham os seus livros preferidos e boa leitura!

15/05/2019

“A Guerra do Lobo”, 11º livro das Crônicas Saxônicas, já entrou em pré-venda


Não adianta galera, elas são superpoderosas e tratam todos nós, humildes leitores, como simples mortais, afinal de contas, as grandes editoras, pelo menos a maioria, se consideram puros sangues. Por que estou dizendo isso? Cara, não sei quantas vezes tentei me comunicar com a Record, interessado em saber se havia uma data prevista para o lançamento no Brasil do 11º livro da saga Crônicas Saxônicas, chamado “A Guerra do Lobo”, escrito por Bernard Cornwell. Só recebi geladeira. Pensei que talvez o problema poderia ser comigo, então propus que outros amigos blogueiros também questionassem a editora. E adivinhem? Nada da tão aguardada resposta. Geladeira, novamente.
Entonce, sem mais nem menos e sem nenhum estardalhaço, a Amazon coloca em pré-venda o tão aguardado livro. Sabem como fiquei sabendo dessa novidade? Através de um internauta que viu uma postagem que escrevi sobre o assunto (essa aqui) e gentilmente comentou no blog. Ao ver o comentário do Glaidson – cara, acredite, sou muito grato a você – tomei conhecimento de que “A Guerra do Lobo” tinha entrado em pré-venda nesta quarta-feira (15).
Após ter dado várias zapeadas em algumas livrarias virtuais, antes de escrever esse post, descobri que apenas a Amazon lançou a pré-venda do livro de Cornwell. A previsão para o seu lançamento é 26 de agosto e adivinhem se eu não reservei o meu? Claro que sim, né.
“A Guerra do Lobo” terá 378 páginas e o seu valor de pré-venda é de R$ 49,90.
Confiram a sinopse oficial da história que a Record distribuiu para as livrarias, quero dizer, para a Amazon: Na luta pelo poder, dois inimigos mortais vão se encontrar frente à frente no aguardado novo volume de Crônicas Saxônicas. Lorde Uhtred de Bebbanburg sabe que a paz ainda é um sonho distante. Embora tenha vencido a batalha pelo seu lar ancestral, rebeliões ameaçam a Mércia e os noruegueses espreitam em busca de oportunidades de invadir as terras. Com o reino num turbilhão, Uhtred fica frente à frente com o rei Sköll, um sanguinário líder norueguês que comanda um exército de úlfhéðnar, os guerreiros do lobo, determinado a dominar o reino ― e matar todos em seu caminho. Cercado e em inferioridade numérica por esses novos inimigos, Uhtred tem que contar com sua habilidade e sua coragem para sobreviver e evitar que sua querida Nortúmbria caia nas mãos das hordas invasoras”.
Caramba! Como torci pelo retorno do lendário guerreiro Uhtred e toda a sua rempa. Qual será o destino de Finnan, o principal guerreiro de Uhtred e acima de tudo o seu melhor amigo? Será que Cornwell vai selar esse destino em “A Guerra do Lobo” ou ainda teremos mais Finnan, “O Ágil” nos próximos livros? E quanto a Athelstan, o protegido de Uhtred? Qual será o seu próximo passo para se tornar um jovem rei com a ajuda do guerreiro pagão? Cara, são tantas perguntas. Espero que “A Guerra do Lobo” responda a maioria delas.
Bem galera, é isso aí. Agora só resta aos fãs de Uhtred reservarem, correndo, o seu livro.
Espero que tenham gostado da novidade.
Inté!

14/05/2019

Darkside relança “Pequenas Realidades”, primeiro livro escrito por Tabitha, mulher de Stephen King

