28/06/2019

“O Labirinto do Fauno”: dos cinemas para as páginas. Livro de Guillermo del Toro chega às livrarias em julho


Uma das cenas mais chocantes que assisti no cinema foi um corte feito na boca de um sujeito com uma navalha. Uma menina tascou uma navalhada  na lateral do rosto do cara, acho que de dentro pra fora. Arghhhhh!! E o infeliz, ainda, ficava desfilando em cena com aquele corte horroroso até pegar uma agulha com linha e unir numa sutura b em rústica aquelas duas lapas de pele, mucosa e músculos. Cara, que ‘trucão’. Aliás, “O Labirinto do Fauno, lançado em 2006, é um verdadeiro trucão pesado, tanto no que se refere a qualidade do filme quanto as suas cenas chocantes.
Guillermo del Toro caprichou nesta obra. Não foi à toa que há 13 anos, recebeu seis indicações para o prêmio Oscar, incluindo melhor filme estrangeiro (Espanha/México). No final, acabou vencendo em três categorias: melhor fotografia, direção de arte e maquiagem. E de fato, o visual do filme é divinamente fantástico.
A boa notícia para os leitores é que o famoso cineasta, roteirista e produtor mexicano juntamente com a escritora Cornelia Funke decidiram transformar o filme em “um livro épico e uma fantasia sombria para leitores de todas as idades”.
O livro que já está em pré-venda na Amazon e com previsão de chegar as bancas em 10 de julho terá além da história principal, outros contos fantásticos que contribuirão para ampliar o universo de “O Labirinto do Fauno”. Ah! Outro detalhe. A obra terá várias ilustrações.
O livro de Guillermo e Cornelia é um conto de fadas que leva os leitores a um mundo sinistro, mágico e destruído pela guerra, repleto de personagens ricamente desenhados, como faunos trapaceiros, soldados assassinos, monstros comedores de crianças, rebeldes corajosos e uma princesa há muito perdida, esperando se reunir com sua família.
Resumidamente, o filme acompanha a personagem Ophelia, princesa do submundo que fugiu para o plano terreno com a sua mãe. Durante a trama, ela encontra um ser mágico chamado Fauno, que a ajudará a voltar para o seu lar. 
Quanto ao livro, o seu enredo expande o universo do filme, explorando agora o passado de seus personagens. Pelo o que eu entendi, a obra literária funciona como um complemento do filme, passando bem longe de uma simples novelização. Ufaaa! Ainda bem!

25/06/2019

Medicina dos horrores – Livro polêmico desvenda o sangrento e macabro mundo das cirurgias do século XIX


Ainda bem que não nasci no século XIX! Para ser mais específico, antes de 1846. Caraca, fico imaginando como seria naquela época uma cirurgia de fístula perianal. Por que? Simples, devo passar por essa intervenção cirúrgica na próxima semana.
Após ter visto os releases da pré-venda de “Medicina dos horrores” da historiadora Lindsey Fitzharris, obra que narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, agradeci à Deus por ter chegado ao mundo 115 anos depois. Ufaaa!!
Naquela época, ‘a coisa’ era trash, meu amigo. Imagine se você tivesse quer fazer uma cirurgia sem anestesia. Verdade! O ‘bem-aventurado’ Dr Crawford Long, só viria descobrir o éter etílico como anestésico em 30 de março de 1842, durante um procedimento cirúrgico para remover um tumor de um paciente. Antes disso, as intervenções eram cruciais e realizadas a sangue frio com os pobres pacientes sendo obrigados suportar a agonia de ter o seu corpo rasgado, remexido e costurado: bem acordadinhos.
Pois é, de forma brutal e sem qualquer ajuda de remédios, os cirurgiões cortavam os pacientes, quebravam ossos, retiravam órgãos e costuravam artérias. Enquanto essas pessoas permaneciam completamente conscientes.
Aiiiii.... eu e a minha fistula naquela época....Arghhhhhhh! Só de pensar....
Apaixonei-me pelo tema do livro. Na realidade, sempre tive uma queda por assuntos relacionados ao mundo da medicina. Para quem não sabe, o primeiro vestibular que prestei foi nessa área, somente algum tempo depois descobri a minha vocação para o jornalismo.
Gostei tanto do pouco que vi, que apesar do preço bem salgadinho (R$60,00), já reservei a minha edição que está em pré-venda nas principais livrarias virtuais.
Em “Medicina dos horrores”, Fitzharris evoca os primeiros anfiteatros de operações — lugares abafados onde os procedimentos eram feitos diante de plateias lotadas — e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, uma vez que não havia anestesia. Não à toa, os mais célebres cirurgiões da época eram capazes de amputar uma perna em menos de trinta segundos, como por exemplo, Robert Liston, um cirurgião escocês que ficou conhecido por suas amputações rápidas, algumas delas feitas em cerca de dois minutos.
Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade implacavelmente elevadas.
Joseph Lister vaporizando o campo cirúrgico com ácido carbólico
É nesse cenário, em que se considerava mais provável um homem sobreviver à guerra do que ao hospital, que emerge a figura de Joseph Lister, um jovem médico que desvendaria esse enigma mortal e mudaria o curso da história. Concentrando-se no tumultuado período entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde eles aprimoravam sua arte, as “casas da morte” onde estudavam anatomia e os cemitérios, que eles, volta e meia invadiam para roubar cadáveres.
Lister era um cirurgião médico e cientista britânico que conseguiu desenvolver práticas de cirurgia anti-séptica durante a era vitoriana da Inglaterra graças ao seu conhecimento da teoria sobre a origem da putrefação e a fermentação de Louis Pasteur. Ele também foi quem descobriu o uso da chamada sutura de catgut ou absorvível em feridas cirúrgicas.
O método anti-séptico desenvolvido por Lister mudou substancialmente a prática de intervenções cirúrgicas no século XIX. Naquela época, como já disse, as operações eram realizadas em condições extremamente precárias, não só por causa de higiene inadequada, mas também pelo espetáculo público que tinham.
O livro “Medicina dos Horrores” tem previsão de chegar às livrarias no dia 5 de julho próximo, mas aqueles que quiserem garantir o seu exemplar já podem reserva-lo em pré-venda.
Inté!
Detalhes Técnicos
Autora: Lindsey Fitzharris
Tradução: Vera Ribeiro
Páginas: 320
Gênero: Biografia
Editora: Intrínseca
Ano da edição: 2019
Acabamento: Capa dura
Altura: 23.00 cm
Largura: 16.00 cm
Formato(s) de venda: livro, e-book
Formato: 16 x 23 x 2,1
Lançamento: 05/07/2019

