29/07/2019

“As Ruínas”: após mais de 10 anos, finalmente, terei o livro em minha estante


Já escrevi há alguns anos que ao vermos um livro que nos interessa, principalmente em sebos, jamais – e eu disse jamais com toda a minha convicção – devemos deixar de compra-lo naquele momento, porque amanhã ou depois poderá ser tarde (ver aqui e aqui). Aprendi essa lição após deixar passar em branco algumas oportunidades de ouro. Livros, cuja perda eu lamento até hoje.
Um desses livros é “As Ruínas” de Scott Smith, lançado pela editora Intrínseca em 2007. Ainda me recordo que na época de seu lançamento fiquei muito interessado, mas então, o tempo foi passando e eu fui deixando para trás, vítima daquela ‘maledeta’ ‘autossuficência literária’. Sabe quando temos a convicção de que o livro que queremos, estará esperando por nós o tempo que quisermos? Pois é, pensei dessa forma com relação “As Ruínas”, mas após ‘topar’, recentemente, com o livro, dessa vez, no portal da Estante Virtual quase tive um ataque cardíaco. C-a-r-a-m-b-a! Só restavam oito exemplares! Fui conferir no Mercado Livre e nada; visitei vários livreiros independentes e nada; livrarias, então, piorou. Os preços dos livros usados que encontrei nos sebos da Estantes Virtual custavam aproximadamente R$ 70,00 incluindo o frete. E pensar que deixei de pagar preços módicos num passado remoto.
Fiz a compra ontem, apesar do preço salgado, e para aqueles que discordam dessa máxima: "nunca deixe para amanhã, o livro que você pode comprar hoje”, gostaria de lembrar que nesta segunda-feira ao acessar, mais uma vez, o site da Estante, dos oito livros que havia visto, só restavam cinco. Percebi também que alguns sebos não dormiram no ponto e já deram uma pequena reajustada na obra, o que me leva crer que dentro de poucos dias, “As Ruínas” entrará para o rol de obras raras com direito a preços lá nas alturas. Ufaaa, escapei por pouco!
Cena do filme baseado no livro
Mas do que se trata esse enredo que me chamou tanto a atenção. Bem, primeiramente, o que me despertou o interesse foi a opinião de Stephen King que disse: “A história de As Ruinas é um longo e desesperado grito de horror”. O enredo escrito por Smith, foi o outro ‘fiel da balança’. Achei bem tenso. E por último, o filme, baseado na obra, lançado em 2007 que recebeu muitos elogios.
Confiram a sinopse do livro: “Aquelas pareciam ser as férias perfeitas. Sob o sol de Cancun, quatro amigos resolveram aproveitar o recesso da universidade para descansar e viver algumas aventuras inofensivas na costa do México. O que eles não imaginavam é que aquele passeio despretensioso se transformaria no pior pesadelo de suas vidas… EmAs Ruínas, Scott Smith resgata a clássica tradição dos thrillers de terror consagrada por autores como Stephen King e Thomas Harris, adaptando-a para os medos e as angústias do século XXI. 
Autor Scott Smith
Num romance de suspense ininterrupto, Smith expõe nossos maiores temores, tanto aqueles maximizados pelas notícias de jornal, como a destruição das florestas, o aquecimento global e suas conseqüências em nosso ecossistema, quanto os que vagam silenciosamente por nosso íntimo; as dúvidas a respeito de quem somos e o que representam as pessoas que nos rodeiam, questões que tentamos apagar de nossas mentes, mas que, em situações extremas, se tornam gritos impossíveis de serem calados”.
Com relação a Smith, além de autor, também é roteirista e já publicou dois romances de suspense, “Um Plano Simples” e “As Ruínas”.  Ambos livros já ganharam adaptações cinematográficas e o seu roteiro para “Um Plano Simples” lhe rendeu uma indicação para o Oscar.
Smith nasceu em Summit, New Jersey em 1965 e se mudou para Toledo, Ohio quando ainda era uma criança. Depois estudou no Dartmouth College e se graduou na Universidade de Columbia.
Como já disse, Stephen King morreu de amores pela obra e chegou a dizer que As Ruínas é “o melhor romance de horror do novo século”.
Taí galera, estou morrendo de expectativa pela chegada do meu precioso (rs). Quanto à você que acabou de ler esse post e também se interessou pelo livro, é bom se apressar porque só restam cinco à venda na Estante Virtual.
Boa sorte!