Tabitha e Stephen King

Quando a palavra King é citada em rodas de conversas de leitores, com certeza, o assunto está relacionado ao mestre do terror Stephen King. Cara, é batata! O famoso escritor está na boca de 10 em cada 10 leitores de histórias de terror. O nome de King se tornou tão lendário que chegamos ao ponto de esquecer ou pelo menos, camuflar um outro nome tão lendário quanto o dele e que pouco ou quase nada aparece quando um livro da fera é lançado. Estou me referindo a Tabitha Jane-Frances Spruce ou simplesmente Tabitha King, esposa do escritor.
Sabiam que se não fosse o bom senso dessa mulher, talvez hoje King não existiria como escritor? Foi Tabitha que salvou do lixo o original de “Carrie – A Estranha”. 
Verdade galera! King, naquela época ainda lutando para publicar o seu primeiro livro, achou a história de Carrie horrível e simplesmente, amassou o manuscrito e jogou no lixo. Sua esposa, muito perspicaz, foi até a famosa lata de lixo, recuperou as folhas tão raivosamente amassadas e deu uma dura no maridão. Acho que ela disse: “Seu otário, por que você amassou isso aqui?” – King deve ter balbuciado alguma coisa, quando Tabitha o interrompeu e tascou: “A história é ótima, trate de termina-la logo porque será um sucesso e irá nos tirar dessa merd... que nos encontramos!!”. 
Livro capa dura da Darkside
Pois é, não sei se ela usou essas mesmas palavras, o que sei é que o manuscrito foi salvo, King concluiu a história e a mesma foi um tremendo sucesso, tornando o seu nome conhecido em todo o mundo. A partir daí, as portas se abriram, novos livros vieram e Stephen ficou multimilionário com os seus enredos. E tudo isso graças a quem? Tabitha, é claro.

Outro detalhe que poucos conhecem é que essa mulher especial é a mentora de King há décadas. Ela é a primeira que lê os originais de suas histórias e a única que tem livre arbítrio para sugerir mudanças no enredo. King não dá atenção nem mesmo para os seus editores, mas se Tabitha propõe uma alteração, com certeza, King obedecerá.
Esta mulher tão importante no chamado “Universo Kingniano”, mas ao mesmo tempo tão discreta e distante dos holofotes, estará brindando os leitores brasileiros com um livro, mas dessa vez, escrito por ela. Explico melhor: A editora Darkside relançará no dia no dia 29 de maio “Pequenas Realidades”, livro de estreia de Tabitha escrito em 1981 e publicado no Brasil somente quatro anos depois com o título de “Miniaturas do Terror”. A obra fez parte da antológica coleção da editora Francisco Alves, chamada “Mestres do Horror e da Fantasia”. Mas a “Dama do Terror” - como está sendo chamada pela Darkside - já escreveu outros oito romances, seis contos, cinco poesias, um roteiro de TV e dois livros de não ficção. Todos eles lançados apenas na terra do Tio Sam. O único trabalho de sua autoria publicado no Brasil foi “Miniaturas do Terror” e que agora, a Darkside relança como “Pequenas Realidades” o que faz dessa obra algo muito raro.
Livro de 1985 lançado pela Francisco Alves
“Miniaturas do Terror” está entrando no rol dos livros em extinção. Até ontem restavam apenas quatro exemplares no portal da Estante Virtual à preços bem consideráveis que variam de R$ 50,00 a R$ 90,00.
“Pequenas Realidades” deverá desembarcar nas livrarias em 29 de maio com toda pompa e requinte em seu layout que já se tornaram marcas registradas dos lançamentos da Darkside. Os exemplares sairão em capa dura, com vários extras e marcador de página magnético.
Neste livro, conhecemos a socialite Dorothy Hardesty Douglas, filha de um antigo presidente norte-americano, que vive na redoma de seu legado de sucesso. Entusiasta de miniaturas, ela possui uma réplica da Casa Branca, perfeita em seus mínimos detalhes. Ao conhecer um homem chamado Roger Tinker, que trabalhou para o governo em um projeto secreto, ela descobre uma maneira fantástica — e um tanto perturbadora — de decorar sua casinha.
Em uma trama que envolve relações familiares problemáticas e o mundo estranho e obsessivo das miniaturas, Tabitha King conduz o leitor por uma história grotesca e disfuncional, mostrando os contornos mais sombrios que podem habitar a mente de todos nós. Por isso, não sabemos para onde os personagens vão nos levar com seus atos extremos, fazendo com que os leitores tenham uma sensação fascinante e aterrorizante ao mesmo tempo.
Portanto, agora é só aguardar com muita expectativa a chegada de 29 de maio para termos em mãos essa preciosidade e simplesmente, devorá-la.
Ah! O livro já está em pré-venda na Amazon.