23/06/2019

O Cemitério


O livro “O Cemitério”, de Stephen King, é tão bom, mas tão bom, que seria uma grande heresia estraga-lo com spoilers nessa resenha. Por isso pretendo escrever o mínimo possível para evitar esse mal. Aliás, estou escrevendo esse post especialmente para aquelas pessoas que ainda não leram o livro e tampouco assistiram aos dois filmes (1989 e 2019) baseados na obra.
Apesar da maioria dos “leitores-cinéfilos” já terem lido o livro e assistido, pelo menos, a produção de 20 anos atrás, alguns ainda desconhecem a história por completo, não sabendo quem morre, quem continua vivo, qual o resultado da atitude de Louis Creed, no que aquele ou este personagem se transforma. Bem, a resenha que você lê agora foi escrita para essas pessoas, por isso, talvez, ela possa parecer bem superficial, mas... paciência. Prefiro assim. Me perdoem aqueles que já estão calejados com o “Universo Pete Sematary” e esperavam algo mais detalhado.
Considero “O Cemitério” o livro mais denso e perturbador de King. Posso dizer que a morte é o personagem principal do enredo. Não a morte como algo físico, mas metafísico – do jeito que ela é realmente, agindo e mudando o comportamento dos personagens, influenciando em suas decisões.
Por exemplo, o personagem Louis Creed, por ser médico, sempre soube lidar e, principalmente, aceitar a morte como algo normal, até o momento em que ela cruza o seu caminho, mudando o seu modo de pensar e agir. No caso de Raquel, mulher de Creed, ela passou a ter ojeriza da morte após um trauma de infância envolvendo sua irmã, chegando ao ponto de não aceitar que um dia irá perder pessoas queridas em sua vida ou então animais de estimação. A pronúncia da palavra “morte” é proibida em sua casa. Mas após ser atingida pelo luto e quase perder a razão, surpreendentemente, ela se torna uma mulher forte, ao ponto de viajar quilômetros infindáveis para tentar salvar alguém querido. E tudo isso baseado numa premonição.
Cena do filme "Cemitério Maldito" de 1989
Outros personagens do livro também são atingidos pela morte, entre os quais Jud Crandall, amigo da família Creed; Ellie, filha do casal e até mesmo Irwin – pai de Rachel e sogro de Louis – que  juntamente com o seu genro protagonizam uma cena que seria hilária se não ocorresse no velório de um familiar. Aliás, King é mestre em transformar fatos engraçados, até mesmo pastelões em momentos de terror. Cada um desse personagens reage de maneiras diferentes quando alguém conhecido ou estimado perde a vida.
Enfim é isto, a morte está presente em toda a história e por isso, acredito que “O Cemitério” seja tão perturbador. Mas não apenas perturbador; o enredo também tem vários momentos que causam calafrios. Eu, mesmo, me arrepiei com quatro passagens que me incomodaram muito. Perto do final, um dos personagens, após a sua transformação maligna, choca o leitor não somente por sua aparência, mas também pelo seu linguajar, considerado incompatível para a sua idade. Algo que não acontece nos dois filmes.
"Cemitério Maldito", remake que estreou nos cinemas em 2019
Vários trechos da obra onde o cemitério maldito interage com alguns personagens, procurando arrastá-los para o abismo de uma loucura se fim, como se fosse uma entidade malévola, metem um medo visceral. Na maioria das vezes, li o livro sozinho em casa durante a madrugada e confesso que fiquei com aquele medo bobo de entrar num cômodo com a luz apagada. Acredite, “O Cemitério” consegue fazer isso.
Na trama, Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em Ludlow, uma pequena cidade do Maine, onde se muda com sua esposa, Rachel, e seus dois jovens filhos, Ellie e Gage. 
A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha.
Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um "simitério" no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação.
Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível.
Este local estranho e maligno passa a ter grande influência na família Creed.
Enfim, é isto. Espero não ter liberado muito spoilers para a galera que ainda não leu o livro e nem assistiu aos dois filmes.
Só posso dizer: não deixem de ler “O Cemitério”. É muito assustador e principalmente, perturbador. Talvez, o mais perturbador de todos os livros escritos pelo mestre do terror.

20/06/2019

Titanic – A História Completa


Algo que me irrita demais são livros com capítulos enormes. Daqueles que você começa a ler e parece não ter mais fim. Então, mesmo que o enredo não seja ruim, aquela imensidão de letrinhas vai te esgotando, esgotando até você não ver a hora de terminar o tão malfadado ‘capitulão’. Cara, fico P. da Vida com esses autores ou editores que não tem a perspicácia de dividir esses ‘super-capítulos’ em subcapítulos. É por isso que admiro cada vez mais Stephen King. A maioria de seus livros – para não dizer todos – são divididos em subcapítulos, deixando a leitura de suas obras muito mais atrativa. Não é à toa que ele é conhecido como o mestre da escrita e... claro, mestre do terror, também.
Pois é, “Titanic – A História Completa” do escritor e historiador francês Philippe Masson, infelizmente, se enquadra na categoria dos livros com capítulos longos ao extremo e sem nenhuma subdivisão. Não sei se essa escolha partiu do autor ou de seus editores, o que sei é que tal atitude matou grande parte do enredo.
Talvez, acontece o mesmo com vocês, não gosto de interromper temporariamente a leitura sem terminar um capítulo. Quando sou obrigado a parar no meio daquele mar de letras por algum motivo, me sinto perdido quando retorno a leitura já que o enredo do “capitulão” foi ‘podado’- por mim - sem o autor completar a sua linha de raciocínio. Resultado: fico perdidão e acabo tendo de voltar vários parágrafos para pegar o embalo, novamente.
Apesar do livro de Masson ter um enredo interessante – não em seu todo, mas em partes – sofri para ler a obra, principalmente nas páginas sem ilustrações, já que as fotos ajudam a ‘quebrar’ um pouco os enormes capítulos. Vale lembrar que cada capítulo tem, me média 45 páginas com escrita corrida.
Bem, mas deixando os infernais ‘capitulões’ de lado, vamos ao que interessa: ao enredo, o qual vou me esforçar para não liberar spoiler. Vamos lá. A história é razoável, pois tem partes interessantes e outras nem tanto. Dos sete capítulos – excluindo “apresentação”, “glossário” e “bibliografia” – os que mais prenderam a minha atenção foram: “O Inconcebível”, “Imprudência ou Fatalidade” e “Do Salvamento no Mar”. No primeiro, o leitor se sente dentro do próprio Titanic, já que o autor narra como foi o naufrágio do transatlântico, desde o momento em que colidiu lateralmente com um iceberg até o instante dramático em que o navio se parte ao meio, e proa e popa submergem em posição vertical. É neste capítulo que Masson conta, baseado em depoimentos de sobreviventes, quais foram as reações de vários passageiros e tripulantes. Atos de muita coragem se fundem a atos de extrema covardia nos momentos de perigo. Vários desses atos são narrados em detalhes, fazendo com que o leitor se sinta como um dos passageiros do Titanic, ali, naquele momento, assistindo a tudo.
Não tenho como negar, que apesar da falta de subcapítulos, devorei essa parte do livro. A grande quantidade de fotos e gráficos também ajudaram a tornar o texto mais atrativo.
É neste capítulo que o autor aborda um assunto que para alguns não passa de uma lenda, mas para outros é a mais pura realidade: a orquestra do Titanic que tocou várias músicas no convés para acalmar os passageiros, enquanto o transatlântico submergia. Todos os oito músicos pereceram durante o naufrágio e devido ao ato de heroísmo e coragem, a história real do grupo acabou se tornando uma lenda.
Em “Imprudência ou Fatalidade”, são apresentadas várias hipóteses sobre o acidente para o leitor. Excesso de velocidade do transatlântico? Rota arriscada pré-determinada pela Companhia responsável pelo Titanic? Falha na comunicação de telégrafo? Enfim, Masson disseca todas as possibilidades que possam ter conduzido ao grave acidente. Achei o capítulo bem atraente.
Já em “Do Salvamento no Mar”, o autor analisa as falhas ocorridas no processo de salvamento dos passageiros que conseguiram sobreviver ao naufrágio. Reza a lenda que enquanto o Titanic mergulhava nas profundezas do Atlântico Norte surgiu no meio do nevoeiro, daquela noite fatídica de 15 de abril de 1912, um misterioso navio, o qual apenas poucos sobreviventes nas balsas conseguiram avistar. Seria um navio fantasma ou alguma embarcação que se recusou a ajudar no salvamento? Neste capítulo, Masson explora a possibilidade do suposto navio fantasma ser na realidade o cargueiro britânico SOS Californian. Discussões a respeito de uma possível negligência do comandante desse navio, Stanley Lord e de sua tripulação nos socorros à embarcação compatriota perduram até os dias atuais. O livro explora muito bem esse assunto e a presenta os fatos prós e contra o capitão e a tripulação do Californian, deixando para que o leitor, de posse das informações, opine se houve ou não omissão de socorro.
Quanto aos outros quatro capítulos, sinceridade? Achei desinteressantes. Juro que as informações sobre os motivos que levaram a construção Titanic não me atraíram; muito menos as tentativas de resgatar os lendários ‘restos mortais’ do transatlântico que repousa nas profundezas do oceano, além  dos inquéritos que foram abertos para apurar responsabilidades do naufrágio.
No balanço final, acredito que os capítulos: “O Inconcebível”, “Imprudência ou Fatalidade” e “Do Salvamento no Mar” valeram a leitura do livro, apesar dos temíveis e medonhos capitulões.
Por hoje é só.