25/07/2019

10 escritores que detestaram a adaptação de seus livros para o cinema


Há alguns dias, li uma entrevista de Stephen King que me chamou a atenção. Perguntaram o que ele achava da adaptação cinematográfica de “It”. O autor derramou elogios para o filme. Então, o repórter da revista (não me lembro o nome do periódico) aproveitou o embalo e fez a mesma pergunta, mas com relação a um outro filme: O Iluminado. Vicheeee!! King detonou a adaptação e disse que a odiou. O curioso é que a produção dirigida por Stanley Kubrick foi um sucesso de público e crítica, menos para King que foi o autor do livro.
Após ler essa entrevista, tive a ideia de escrever um post sobre autores que odiaram a versão de seus filmes para o cinema. E olha que são muitos! Portanto, vamos conferir 10 filmes baseados em livros que por muito pouco não provocaram um ataque de nervos em seus autores. Vamos à eles!
01 – Stephen King (O Iluminado)
O filme de Stanley Kubrick lançado em 1980 foi aclamado pela crítica e muito elogiado pelo público, mas mesmo assim, Stephen King odiou a adaptação de seu livro para as telas. 
Segundo o New York Daily News, King disse que não gostou de Jack Nicholson como Jack Torrance, personagem pelo qual o ator é sempre lembrado. Segundo o escritor, Nicholson já interpretava um louco mesmo antes do protagonista se tornar um. Na opinião de King, Stanley Kubrick fez um filme visualmente bonito, mas que não tem nada a ver com o terror e os aspectos sobrenaturais que ele narrou em seu livro, começando pelo Hotel Overlook que no enredo literário é o verdadeiro vilão, já no filme, ele perde grande parte da sua aura maléfica.
King também criticou a personagem Wendy – esposa de Jack Torrance – vivida pela atriz Shelley Duvall que só gritou no filme. O autor explicou que criou uma personagem forte e que encarava qualquer perigo para defender o filho, por sua vez, na produção de Kubrick, Wendy é uma mulher fraca, submissa e medrosa.
Em entrevista à revista Writers Digest, o mestre do terror disse que assistir a um formigueiro por 3 horas é mais emocionante do que o filme de Kubrick e que esta é a única adaptação de seus livros que ele se lembra de ter odiado.
02 – Bret Easton Ellis (Psicopata Americano)
O livro de Bret Easton Ellis foi publicado em 1991 e o filme baseado na obra só seria lançado em 2000.  Christian Bale foi muito elogiado pelo seu trabalho como o jovem executivo Patrick Bateman que tem uma segunda vida como um horrível assassino em série durante a noite.
Apesar da boa aceitação nas telonas, Ellis não gostou da adaptação. Segundo ele, o seu livro jamais deveria ter se transformado em filme. O próprio autor exlica: “eu acho que o problema com ‘Psicopata Americano’ é que a obra foi concebida como um romance, um trabalho literário, centrado em um narrador pouco confiável e o filme é um tipo de mídia que exige respostas. Por mais ambíguo que você seja [na realização de um filme], não importa, você sempre estará buscando respostas, uma resposta visual. E eu não acho que ‘Psicopata Americano' é mais interessante, particularmente, se você sabe que ele de fato agiu ou se aquilo não aconteceu apenas na cabeça dele. Acho que a resposta a essa pergunta torna o livro infinitamente menos interessante”. Taí.
03 – Milan Kundera (A Insustentável Leveza do Ser)
Milan Kundera odiou tanto a adaptação de sua obra “A Insustentável Leveza do Ser, feita por Philip Kaufman, que chegou a proibir que outros de seus livros sejam transformados em roteiros cinematográficos. Mas se Kundera não aprovou, o público amou.