11/05/2019

Dois livros e um causo


Na semana passada ao comprar um livro sobre o naufrágio do Titanic lembrei de um ‘causo’ que aconteceu comigo no final dos anos 90. Naquela época, para ser mais exato em 1998, o filme Titanic com o Leonardo DiCaprio e a Kate Winslet havia se transformado numa verdadeira epidemia. Quando as lojas anunciaram a chegada da produção cinematográfica em VHS duplo com um encarte trazendo fotos e informações adicionais, um colega meu, o Renato, fez questão de comprar o box, mesmo sabendo que o sistema VHS já estando perto de decretar a sua morte com a chegada do DVD.
O Renatinho tinha acabado de instalar na sala da casa de seus pais um sistema de som com caixas amplificadas e de última geração para aquela época. Combinamos de assistir ao filme logo após a saída do nosso trabalho.
Até aí tudo bem, se não fosse... a dona Mirtes – que Deus a tenha – vizinha da mãe do Renatinho e que não saia de sua casa. Ela tinha toda aquela pompa de recato, austeridade, seriedade, etc. A mulher parecia uma freira – o que lhe valeu, inclusive, esse mesmo apelido - e todos evitavam falar frases picantes, fazer brincadeiras, enfim, qualquer coisa que ferisse a imaculada dona Mirtes. Palavrão, então... vote, vote, vote, vote mil vezes.
Ocorre que a nossa turma era uma fedelhada danada e apesar de muitos já serem tios e até mesmo casados, tínhamos muita liberdade uns com os outros, então, já viu né? Algumas vezes nossas bocas soltavam frases, digamos que... polêmicas para alguns ouvidos (rs). Para evitar uma tragédia, o Renato passou a semana inteira que antecedeu a sessão cinematográfica caseira, rezando a cartilha para todos nós. – Gente, se a ‘Freira” estiver por lá, vamos maneirar com as brincadeiras e quanto aos palavrões nem pensar – recomendou ele.
Resumindo; quando chegamos, a “Freira” estava lá. Pior, resolveu assistir ao filme conosco! Culpa da mãe do Renato que a convidou. Todos nós, sentados nos sofás controlando as nossas ações e línguas afiadas, parecíamos santos, a espera de sermos interrogados pela impoluta mulher em sua cadeira de balanço. Então, de repente, no meio do filme, o telefone toca e a dona Mirtes vai atender. Agora, imagine o sistema de som surround do Renatinho, no último, na cena do casco do navio se partindo ao meio e ainda como brinde, aquela música tenebrosa de fundo. Entonce... enquanto o casco do navio quebrava, enquanto as paredes da casa do Renatinho tremiam e enquanto o sistema surround cuspia uma barulheira para todos os lados, a “Freira” gritou: “Quer abaixar a ‘porra’ dessa porcaria!!!!”
Cara, depois disso a minha mente registrou todos os detalhes que eu trago guardados até hoje, e cada vez que me lembro caio na gargalhada. O Glauco, meu ex-editor, também o mais besteirento de todos nós e que já conhecia a fama de austera da dona Mirtes, olhou para a galera com os olhos arregalados e a expressão de pânico estampada no rosto e grunhiu com a boca cheia de pipocas: “Ela falou porra?! Ela falou porra?!” E repetiu essa pergunta mais duas ou três vezes com a expressão totalmente atarantada. Ele estava com um ar enlouquecido; ensandecido, de fato, pela surpresa do choque. Renatinho, por sua vez, se engasgou com a pipoca e começou a tossir loucamente. Giselda, nossa secretaria, só conseguia pronunciar: “Hã? Hã? Hã? Hã?”. Estas foram as três reações que me lembro até hoje.
O choque foi tanto, mas tanto, que ficamos desorientados e esquecemos de abaixar o som, o que levou a “Freira” a disparar um novo torpedo: “PMerd... abaixa isso aí que eu estou no telefone!”. Quando ela descarregou o “PMerd...”, o Francisco, um dos nossos repórteres, saiu rindo com a mão na barriga, igual um louco, pisando nos pés de todo mundo, derrubando o que estava na mesa e foi diminuir o volume do sistema de som.
Nem preciso dizer que a dona Mirtes ficou ‘sem graça’ e evitou se encontrar conosco outras vezes.
Toda vez que vejo ou leio algo relacionado ao Titanic lembro dessa cena hilária e principalmente da expressão mais hilária ainda do meu ex-editor, grunhindo repetidamente: “Ela falou porra?! “Ela falou porra?!”. Quanto a risada homérica do Francisco, juro que eu quero esquecer, porque ela ainda me ‘assombra’ e volta e meia estou lutando para não ter um acesso e riso durante uma entrevista ou quando estou no ‘ar’.
Pois é, lembrei-me de tudo isso nesse início de semana quando comprei o livro “Titanic – A História Completa” de Philippe Masson. As excelentes referencias da obra na web me levou a fazer a compra. Quero saber os fatos que aconteceram antes, durante e depois do acidente, e tudo indica que o livro de Masson promete desvendá-los respeitando os princípios do jornalismo sério, deixando as especulações e historietas sem fundamento de lado. Vamos ver se é isso, mesmo. Quando terminar prometo resenha-lo, mas acho que ainda vai demorar um pouquinho por causa da minha lista de leituras um pouco comprida.
Aproveitando o embalo, também comprei “Horas Decisivas – A História Real do Mais Ousado Resgate Marítimo” do historiadores Michael J. Tougias e Casey Sherman. O livro lançado originalmente em 2009 chegou ao Brasil somente sete anos depois aproveitando a estreia do filme homônimo com Chris Pine.
“Horas Decisivas” narra um dos resgates marítimos mais audaciosos da história da guarda costeira americana. No dia 18 de fevereiro de 1952 um grupo de homens do mar, corajosos e destemidos, se reuniram para tentar salvar os tripulantes de dois navios petroleiros - Pendleton e Fort Mercer - afetados por uma forte tempestade e que tiveram seus cascos partidos ao meio.
Taí galera; causo contado e livros adquiridos.
Inté!