16/06/2019

10 livros eróticos para você que leu e gostou de Cinquenta Tons de Cinza


A literatura erótica a cada ano está ocupando um espaço maior nas estantes das livrarias e também nas bienais. Com certeza se esses livros tivessem sido pulicados num passado distante seriam motivos de escândalos, e se a publicação acontecesse num passado mais remoto ainda, eles fariam uma rápida e definitiva viagem para a fogueira... juntamente com os seus ‘heréticos’ autores. Mas como estamos no século XXI, os hábitos, costumes e ideologias são outros e com isso, tais obras puderam aparecer livremente nas prateleiras das livrarias físicas e virtuais, além das comentadas bienais paulistas e cariocas.
Com novas autoras, a literatura erótica ganhou força em blogs e redes sociais, fazendo nascer ou renascer o desejo de ler sobre sexo, sem o medo de ser pego no flagra, neurose que dominava os leitores e principalmente as leitoras de tempos idos, e muitos idos.
Não podemos esquecer também daquelas escritoras que ajudaram romper o tabu desse gênero literário num período onde tudo era proibido. Exemplo disso foi Cassandra Rios (1932-2002). Conhecida como “Safo dos Perdizes”, ela foi a primeira autora brasileira a atingir a marca de 1 milhão de livros vendidos – e escrevendo sobre sexo em plena ditadura militar.  Que coragem!
Décadas após a ditadura, o tabu de que a literatura erótica não podia ser consumida pelo público feminino, em hipótese alguma, ficou para trás. Hoje, histórias carregadas de ousadia e sensualidade acabaram virando coisa de mulher – como atesta o estrondoso sucesso da série Cinquenta Tons de Cinza.
Particularmente, não gosto desse tipo de literatura; prefiro enredos mais elaborados que sigam as vertentes do terror, suspense e até mesmo histórias românticas, tipo Nicholas Sparks, sem os ‘pegas prá capar’ que rolam nas páginas dessas obras, mas não posso negar que o erotismo na literatura tornou-se um sucesso enorme. Por isso, no post de hoje, selecionei alguns livros do gênero que foram muito comentados no passado e outros que estão sendo comentados no presente.
Vamos ao nosso toplist. Anotem os 10!
01 – Trópico de câncer (Henry Miller)
Trópico de Câncer, publicado no ano de 1934, em Paris, foi imediatamente proibido em todos os países de língua inglesa. Tachado como pornográfico, o livro, assim como seu sucessor Trópico de Capricórnio, só foi liberado nos Estados Unidos e na Inglaterra nos anos 60, aclamado como parte da revolução sexual. Polêmicas à parte, Trópico de Câncer foi celebrado pelos maiores intelectuais da época e se tornou um dos grandes clássicos da literatura americana.
Trópico de Câncer traz um relato autobiográfico e idiossincrático do personagem Joe, alter ego de Miller, que chega a Paris após abandonar nos EUA um casamento arruinado e uma carreira estagnada. Mesmo sem um centavo no bolso, Joe é apresentado à boemia francesa e redescobre seu próprio talento em dias e noites de boemia, liberdade e alegria sem fim. Ele vive perambulando pelas ruas, se embriagando e se jogando no mundo sujo do sexo. 
“Trópico de Câncer” faz “50 Tons de Cinza” parecer um conto de fadas infantil. Um livro, definitivamente, não aconselhado para todos leitores, mas mesmo assim, uma obra prima, na opinião de muitos.
02 – Toda sua (Sylvia Day)
“Toda Sua’ é considerado na opinião de várias pessoas, o sucessor do famoso “50 Tons de Cinza”, a obra escrita pela americana Sylvia Day conta o romance entre Eva Tramell, uma jovem de 24 anos que mora em Manhattan e que acaba de integrar uma das agências de publicidade americanas mais conceituadas do país, a Waters Field&Leaman e o milionário atraente Gideon Cross, dono não só da agência de seu mais novo emprego, como de todo o prédio em que ela trabalha.
Uma intensa relação calcada apenas no prazer casual vai, aos poucos, se desenvolvendo para uma paixão ardente – cheia de altos e baixos, capaz de reviver traumas antigos de ambos. 
Pelos comentários que vi nas redes sociais, muitas pessoas ficaram coradas e até mesmo indignadas com alguns trechos da obra. Talvez, elas ainda não tivessem intimidade com os livros de Sylvia Day, onde o sexo está muito acima do enredo.
A exemplo de “50 Tons de Cinza”; “Toda Sua” se tornou um grande sucesso literário.
03 – História de O (Pauline Réage)
Tido como um clássico da literatura erótica, “História de O” aborda o tema BDSM, mas do ponto de vista de uma personagem submissa. Por esse motivo, “50 Tons de Cinza”, na época de seu lançamento, foi imediatamente comparado ao livro de Pauline Réage – que na realidade é um pseudônimo adotado pela escritora e jornalista francesa Anne Desclos. Mas para quem leu os dois livros, essa comparação não passa de uma grande injustiça, já que a obra de Pauline ou Anne Descclos – tanto faz, é muito mais profunda.
O livro lançado originalmente em 1954 só chegou ao Brasil em 1990. “A História de O” fala de uma mulher livre e independente, que é levada por seu amante René a um castelo situado nas proximidades de Paris, onde ela se torna sua escrava e também de outros homens. Após esse período, a personagem conhecida apenas por “O” é entregue ao Sr. Stephen, que compartilha com René os direitos de tê-la como escrava. Ela é marcada a ferro quente com as iniciais de seu novo mestre Sr. Stephen e é submetida, por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sexuais sadomasoquistas.
Pela qualidade literária e pela considerável coragem com que trata o tema da submissão sexual feminina em um estilo cru e direto, o romance se tornou um dos ícones da literatura erótica do século.
O livro provocou fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955.
04 – Trilogia Pede-me o que quiseres (Megan Maxwell)
Taí mais uma trilogia do gênero romance ficcional erótico. Desta vez saem Christian Grey e Anastasia Steele e entram Eric Zimmerman e Judith Flores. Quem leu a trilogia ou pelo menos o primeiro livro achou o enredo bem ousado e com forte doses de erotismo, não ficando atrás da saga escrita por E.L. James.
A trilogia de Megan Maxwell formada pelos livros – “Peça-me o que quiser”, “Peça-me o que quiser agora e sempre” e “Peça-me o que quiser ou deixe-me” – tem um enredo atrevido e contemporâneo. Os livros fizeram tanto sucesso que a autora espanhola María del Carmen Rodríguez do Álamo Lázaro (acredite, esse é o nome verdadeiro da autora; Megan Maxwell é apenas um pseudônimo) rapidinho lançou uma quarta publicação chamada “Surpreenda-me”.
A saga de Maxwell conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. 
Após a morte do pai, Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa que herdou. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atração que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo.
Com ele descobrirá o seu lado voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes… Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.
05 – After (Anna Todd)
Com mais de 10 milhões de livros vendidos e mais de 1,5 milhão de leituras na plataforma online Wattpad, a série “After” é um fenômeno literário icônico da nova geração. O sucesso da saga criada pela escritora norte americana Anna Todd foi tanto que até agora já foram escritos cinco livros. Além disso, a trama saiu das páginas e foi parar nos cinemas no filme homônimo que estreou nas telonas brasileiras em 11 de abril.