08/05/2019

Márcio ABC lança seu sexto livro: “Delação”


Márcio ABC - um jornalista e escritor que já conheço há um bom “par de anos”, pois estudamos juntos e também defendemos a nossa tese de graduação juntos - estará lançando no dia 16 de maio, em Bauru, o seu sexto livro: "Delação". Se eu tivesse uma lista, daquelas que eu pudesse rotular com a frase "Esse é o cara", Márcio ABC seria um deles. O camarada escreve muito.
Todos aqueles que acompanham a fanpage do "Livros e Opinião" sabem que eu, mais do que ninguém, perco o controle da alegria quando surge um escritor talentoso em nosso País.
Foi assim, por exemplo, com o César Bravo, quando o cara conseguiu lançar um livraço de terror (Ultra Carnem) pela Darkside, uma das editoras brasileiras mais respeitadas do momento. Foi assim com Flávio St James e Wemerson Damásio que publicaram, depois de muita luta, "As Crônicas de Miramar" - Uhauuu! Que livro!. Foi assim com Lennon Lima que me estonteou (no bom sentido) com "Angustia na Cidade do Caos". Foi assim... foi assim... e foi assim com tantos outros talentos. E há pouco tempo, voltou a ser assim com Márcio ABC. O cara é muito bom; bom, de fato. Seguindo o mesmo caminho do Bravo - um dos nomes mais respeitados do terror nacional, pelo menos para mim - mas optando por um gênero diferente, Márcio ABC "a cada dia" vem surpreendendo. Os seus enredos são fantásticos e exploram o cotidiano, hábitos, crenças e manias do povo brasileiro de várias regiões do nosso imenso Brasilzão. Pode ser metrópole, agreste ou sertão, qualquer cenário serve para render uma boa história, como também qualquer personagem – seja ele executivo, colono, mocinho ou bandido.
“Delação”, seu sexto romance, expõe uma das feridas humanas que mais latejam sem
Márcio Antonio Blanco Cava (Marcio ABC)
que possa ser efetivamente curada, pois está aberta em um núcleo muitas vezes impenetrável: a própria família. A narrativa é inspirada numa história real descoberta por acaso pelo autor num momento de intimidade com uma de suas protagonistas verdadeiras. Como ele mesmo diz: “Uma história que eu decidi, por muito tempo, apagar da minha mente”. Ao deixar transparecer essas poucas palavras, ABC para, reflete e com o olhar distante como se estivesse em dúvida se revela algo ou não, decide completar a frase anterior: “De fato, os acontecimentos que me foram narrados em cima da cama permaneceram adormecidos, mas, como se sabe, tudo que é falado vale para sempre. Não tem volta, não se pode simplesmente apagar”.
Ele complementa afirmando que três décadas depois, resolveu revisitar essa história dolorosa, situada em meio aos reflexos da escandalosa política nacional.
Entonce, é dessa forma que nasceu “Delação” que ABC lança pela editora Kazuá. A narração é conduzida por um jovem cineasta que refaz os passos da época em que foi asfixiado pelo obscuro cotidiano familiar, quando o abuso que vitimava os três irmãos vinha de onde não se podia imaginar. Já adulto, o narrador busca exorcizar os fantasmas que tanto assombraram a infância.
O autor nasceu em Cafelândia, interior de São Paulo, e estreou na literatura com "Parabala", em 2002. Na sequência, publicou "Desrumo" (2010), "Pater" (2012), "Na Pele dos Meninos" (2014) e "Estado Bruto" (2018).
“Delação” foi lançado em São Paulo no dia 11 de maio e agora, será a vez de Bauru acolher o lançamento da obra no dia 16 do corrente mês, as 20h00 no Templo Bar Ambiente.
Uma pena que não poderei ir, mas é evidente que não deixarei de ler a obra, como fiz com as anteriores.
Inté!

06/05/2019

10 livros que falam sobre acidentes marítimos


Depois que li e assisti “O Destino do Poseidon” fiquei com um receio tão grande de cruzeiros transatlânticos que passei a recusá-los todos, dos mais longos aos mais curtos. Lulu dá boas risadas na minha cara desse medo bobo, mas fazer o que, não dá. Se eu já tinha medo do mar antes, depois da obra literária de Paul Gallico e do filme com Gene Hackman e Ernest Borgnine que catapultou filas e mais filas nos cinemas de 1972, esse medo transformou-se em pânico.
Encaro avião e até mesmo aqueles busões mal acabados, mas navio ou qualquer outra coisa que se mantenha ‘sobre’ ou ‘sob’ o mar, simplesmente, dispenso.
Ontem, depois do jantar, Lulu perguntou se o meu pavor “das águas”, como ela costuma dizer, tinha melhorado, respondi que não. – Acho difícil isso acontecer. – Acrescentei. Não são sei o motivo da pergunta, nem o que ela quis dizer, mas acho que tinha um “meio planejamento” de alguma viagem transatlântica passando na cabeça de Lulu. Sei lá, a minha única certeza é que essa conversa me rendeu um insight. – Caraca! Acidentes marítimos! Isto dá um post e tanto – exclamei.
Fiquei com vergonha e receio de contar o meu insight para a Lulu porque no mínimo, viria mais tiração de sarro para o meu lado. Coisa do tipo: “PQP! Quer passar o seu medo para os outros, agora?!!” ou então “Tá bancando o corvo Jam! Só porque tem medo de encarar um cruzeiro, agora fica azarando a viagem dos outros?!” Pois é, conheço muito bem a minha cara metade. Por isso fiquei na minha, mas não vai adiantar grande coisa, já que ela lê todos os meus posts e por isso, certamente saberá de onde tirei a inspiração para escrever esse texto.
Ok, chega de enrolação e vamos ao que interessa, ou seja, “a postagem sobre “10 livros que falam sobre acidentes marítimos”.