Na trama, Tessa é uma garota de 18 anos que acaba de deixar a casa de sua mãe para ir morar no campus da faculdade.
Estudiosa, responsável e recatada, ela não quer saber de festas e nem de paixões. No primeiro dia na faculdade, Tessa conhece Hardin, um jovem rude, lindo e todo tatuado que implica com seu jeito de garota certinha. Os dois se detestam, mas ao mesmo tempo não conseguem ficar longe um do outro.
Logo, começam um relacionamento intenso e turbulento. Consumida por uma paixão que ela imaginava não ser possível, Tessa vê sua sexualidade aflorar. Mas por trás do chame irresistível de badboy, Hardin carrega fantasmas de seu passado, que podem colocar tudo a perder. Depois de Hardin, Tessa nunca mais será a mesma.
06 – Codinome Lady V (Lorraine Heath)
Para aqueles que procuram uma forma de literatura erótica mais tranquila e menos ousada, “Codinome Lady B” é uma indicação certa. De acordo com alguns leitores que apreciaram a obra de Lorraine Heath, a história tem aquele toque sensual cuidadoso, sem ser vulgar.
Minerva Dodger é uma bela mulher muito rica, mas cansada de rejeitar pretendentes interessados apenas em seu dote escandalosamente vultoso, ela decide que é melhor ser uma solteirona do que se tornar a esposa de alguém que só quer seu dinheiro. No entanto, Minerva não está disposta a morrer sem conhecer os prazeres de uma noite de núpcias e, assim, decide ir ao Clube Nightingale, um misterioso lugar que permite que as mulheres tenham um amante sem manchar sua reputação.
Protegida por uma máscara e pelo codinome Lady V, Minerva mal consegue acreditar que despertou o desejo de um dos mais cobiçados cavalheiros da sociedade londrina, o Duque de Ashebury. E acredita menos ainda quando ele começa a cortejá-la fora do clube. Por mais que ele seja tudo o que ela sempre sonhou, Minerva não pode correr do duque descobrir sua identidade, e não vai tolerar outro caçador de fortunas.
Depois de uma noite de amor com Lady V, Ashebury não consegue tirar da cabeça aquela mulher de máscara branca, belas pernas e língua afiada. Mesmo sem saber quem ela é, o duque nunca tinha ficado tão fascinado por nenhuma outra mulher antes.
Mas agora, à beira da falência, ele precisa arranjar muito dinheiro, e rápido. Sua única saída é se casar com alguma jovem que tenha um belo dote, e sua aposta mais certeira é a Srta. Minerva Dodger, a megera solteirona que tem fama de espantar todos os seus pretendentes.
Enredo bem interessante, não acham?
07 – O amante de Lady Chatterley (D.H. Lawrence)
Ao contrário de “Codinome Lady V”, “After” e até mesmo “Cinquenta Tons de Cinza”, o enredo de “O Amante de Lady Chatterley” de D.H. Lawrence é ‘trucão carga pesada’. Mas tão carga pesada que a obra chegou a ser julgada pelo tribunal criminal de Londres, em 1960, por obscenidade, o qual a editora Penguim venceu ao provar o seu valor literário. Até então, a obra estava proibida há 32 anos, ou seja, desde 1928.
O livro causou muita polêmica na época por conta de suas cenas de sexo explícitas e o uso de palavras consideradas "chulas".
“O Amante de Lady Chatterley” narra a história de Constance Reid (Connie), que, casada com um nobre paralítico, começa a ter um caso com o costureiro que trabalha na propriedade do marido.
Lawrence chegou a fazer alterações significativas no manuscrito original a fim de torná-lo mais aceitável aos leitores, mas mesmo assim, a obra continuou proibida.
Alguns estudiosos sobre a vida do autor, afirmam que a história foi baseada nos eventos infelizes de sua vida doméstica e que a inspiração para a "locação" do livro foi Ilkeston, em Derbyshire, onde Lawrence viveu por um tempo.
Hoje, “O Amante de Lady Chatterley” é apregoado por leitores e críticos como um clássico da literatura mundial.
08 – A coleira (Nana Pauvolih)
E quem disse que brasileiras também não escrevem romances eróticos? Taí a carioca Nana Pauvolih que não me deixa mentir. Alguns leitores acharam “A Coleira” polêmico e chocante; outros nem tanto, já que consideraram o enredo bem bobinho. Será?! Sei não, tudo é uma questão de gosto e como os gostos são diferentes...
A personagem principal da história é Lorenza. Ela é uma menina de 17 anos e mora com seu pai Otávio, vivendo como uma adolescente qualquer. Seu pai, para tentar salvar a empresa da família que está enfrentando sérias dificuldades financeiras, decide se associar a jovem empresário chamado Miguel.
Mas para ajudar Otávio, o rapaz faz uma exigência: quer Lorenza como sua amante. O pai da jovem aceita o acordo, pega o dinheiro de Miguel, paga os funcionários e foge com Lorenza para Portugal não cumprindo a promessa de dá-la como amante a Miguel.
Passam-se seis anos, o pai de Lorenza morre e entonce... Pelo título e também pela capa do livro já dá para saber o que irá rolar na vida de Lorenza. Como ela reagiará a tudo isto?
09 – Bem profundo (Porthia Costa)
Vi esse livro em vários blogs e as suas resenhas derivam para um lugar comum: enredo com um erotismo intenso e extremo. Tão intenso que a autora dá uma atenção muito maior aos jogos sexuais do que aos romance e sentimentalismo dos personagens.
Enquanto a ingênua personagem Anastasia Steele de “Cinquenta Tons de Cinza” narra a sua história de desejo e paixão; “Bem Profundo” é um mergulho na libertação da sensualidade e da libido da protagonista Gwendolyne ou simplesmente Gwen. Se Anastasia quer participar de um conto de fadas, Gwen quer um reencontro com sua feminilidade e com seus mais sinceros desejos.
Em “Bem Profundo”, Gwen tem como uma de suas tarefas esvaziar diariamente a caixa de sugestões da biblioteca. Um dia, ela encontra uma carta direcionada a ela, contendo uma proposta indecente. Um homem misterioso começa a lhe mandar correspondências de perder a cabeça e fica claro que ele não quer ficar só no papo! Suas ideias são chocantes, mas excitam Gwen.
Enquanto sua imaginação está a mil, ela ainda precisa lidar com o professor Daniel, que está fazendo uma pesquisa temporária na biblioteca. Um homem espetacular, em sua opinião. Gwen começa a fazer avanços sobre o professor inspirada pelas cartas picantes que recebe do admirador secreto. 
10 – Pequenos Pássaros (Anais Nin)
"Pequenos Pássaros", assim como "Delta de Vênus", é a ficção erótica mais difundida da escritora francesa Anais Nin (1903-1977) em todo o mundo. Estas histórias foram escritas na década de 40 e só publicadas em livro após a morte da autora, em meados da década de 70. Em Pequenos pássaros, treze histórias trazem pessoas - sobretudo mulheres - que dão vazão à paixão sob todas as formas e encaram seus mais variados anseios sexuais. A prosa de Anaïs Nin - mulher e escritora à frente do seu tempo - leva personagens e leitores a lugares recônditos do desejo humano. A autora é conhecida pela sinceridade com que trata de temas sexuais e eróticos e também pela delicadeza e musicalidade do seu estilo. 
“Pequenos Pássaros” apresenta os seguintes contos: Os passarinhos, A mulher das dunas, Lina, Duas irmãs, Siroco, Maja Desnuda, O modelo, A rainha, Hilda e Rango, O chanchiquito, Açafrão, Mandra e A Fugitiva, cujas histórias, um tanto "chocantes" para os leitores mais puritanos, falam de paixão, sexo, sensualidade, lesbianismo, etc. tudo de uma perspectiva feminina, num estilo provocante e ao mesmo tempo com muita sensibilidade.
Taí galera! Se vocês apreciam esse gênero literário, boa leitura.

12/06/2019

A Sangue Frio


Mesmo não sendo fã do “new journalism” ou jornalismo literário, tanto faz, acabei gostando de “A Sangue Frio”, tida como a obra máxima de Truman Capote que também pode ser considerado o criador desse estilo literário.
Por que não gosto, mas gostei? Ok. Vou tentar explicar essa confusão criada por mim. Não gosto do new journalism porque mistura jornalismo com literatura, ou seja, joga os fatos reais dentro de um enredo ficcional, possibilitando que o jornalista insira um pouco de literatura em suas matérias.
Acho um pouco arriscada essa fórmula que surgiu no final dos anos 50 com Capote, porque o jornalista corre o risco de se ser mais ficcionista do que repórter criando cenas e diálogos que não existiram na realidade. Resultado; a cabeça do leitor vira um trevo mal sinalizado, fazendo com que não saiba qual caminho deva seguir: o da realidade ou o da ficção. Com isso, a leitura acaba ficando, estranha, esquisita. Volta e meia você divaga e pensa que aqueles personagens e aquelas situações reais são todos fictícios. Então, pimba!! Você sai das divagações e cai na real por alguns minutos. – Epa, pera aí! Isto aqui, não é ficção não, é realidade!!
Este conflito acaba tornando a leitura confusa e por vezes, cansativa. Foi o que senti, por exemplo, lendo “Os Eleitos” de Tom Wolfe, também considerado literatura não ficcional. A primeira parte do livro-reportagem que conta a história dos “Mercury Seven”, os sete primeiros astronautas selecionados pela Nasa, que pilotaram as naves do programa Mercury, assim como de outros pilotos de teste, como o lendário Chuck Yeager, é tão cheia de adrenalina que me esqueci que estava lendo uma história real e embarquei na ficção. Já na segunda parte do livro, quando as cenas de ação foram trocadas por um enredo mais reflexivo, a leitura se tornou muito cansativa, pois ora imaginava estar com um texto jornalístico em mãos, ora com um texto literário.
Richard Eugene Hickock, em 1965, e Perry Smith, em foto de 1960. 
Mas então, porque gostei do livro de Capote? Acredito que tenha sido o enredo equilibrado. Capote não fez um mergulho cego e louco na ficção. Nada disso. Há os muitos diálogos entre os personagens reais da trama, mas também, na mesma proporção – talvez, até maior – há as descrições jornalísticas, como se o autor estivesse participando, em off, da história, dando detalhes sobre o massacre de todos os membros de uma tradicional família residente numa pequena cidade do Kansas.
Apesar de parecer um romance policial, em nenhum momento “A Sangue Frio” desvia o foco do leitor da realidade. Tudo por causa desse equilíbrio: ficção e realidade; para mim, perfeito.
Escritor Truman Capote
Capote narra a história a história do assassinato da família Clutter, uma das mais influentes na pequena cidade de Holcomb, no Kansas, onde residiam apenas 270 habitantes.
Poucos crimes na história chocaram tanto a população como o massacre dos quatro membros dessa família. Em 1959, na casa dos Clutter, onde estavam o casal Herbert e Bonnie e os filhos adolescentes Nancy e Kenyon, os ladrões Eugene Hickcock e Perry Smith após invadir a residência decidiram matar os quatro membros da família para não deixar testemunhas. 
Capote passou seis anos levantando informações e investigando passo a passo tudo o que ocorreu em Holcomb. Depois de muito trabalho, ele publicou a sua obra prima “A Sangue Frio”, livro que criaria um novo estilo literário com uma onda de seguidores.
O autor narra o crime da sua concepção à execução, além de fazer com que os leitores entrem na cabeça dos criminosos e conheçam os motivos que os levaram a cometer tal assassinato. A partir desse momento, você começa a ter contato com os pormenores da vida de Hickcoock e Smith – desde a infância a fase adulta - e, então, conhece os motivos que levou dupla a cometer tal atrocidade.
A intimidade dos relatos se deve ao fácil acesso que Capote teve aos assassinos. Ele visitava Hickcoock e Smith com frequência na prisão, fato que gerou muita polêmica na época, tanto é que surgiram indícios de que o autor teria se envolvido intimamente com um deles.
Controvérsias a parte, o que interessa é que “A Sangue Frio” é um grande livro e que, certamente, merece ser lido.

09/06/2019

O Júri


Demorei mais do que o habitual para terminar a leitura de “O Júri” de John Grisham. Demorei porque o início do livro cansa e confesso que pensei em mesclar a sua leitura com um outro livro. Não iria cometer o sacrilégio de abandonar uma obra de Grisham, jamais; mas estava fortemente propenso a desacelerar a leitura e me dedicar, simultaneamente, a um outro enredo mais... digamos, mais instigante. Galera, de fato, as primeiras páginas de “O Júri” por pouco não me deram sono, mas resisti e fui em frente, esquecendo até mesmo a ideia de pegar uma obra suplementar. Como diz o ditado popular: “resolvi agarrar o touro a unhas”. E quer sabe de uma coisa? Valeu a pena! Um pouco antes da metade do livro quando a personagem Marlee entra em cena, o enredo se transforma numa verdadeira caixa de conspirações cheia de surpresas. Se tivesse deixado o livro de lado teria perdido uma história e tanto, pelo menos da metade em diante.