01 – O Destino do Poseidon (Paul Gallico)
Não poderia deixar de abrir esse post com o livro responsável pela minha fobia de viagens de navio. Paul Gallico escreveu “O Destino do Poseidon” em 1969. Três anos depois, a sua história iria parar nos cinemas papando dois Oscars – melhores efeitos visuais e melhor canção.
A história idealizada por Gallico sobre uma catástrofe em alto mar consegue prender o leitor da primeira a última página. O S.S. Poseidon, um antigo e gigantesco transatlântico convertido em navio de cruzeiro, transportando mais de 500 passageiros numa viagem de réveillon, é atingido por uma gigantesca onda que acaba virando o navio de cabeça para baixo. 
No meio dessa tragédia temos dois grupos de sobreviventes: um composto por pessoas conformadas que preferem aguardar o salvamento no meio dos destroços e outro grupo formado por aventureiros que decidem encarar uma viagem cheia de perigos até o casco do navio que se encontra na superfície. O livro é sobre esses aventureiros. Suas vitórias, derrotas, tristezas, alegrias, desentendimentos, traições, provas de amizade e coragem, durante essa jornada suicida.
Editora: Edibolso
Ano: 1978
Páginas: 288
02 – Horas Decisivas – A História Real do Mais Ousado Resgate Marítimo (Michael J. Tougias e Casey Sherman)
O livro de Michael J. Tougias e Casey Sherman foi muito elogiado tanto pela crítica especializada quanto pelo público em geral. Falando o português claro e usando apenas um tiquinho – veja bem, só um tiquinho – de hipérbole, posso dizer que todo mundo adorou a história do livro e também do filme.
“Horas Decisivas” conta a saga, baseada em fatos reais, do maior salvamento da guarda costeira americana. A história se passa em 1952 quando uma grande tempestade racha o casco do navio SS Pendleton que possuía 84 tripulantes a bordo. Apesar de diversas embarcações serem enviadas para o resgate, é um grupo de 4 pessoas em um barco pequeno, com capacidade para 12 pessoas, que consegue resgatar os 32 tripulantes do SS Pendleton. Para isso, eles precisam enfrentar uma tempestade de neve, ondas de 20 metros, bancos de areia, e instrumentos de orientação inoperantes.
O filme da Disney “Horas Decisivas” (2016) com Chris Pine (o Capitão James T, Kirk da nova franquia ‘Star Trek’ de J.J. Abrams) foi baseado no livro de Tougias e Sherman lançado originalmente em 2009 nos Estados Unidos. Sete anos depois, aproveitando o lançamento do filme no Brasil, a editora Gente publicou o livro com a capa do filme.
Editora: Gente
Ano: 2016
Páginas: 256
03 – Titanic – A História Completa (Philippe Masson)
O naufrágio do Titanic continuará sendo lembrado ainda por muitas décadas. A prepotência de seus construtores era tamanha que eles chegaram a afirmar “Que nem Deus poderia afundar o Titanic” devido as técnicas avançadas de engenharia utilizadas em sua construção.  Está frase considerada herética por alguns e petulante por outros ficou muito famosa após a tragédia envolvendo a embarcação.
“Titanic – A História Completa” foi escrita pelo professor universitário e historiador francês Phillipe Masson e lançado pela editora Contexto em 2011. A obra aborda em detalhes o naufrágio do navio mais famoso do mundo, desde a sua construção, em 1909 até a trágica noite de 15 de abril de 1912.  Aliás, uma noite dramática para mais de 2.200 pessoas que deveriam desembarcar em Nova York em 17 de abril daquele mesmo ano, mas após o Titanic atingir um iceberg, acabaram tendo a sua viagem abreviada. Mais de 1.500 pessoas morreram.
O livro explora minuciosamente os fatos que ocorreram antes, durante e depois do acidente. “Detalhes cobre a construção do navio”, “as façanhas heroicas de tripulantes e passageiros”, “as possíveis causas que teriam levado o navio a se chocar contra um iceberg”. Tudo isso e muito mais é narrado em detalhes pelo autor.
Editora: Contexto
Ano: 2011
Páginas: 272
04 – Bateau Mouche – Uma Tragédia Brasileira (Ivan Sant’Anna)
Em “Bateau Mouche”, Ivan Sant’Anna – também autor de “Caixa Preta” que restitui a história de três acidentes aéreos que comoveram o País – apresenta um trabalho investigativo para reconstituir as causas do acidente que chocou todo o Brasil no réveillon de 1988. Naquela noite, 150 pessoas saíram da enseada de Botafogo, na Baía da Guanabara, para comemorar a chegada do ano a bordo do Bateau Mouche IV. No caminho, o barco naufragou, matando mais de 50 pessoas.
O naufrágio aconteceu entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca. De casco chato, mais adequado a águas tranquilas, o barco não aguentou o excesso de peso.