Marlee é uma das personagens femininas mais fodásticas da literatura. Grisham foi muito feliz na sua criação. Ela é inteligente, esperta, maliciosa, dissimulada, mas acima de tudo, honesta. Pronto! Me ganhou! Fiquei apaixonado por ela.
Mesmo aparecendo bem menos do que os outros dois personagens principais de “O Júri”: Nicholas Easter e Rankin Fitch, as participações de Marlee são bombásticas e o leitor fica torcendo para que ela reapareça logo no enredo.
O livro de Grisham questiona até onde pode ir o poder de um júri e a independência dos jurados durante um julgamento. Agora imagine se essa disputa judicial colocasse frente a frente uma grande e poderosa companhia de cigarros e uma pobre viúva, cujo marido morreu de câncer no pulmão.
Nicholas faz de tudo para ser escolhido como jurado desse julgamento e mais: conquistar o posto de líder entre os 11 jurados eleitos. Para isso, arquiteta um plano infalível que o fará ocupar uma das 11 cadeiras. Mas porque ele quer tanto fazer parte desse júri? Teria ele alguma ligação com a com a viúva que perdeu o marido por causa do vício do cigarro ou o seu motivo é muito mais complexo? As intenções de Nicholas se tornam claras antes do leitor chegar na metade do enredo, mas nem isso faz com que a leitura perca o interesse.
Cartaz do filme "O Júri" com os personagens principais
Conforme o enredo vai se aprofundando, o leitor vai conhecendo os segredos que envolvem Nicholas e Marlee que passam a trabalhar juntos, visando atingir o mesmo objetivo: conseguir fazer a cabeça dos jurados para um determinado veredito. Mas por que? O motivo da dupla se empenhar tanto nesse sentido só é descoberto nas páginas finais, e não deixa de ser uma grande surpresa para o leitor.
E como todo bom enredo tem que ter um vilão convincente, Grisham caprichou nesse ponto, ao criar Rankin Fitch, um sujeito maquiavélico, contratado pelos executivos das industrias de cigarro, que usa das mais sujas artimanhas para intimidar os jurados com o objetivo de conseguir um veredito favorável aos seus patrões. O embate entre ele e Marlee é fantástico. A violência física não faz parte desse confronto, apenas a astúcia e a inteligência de ambos. Quem levará a melhor? Esta disputa vale todo o livro. O contexto envolvendo os bastidores do julgamento também é muito interessante, principalmente a interação, repleta de nuances e reviravoltas, envolvendo Nicholas e os outros jurados.
“O Júri” foi escrito em 1996 e ganhou uma adaptação cinematográfica em 2003 com um elenco estelar, entre os quais: Rachel Weisz (Marlee), Gene Hackman (Rankin Fitch), Jonh Cusack (Nicholas Easter) e Dustin Hoffman (Wendell Rohr, advogado da viúva). O filme fez um grande sucesso, a exemplo do livro.
Taí galera, só posso dizer: aguentem firme a primeira metade da obra, não desistam, porque depois vocês irão se deliciar as páginas seguintes.
Valeu!

06/06/2019

“O Cemitério” e “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”: dois bebês que chegaram hoje


Cara, estou muuuuito feliz! Os meus dois bebês que estava aguardando com muita expectativa chegaram hoje pela manhã. Nossa, como eles são bonitinhos! Um se chama Saraiva e outro se chama... Ahahahaha!! Nada disso galera, apesar de gostar de crianças, não pretendo ter filhos; e muito menos Lulu. Os bebês a que me refiro são dois livros que já vinha namorando há muito tempo. O primeiro chegou pela Saraiva e o outro pela Amazon. Por isso que os chamo de bebês Saraiva e Amazon.
Mas vamos ao que interessa: falar escrever sobre esses dois bebês tão especiais.
O bebê Saraiva chegou meio que... digamos forçado, já que não pretendia compra-lo, pelo menos por enquanto, mas ‘entonce’ um amigo meu, o Augusto que é diretor de curtas metragens e super-fã assumido de Stephen King – diga-se, bem mais do que eu – me disse, certo dia, que “O Cemitério” foi o melhor livro do autor que ele já leu. Ele sempre encontrava uma brecha para falar sobre a sua obra preferida. Conhecem aquele ditado popular: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”? Pois é, furou. Desta maneira, fui despertando interesse pelo livro até que há duas ou três semanas, o Augusto me deu uma espécie de ultimato, coisa do tipo: “ E aí? Já comprou o Cemitério?”
“Pronto! Não dá mais pra adiar”, disse para mim mesmo. E assim, comprei o livro. Levei muito em conta a opinião do meu amigo porque é um cara muito centrado quando o assunto é literatura, principalmente no que se refere a Stephen King. Tanto é que antes de se tornar um fantástico diretor e ator de curtas metragens, ele tinha um blog literário que eu considerava um dos melhores do gênero na blogosfera. O cara escreve muito bem. Adivinha como se chamava o blog? Eu conto; lá vai: Gato Smucky! Esse gato, para aqueles que desconhecem, pertencia a filha de King e morreu atropelado. Teve direito a funeral e foi enterrado num cemitério de animais. Aliás, Smucky foi a principal inspiração de King para escrever “O Cemitério”.

Vejam bem, o Augusto gostou tanto do livro que decidiu colocar o nome do famoso felino em seu blog. Infelizmente, o Gato Smucky – o blog, não o gato (rs) – encerrou as suas atividades. Uma pena, pois como já disse se tratava de um espaço literário incrível.
Portanto galera, não tinha como fazer vistas grossas para uma indicação feita por um expert em Stephen King, além de um ex-blogueiro com um incrível faro literário. Entonce, encarei a compra.
Agora, quanto ao outro bebê que chegou via Amazon: “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”, confesso que a capa foi a grande culpada do estouro em meu cartão de crédito. Caraca, aquela caveirinha escalando a cova do tumulo onde havia sido enterrada, enquanto algumas pessoas com guarda-chuvas ao lado de um coveiro, segurando uma pá, encontram-se na superfície, ao lado da lápide, sem imaginar o que está acontecendo abaixo deles, é ‘escrotamente’ sedutrora.
O outro motivo é simples: sou um grande fã de podcast. Verdade! Talvez por trabalhar em rádio e apresentar alguns programas gosto muito dessa forma de transmissão de informações. A grosso modo, podcast é como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem primordial é o conteúdo sob demanda. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no play ou baixar o episódio.
Quando não estou escrevendo os meus posts ou então lendo um livro, podem ter certeza de que estou curtindo algum podcast pelo iTunes ou PodStore. Quando descobri que o enredo literário foi baseado num podcast de muito sucesso apresentado pelo autor da obra lançada pela Darkside, Aaaron Mahnke, comecei a pesquisar mais sobre o assunto.
Soube depois que o podcast em questão conta hoje com mais de 180 milhões de reproduções pelo mundo e que também, Mahnke é um expert em fatos misteriosos ou sem explicação, muito respeitado por pessoas ligadas nesses temas.
Fui mais a fundo e procurei saber detalhes sobre o livro. Descobri que “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas” pesquisa o folclore sombrio, principalmente do mundo ocidental. O autor busca origens de mitos e práticas bizarras de pessoas assustadas demais com eventos que não podem explicar. É aí que entram os ‘causos’ de vampiros que desenterravam corpos recém falecidos, buscando sinais de que ele estava muito preservado e com sangue ainda fresco no coração. Brrrrrrrrrrrrr!! Mortos vivos que voltavam para atazanar a vida de pessoas conhecidas; e por aí afora. Como sou fã do gênero terror, não pestanejei e comprei.
Taí galera, agora só resta aguardar a hora certa – o que deve acontecer rapidinho – para ler os dois bebes. O cheirinho deles, pelo menos, é muito bom.
Inté!



03/06/2019

10 livros sobre o naufrágio do Titanic que você deve ler


Estou lendo “Titanic – A História Completa” de Philippe Masson – e, simplesmente, adorando. Cara, é como se eu estivesse dentro do famoso transatlântico, conhecendo os seus segredos, a intimidade de seus passageiros e tripulantes, enfim, uma obra fantástica. Pelo menos até a parte onde parei para escrever esse post.
Por estar gostando bastante da história, tive a ideia de fazer uma postagem sobre dez livros especiais que abordam fatos e curiosidades sobre o RMS Titanic, considerado o navio mais luxuoso e seguro da sua época, chegando ao ponto de ser considerado "inafundável". Mas quis o destino que o ‘super-transatlântico’ colidisse com um iceberg, no Oceano Atlântico e.., deixasse de ser “inafundável”. A tragédia aconteceu às 23h40min do dia 15 de abril de 1912. O grande navio com parte da lateral do casco rasgado agonizou até a madrugada do dia seguinte, quando por volta das 2H20min desceu para as profundezas do oceano. Foi um dos maiores desastres marítimos em tempos de paz de toda a história. De, aproximadamente, 2.224 pessoas a bordo, apenas 700 conseguiram sobreviver ao naufrágio.

Olha, vou ser sincero com a galera que acompanha esse espaço há muitos anos: não li todos os livros que estão nessa lista; apenas quatro – incluindo o atual, “Titanic – A História Completa”. Quanto aos demais: três foram sugestões de colegas leitores e os outros três, escolhi após pesquisas nas redes sociais, levando em conta comentários de internautas que leram as referidas obras. Belê? Mas todos, acredito que sejam muito bons.
Vamos as sugestões.
01 – Sobrevivente do Titanic (John Maxtone-Graham)
O livro na realidade é um manuscrito de Violet Jessop que serviu como comissária de bordo no Titanic. Estas memórias foram editadas e comentadas por John Maxtone-Graham dando origem a obra. Quando comprei “Sobrevivente do Titanic” estava à procura de informações mais detalhadas sobre o naufrágio do navio, mas sob o ponto de vista de alguns sobreviventes. Comecei a ler e vi que não era nada do que eu procurava, já que em sua autobiografia, Violet conta detalhes de sua vida desde o nascimento, a infância difícil, problemas amorosos e as situações de perigo que enfrentou como comissária de bordo não só no Titanic, mas também no naufrágio do Britannic que afundou após bater em uma mina marítima.
Se me arrependi da compra? Em nenhum momento. Pelo contrário adorei, mesmo estando a procura de um outro assunto. As situações enfrentadas por Violet durante a sua infância, juventude e a fase adulta são muito interessantes e conseguem prender a atenção do leitor que nem se dá ao trabalho de ficar frustrado com as poucas informações referentes ao naufrágio do Titanic: pouco mais de 35 páginas.
Podem acreditar a vida dessa comissária de bordo foi repleta de venturas e viagens perigosas.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 1998
Páginas: 300
Ilustrações: Sim
Editora: Brasil Tropical
02 – Uma Noite Fatídica (Walter Lord)
Publicado em 1955, “Uma Noite Fatídica” tornou-se imediatamente um best-seller nos EUA. O livro só chegou ao Brasil, 57 anos depois através da editora Três Estrelas. Na opinião de muitos críticos literários, trata-se, atualmente, de um dos mais importantes livros sobre a tragédia, pela precisão na apuração dos eventos, riqueza das informações obtidas e depoimentos de sobreviventes.
Walter Lord ouviu o relato de 62 sobreviventes do naufrágio que narram os momentos de desespero de passageiros e tripulantes, além dos atos de heroísmo e covardia demonstrados por vários personagens reais. Pelo que pesquisei na web, o livro do escritor norte-americano é um relato fiel da tragédia envolvendo o RMS Titanic contada por aqueles que estiveram lá; os sobreviventes.
Lord não enrola com detalhes técnico sobre o transatlântico. Ele já vai direto ao ponto, ou seja, a partir das 23H40min quando o Titanic bateu no iceberg. Os relatos dos 62 sobreviventes começam desse ponto. A escrita do autor lembra um pouco o new journalism que narra fatos reais com uma aura de ficção.
Ahaha!! Com certeza, essa ‘belezura’ aí já entrou na minha lista de prioridades.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2012
Páginas: 295
Ilustrações: Sim
Editora: Três Estrelas
03 – O Crepúsculo da Arrogância (Sergio Faraco)
Um colega de trabalho leu e gostou muito. Acredito que a obra do autor brasileiro Sergio Faraco deva ter as suas virtudes já que foi vencedora na categoria não-ficção do Prêmio AGEs 2007 da Associação Gaúcha de Escritores. Ao todo, concorreram na categoria 43 obras de escritores do Rio Grande do Sul.
“O Crepúsculo da Arrogância” tem um enredo semelhante ao livro que estou lendo atualmente: “Titanic – A História Completa”. Faraco relata a combinação de erros, pretensão, arrogância e desinformação que resultou na tragédia envolvendo o navio que o mundo julgava ‘insubmergível’. O livro começa quando se inaugura a era dos vapores oceânicos, no primeiro quarto do século XIX. Trata em seguida dos planos de expansão da White Star Line, responsável pela construção do Titanic e também dos preparativos para a viagem inaugural.
Após descrever a partida do Titanic para Nova York em 10 de abril de 1912, o autor - que consultou, inclusive, os registros dos inquéritos de 1912 sobre as causas do desastre, com extensos e minuciosos depoimentos dos sobreviventes - reconstitui minuto a minuto os acontecimentos de 14 para 15 de abril: a colisão com o iceberg, o arriamento dos botes salva-vidas, o naufrágio e também o que ocorreu nos dias seguintes, no mar e em Nova York.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2006
Páginas: 213
Ilustrações: Não, apenas alguns gráficos
Editora: L&PM
04 – Titanic – A Verdadeira História e os Atos de Heroísmo dos Passageiros (Rupert Mattews)
O livro de Rupert Mattews reúne relatos de testemunhas e provas examinadas nos inquéritos, além das mais recentes descobertas sobre o naufrágio do Titanic, proporcionando uma visão completa dos acontecimentos da noite fatídica de 14 de abril de 1912.
Mais de 1.500 pessoas morreram no naufrágio do Titanic Titanic, muitas afogadas, mas a maioria de hipotermia.
Tudo bem que Titanic – A Verdadeira História e os Atos de Heroísmo dos Passageiros abordem vários temas que já explorados a exaustão em outros livros do gênero, mas o diferencial é que Mattews procura derrubar alguns dos inúmeros mitos criados sobre o naufrágio ao longo dos anos.
O autor explica o que aconteceu com o presidente da empresa, proprietária do Titanic e responsável pela sua fabricação, as especulações sobre um 'navio misterioso' que muitos passageiros disseram ter visto, a história do casal que não quis se separar e muitas outras informações interessantes.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2014
Páginas: 208
Ilustrações: Sim
Editora: Books
05 – Titanic – Minuto a Minuto (Jonathan Mayo)