Ao longo das 168 páginas o leitor vai ficando indignado com as sucessivas falhas que levaram ao acidente: a aprovação, pela Capitania dos Portos, da transformação do pesqueiro construído nos anos 1970 para levar 20 pessoas num barco de turismo para 153; a falta de vistoria, por parte da própria Capitania e dos tripulantes, na noite do réveillon, de todas as instalações (havia furos no casco, um problema na descarga dos banheiros do subsolo e escotilhas abertas, o que permitiu a passagem de água); a má localização dos coletes salva-vidas, deixados inacessíveis aos passageiros porque haviam ocorrido roubos em viagens anteriores; a decisão equivocada do capitão, que, no afã de seguir até Copacabana, para o espetáculo de fogos que se iniciaria, aventurou-se em mar aberto a despeito das condições adversas do tempo.
Sem dúvida nenhuma, um excelente trabalho investigativo do autor que foi muito elogiado na época de seu lançamento em 2015.
Editora: Objetiva
Ano: 2015
Páginas: 168
05 – No Coração do Mar (Nathaniel Philbrick)
“No Coração do Mar” do historiador Nathaniel Philbrick é um livro estritamente jornalístico, à exemplo de “A Tormenta: A História Real de Uma Luta de Homens Contra o Mar”, mas nem por isso cansativo ou chato. Pelo contrário, os dois livros tem uma escrita fluida que prende atenção dos leitores de uma tal maneira que torna-se impossível largá-los (se você quiser saber mais clique aqui e aqui).
Tendo como base para a sua narrativa, os depoimentos de sobreviventes, Philbrick narra uma das mais angustiantes tragédias marítimas do século XIX: o naufrágio do baleeiro americano Essex e a luta pela sobrevivência de seus 21 tripulantes. No final, os poucos marinheiros que escaparam foram obrigados a conviver - pelo resto de suas vidas - perturbados psicologicamente por lembranças aterradoras como por exemplo terem sido obrigados a praticar o canibalismo para não morrerem. Eles se alimentaram dos corpos dos seus próprios amigos.
Nunca se imaginava que uma baleia pudesse atacar um navio. Em 1820, porém, o baleeiro Essex foi abalroado por um cachalote enfurecido e afundou rapidamente. Os marujos reuniram o que puderam em três botes e, durante três meses, navegaram milhares de milhas pelo Pacífico, em busca de salvação. Os rigores da natureza, a fome e a sede lhes impuseram sofrimentos atrozes e os levaram aos extremos da loucura, da morte e do canibalismo.
O acidente com o baleeiro Essex inspirou a criação do clássico literário “Moby Dick” escrito um ano após a tragédia pelo romancista Herman Melville. Por sua vez, o livro de Philbrick inspirou o filme homônimo de 2015 com Chris Hemsworth, que se despiu do uniforme de Thor para viver o marinheiro Owen Chase, um dos sobreviventes da fatídica aventura.
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2000
Páginas: 371
06 – Costa Concórdia – Crônica de um Naufrágio (J. Quercus)
Pois é, para quem não lembra, o Costa Concordia era um navio de turismo que em 2012 levava mais de 4.200 pessoas. Depois de umas “gracinhas” do capitão Schettino, que passou da conta na bebida no jantar, o navio abalroou rochas na costa a Ilha de Giglio, no litoral italiano, e naufragou. O capitão, ao contrário do que manda o livro, foi um dos primeiros a abandonar o navio, no melhor estilo “cada um por si e Deus por todos”. 32 pessoas morreram. Entoce, que coisa heimm... o sujeito parece que amassou e ainda pisou em cima daquela regrinha básica no meio naval que diz que o comandante de um navio deve ser sempre o último a abandonar a embarcação.
O jornal espanhol El Mundo recordou após o naufrágio que enquanto Schettino estava a são e salvo, em terra firme, muitas das 4229 pessoas a bordo do Concordia (3216 passageiros e 1013 tripulantes) continuavam tentar fugir do barco que se ia inclinando cada vez mais.
Em fevereiro de 2015, três anos depois do desastre, Schettino foi, nos tribunais de primeira instância, condenado a 16 anos e um mês de prisão pelos 32 homicídios, abandono do navio e estragos ambientais.
O livro de J. Quercus narra a viagem e o naufragio do Concordia sob o ponto de vista dos passageiros. Em estilo leve, mas instigante, o autor leva o leitor para dentro do navio, serve-lhe de guia nas visitas às cidades portuárias, acompanhando-os no cruzeiro, até o momento em que o casco da embarcação é rasgado por algumas rochas, permitindo que as águas inundassem as suas entranhas, transformando o Costa Concordia em mais uma triste história envolvendo acidentes marítimos.
Editora: Schoba
Ano: 2012
Páginas: 160
07 – Moby Dick (Herman Melville)
O livro de Herman Melville publicado originalmente em 1851 traz descrições detalhadas sobre como costumava ser a rotina de um baleeiro. Repleto de referências náuticas, ensina medidas, processos e termos que guiavam a vida dos homens em alto mar. É importante lembrar que Melville também trabalhou como marinheiro em navios mercantes e baleeiros, o que o tornou um profundo conhecedor do cotidiano e da mentalidade de quem depende do mar para viver.
Como já citei nesse post, o romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, que perseguiu teimosamente uma baleia e ao tentar destruí-la, afundou. Outra fonte de inspiração foi o cachalote albino Mocha Dick, supostamente morta na década de 1830 ao largo da ilha chilena de Mocha, que se defendia dos navios que a perturbavam com premeditada ferocidade.