O livro “Titanic – Minuto a Minuto” de Jonathan Mayo foi baseado num documentário produzido pelo próprio autor para um programa de rádio da  BBC, onde ele trabalha. E como o livro é oriundo desse roteiro, certamente está repleto de informações técnicas, inquéritos e histórias das pessoas que estavam a bordo do Titanic. Gostei muito livro, tanto é que estou a procura do documentário levado ao ar pela BBC.
Como o próprio título diz, a obra narra minuto a minuto os fatos envolvendo o antológico transatlântico, desde a saída do Titanic até seu fim. 
Para que você tenha uma ideia de como “Titanic – Minuto a Minuto” é detalhado, basta dizer que o autor cita até mesmo o menu servido, na véspera do acidente, para as três classes de passageiros do navio. Através da comida a que os passageiros da 1ª, 2ª e3ª classes tinham direito, já é possível perceber o pouco caso com essas pessoas, a maioria imigrantes, alojadas na 3ª classe.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2017
Páginas: 260
Ilustrações: Sim
Editora: Vestígio
06 – A Costureira (Kate Alcott)
Trata-se de um romance que tem o naufrágio do Titanic apenas como pano de fundo. Kate Alcott conta a história de Tess Collins, uma jovem empregada que limpa o chão e trabalha como auxiliar de costureira em Cherbourg e que sonhava se tornar uma pessoa conhecida e respeitada no mundo da costura. Depois de algum tempo, ela decide abandonar essa vida.  Depois de alguns dias, uma famosa estilista chamada Lucile Duff Gordon a convida para acompanha-la na viagem que fará para Nova York a bordo do Titanic. Lucile precisava de uma empregada nessa viagem e por esse motivo fez o convite que foi prontamente aceito por Tess que vê a sua grande chance de subir na vida.
Tess e Lady Duff conseguem sobreviver ao naufrágio do navio e passam a viver situações distintas; a primeira enfrenta as desilusões amorosas ao mesmo tempo que luta pela sua ascensão social; já a segunda se vê envolvida nos escândalos do inquérito sobre o terrível desastre naval e terá que empenhar-se muito para limpar o seu nome.
Capa: Brochura
Ano: 2013
Páginas: 376
Ilustrações: Não
Editora: Geração Editorial
07 – Amor Sem Igual (Danielle Steel)
Se o livro de Kate Alcott, apesar de ser uma história fictícia, ainda traz alguns fatos reais sobre a tragédia envolvendo o Titanic, “Amor Sem Igual” de Danielle Steel, traz o mínimo do mínimo do mínimo de informações concretas relacionadas ao acidente marítimo.
O livro retrata a vida da personagem Edwina Winfield, de 20 anos, uma sobrevivente do naufrágio. Ela perde os pais e o noivo que também estavam no transatlântico e acaba tendo de cuidar, sozinha, dos seus irmãos mais novos, tendo assim, de sacrificar os seus sonhos e ambições sociais e profissionais. 
A maior parte do livro foca na luta de Edwina para manter unida o que sobrou de sua família. Ela passa a se esquivar de qualquer relacionamento amoroso e sonha em como a sua vida teria sido diferente se ela e seus familiares não estivem no Titanic naquela noite terrível.
Se levarmos em conta os comentários de leitores e também de algumas resenhas nas redes sociais e nos blogs, a história idealizada por Steel é muito emocionante e vale a pena ser lida.
No meu caso, não sei... Até agora li dois livros da autora e não gostei; por isso fiquei um pouco escaldado.
Capa: Brochura
Ano: 2013
Páginas: 331
Ilustrações: Não
Editora: Record
08 – E A Orquestra Continuou Tocando (Christopher Ward)
A história da orquestra da RMS Titanic que tocou até o último minuto quando o transatlântico foi engolido pelo mar é tão fantástica que acabou transformando-se numa lenda. Só que essa história é real.
Os oito músicos do Titanic pereceram todos durante o naufrágio do navio em 15 de abril de 1912. Eles tocaram músicas, pretendendo acalmar os passageiros, por todo o tempo que foi possível e naufragaram com o navio. Todos foram reconhecidos por seu heroísmo. Nenhum deles sobreviveu.
Jock Hume, 21 anos, violinista da orquestra, deixou em terra a noiva grávida e jamais conheceu a filha. Algum tempo depois da tragédia, seu pai recebeu uma carta da companhia que o contratara: era uma cobrança pelos botões do uniforme do jovem morto.
Esta história de perda, crueldade e amor é magistralmente contada por Christopher Ward, neto de Jock Hume, que investigou com extrema minúcia o passado de sua família, iluminando detalhes pouco conhecidos da maior catástrofe marítima de que se tem registro.
Capa: Brochura
Ano: 2012
Páginas: 272
Ilustrações: Sim
Editora: Lafonte
09 – Titanic de James Cameron (Ed W. Marsh)
Um livro indispensável para os cinéfilos que se emocionaram com o filme de James Cameron considerado a grande coqueluche no ano de 1997. A obra de Ed W. Ward é ricamente ilustrada e conduz os leitores para um passeio nos bastidores da conhecida produção cinematográfica.
O autor explica detalhadamente como foi o esforço de produtores, roteiristas e diretor para levar às telas a história do mais famoso navio do século XX e também do romance ficcional do icônico casal Jack e Rose vividos por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet.
O leitor encontrará uma descrição detalhada do esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do RMS Titanic, incluindo a réplica do seu exterior em tamanho natural e o tanque de 64,6 milhões de litros projetado para o seu naufrágio; a riqueza dos detalhados espaços interiores; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995, a aproximadamente quatro quilômetros abaixo da superfície do mar; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos visuais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Como disse acima, um livro indispensável para os fãs do filme de Cameron.
Capa: Brochura
Ano: 1998
Páginas: 178
Ilustrações: Sim
Editora: Manole
10 – Titanic – A História Completa (Philippe Masson)

Fecho esse post com o livro que ainda estou lendo. O título faz jus ao enredo da obra, já que o autor faz um relato completo antes, durante e depois do naufrágio do Titanic. O que levou a empresa White Star Line a construir um navio gigantesco para o seu tempo? O trágico acidente foi uma fatalidade ou uma sucessão de erros que poderiam ter sido evitados? Como foi o inquérito do naufrágio? Como foram os momentos de pânico e terror vividos pelos passageiros e tripulação na madrugada de 15 de abril de 1912? E quanto aos atos de coragem e de covardia demonstrado por alguns?
Estas são algumas perguntas que o Philippe Masson responde em “Titanic – A História Completa” numa leitura fluida e cativante.
Além de detalhes sobre o naufrágio, Masson brinda os seus leitores com informações importantes sobre a história naval envolvendo a Marinha Mercante, principalmente no que diz respeito a grande corrida das empresas navais na conquista dos mares através da construção de enormes e sofisticados navios transatlânticos.
Estou lendo e adorando.
Capa: Brochura
Ano: 2011
Páginas: 272
Ilustrações: Sim
Editora: Contexto
Valeu!

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