“Moby Dick” narra a história do marinheiro Ismael que na cidade de New Bedford, em Massachusetts, conhece o arpoador Queequeg e, juntos, partem para a ilha de Nantucket em busca de trabalho no mercado de caça às baleias. Lá, eles embarcaram no baleeiro Pequod para uma viagem de três anos aos mares do sul. Entre eles estão tripulantes de diversas nacionalidades, arpoadores, além de Ahab, o sombrio capitão que ostenta uma enorme cicatriz do rosto ao pescoço e uma perna artificial, feita do osso de cachalote. Obcecado por encontrar a fera responsável por seus ferimentos e que nenhum arpoador jamais conseguiu abater - a temível "Moby Dick" -, o capitão Ahab conduz o baleeiro e toda a sua tripulação por uma rota de perigos e incertezas.
Editora: Cosac & Naify
Ano: 2008
Páginas: 656
08 – O Naufrágio do Golden Mary (Charles Dickens e Wilkie Collins)
Este livro escrito a quatro mãos por Charles Dickens e Wilkie Collins conta a história fictícia do Goldem Mary, um grande e belo navio a vela que no século XIX parte da Inglaterra para a América, levando a bordo, além da tripulação, emigrantes e aventureiros em busca de ouro na Califórnia. A embarcação, porém, não atinge o seu destino porque afunda, logo após bater num iceberg.
Depois do acidente, os passageiros, imediatamente, são recolhidos em uma lancha e um bote comandados pelo capitão e seu oficial que tem que administrar três barris de água, três sacos de bolachas, algumas porções de carne crua para 45 pessoas. Tanto o capitão quanto o seu imediato fazem de tudo para manter os sobreviventes vivos.
“O Naufrágio de Golden Mary” conta o drama dessas pessoas e a sua luta pela sobrevivência, enfrentando uma série de percalços durante a viagem.
Editora: FTD
Ano: 1998
Páginas: 138
09 – As Aventuras de Pi (Yann Martel)
“As Aventuras de Pi” do escritor canadense Yann Martel é considerado por alguns críticos como um dos romances mais importantes do século. Publicado pela primeira vez em 2001 o romance foi rejeitado por pelo menos cinco editoras de Londres, antes de ser aceito pela Knopf Canadá que o publicou em setembro de 2001. A edição britânica ganhou o Prêmio Man Booker - um dos mais importantes do Reino Unido - no ano seguinte.
“As Aventuras de Pi” rendeu uma polêmica danada quando Martel foi acusado de ter plagiado um conto do livro “Max e os Felinos” do escritor gaúcho Moacyr Scliar. Depois do estardalhaço dessa notícia, Martel veio a público confessar que, de fato, tinha se baseado na mesma premissa do livro brasileiro e inseriu uma nota de agradecimento no prefácio de sua obra.
No livro, todo ele escrito em primeira pessoa pelo personagem chamado Pi, uma família indiana vegetariana e dona de um jardim zoológico está com graves problemas econômicos e decide mudar-se para o Canadá em um barco. Após o naufrágio do barco, o rapaz sobrevive e encontra-se perdido no oceano, dividindo um bote com um tigre, uma hiena, um orangotango e uma zebra. A história é narrada pelo rapaz, já adulto, relatando sua aventura para um autor, que o entrevista, encantado com sua história. 
“As Aventuras de Pi” também  rendeu um filme de grande sucesso dirigido por Ang Lee em 2012.
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2012
Páginas: 424
10 – A Tormenta – A História Real de Uma Luta de Homens Contra oMar” (Sebastian Junger)
A Tormenta”, como o próprio subtítulo aponta, é a história de vários homens e mulheres que em outubro de 1991 enfrentaram uma tempestade criada por uma combinação de fatores que os meteorologistas a consideraram de “tempestade perfeita” ou a “tempestade do século”. A tormenta atingiu várias cidades de Massachusetts, mas a pior parte ficou reservada para os pescadores de espadarte do porto de Gloucester, principalmente aqueles que no momento do fenômeno se encontravam com os seus barcos em alto mar, entre os quais os tripulantes do Andrea Gail que praticamente estavam no olho da tempestade. É a história desses heróis e heroínas que Sebastian Junger oferece – num cardápio de primeira – para os seus leitores.
Neste contexto, o drama dos pescadores acaba se fundindo com a história dos paraquedistas de resgate, conhecidos por PRs, que muitas vezes são obrigados a driblar o terror de enfrentar ondas da altura de um edifício de 10 andares para poderem salvar vidas que estão por um fio no mar bravio.
Junger inicia “A Tormenta: A História Real de Uma Luta de Homens Contra o Mar” nos apresentando a tripulação do Andrea Gail. Mais do que mostrar algumas características desses pescadores, o autor brinda os seus leitores com a rotina do dia a dia desses homens que entraram para a história de Gloucester ao enfrentar a tempestade do século.
O filme “Mar em Fúria”, de 2000, com George Clooney, Mark Wahlberg e Diane Lane foi baseado no livro de Junger.
Editora: Ediouro
Ano: 1997
Páginas: 254
E aí? Beleza? Por hoje é só galera.
Valeu! 

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