O filme lançado em 1988 foi indicado para o Globo de Ouro - um dos principais prêmios do cinema – na categoria ‘Melhor Filme’. “A Insustentável Leveza do Ser” conta a história de Thomas (Daniel Day- Lewis), um neurocirurgião, que seduz metade das mulheres de Praga, mas não quer se envolver com nenhuma. Até que aparece Tereza (Juliette Binoche) com a sua inocência perturbadora. O ‘Don Juan’ Thomas acaba caindo em sua própria armadilha.
O filme fez muito sucesso na época, apesar de Kundera detestá-lo.
04 – Winston Groom (Forrest Gump)
Nem mesmo as seis estatuetas do Oscar, incluindo os de melhor filme e melhor ator conseguiram mudar a opinião de Winston Groom com relação a adaptação cinematográfica de seu livro Forrest Gump.
Pois é, Groom não gostou da interpretação de Tom Hanks e, segundo o New York Times, preferia que o ator John Goodman interpretasse Forrest nos cinemas. O autor ainda disse que a adaptação poliu o personagem, retirando as partes mais profanas do livro para deixá-lo mais aceitável aos olhos do público.
Em 1995, Groom escreveu a continuação do livro Gump & Co. A primeira frase desta segunda obra é: “Nunca deixe alguém fazer um filme sobre a sua história”. Ehehehe... já deu pra perceber que ele não gostou nem um pouquinho do Gump dos cinemas.
05 – Anthony Burgess (Laranja Mecânica)
Bem antes de ter desagradado Stephen King com a adaptação de “O Iluminado” em 1980, o cineasta Stanley Kubrick já havia irritado o escritor Anthony Burgess com uma mexida ‘não muito legal’ em seu romance Laranja Mecânica. Na opinião de Burgess o filme de 1971 não foi nada bom, nada bom.
De acordo com a revista Mental Floss, o autor disse o seguinte sobre o filme: “O livro pelo qual eu sou mais conhecido, ou conhecido apenas por ele, foi reduzido a uma glorificação da violência e do sexo. O filme tornou fácil para as pessoas não entenderem sobre o que o livro se trata, e este mal-entendido vai me perseguir até a minha morte”.
Carácolas! Ele detestou, de fato, a adaptação de seu livro feita por Kubrick.
06 – Anne Rice (Entrevista com o Vampiro)
Entrevista com Vampiro foi dirigido por Neil Jordan e o roteiro ficou a cargo da própria Anne Rice. A princípio, a autora desejava que seu protagonista fosse interpretado por Rutger Hauer, o que não aconteceu, já que os produtores acabaram escolhendo Tom Cruise, e Rice não gostou nada da escolha. Inclusive, chegou a disser que não haveria elenco mais bizarro para a sua obra.
Vale lembrar que a adaptação cinematográfica de “Entrevista com o Vampiro” reuniu em 1994, alguns dos maiores galãs da década de 90, entre eles: Tom Cruise, Brad Pitt e Antônio Banderas.
Com relação a Cruise, a autora explicou que ele não daria toda a profundidade necessária ao personagem com a sua atuação. Porém, após a estreia do filme, voltou atrás no comentário e elogiou o ator. 
“Eu achei que o Tom Cruise fez um trabalho excelente no filme. Ele tentou capturar a beleza e o espírito de Lestat”. Mas no início, ela não pensava bem assim.
07 – Michael Ende (História Sem Fim)
Este filme que está guardado no coração dos adolescentes dos anos 80 teve uma gravação muito tumultuada. Michael Ende, autor do livro “História Sem Fim”, inicialmente, estava participando da produção, escrevendo o roteiro da trama, mas quando terminou, o estúdio não gostou do que tinha visto e chamou outro roteirista para reescrever o texto. Pimba! Esta decisão administrativa foi o início do estopim. Segundo Ende, o novo roteiro do filme tirou toda a essência da obra, e a transformava em algo melodramático e comercial”. O autor ficou tão irritado com todas essas mudanças, que tentou barrar a produção, e impedir que o filme fosse lançado.
Quando ele não conseguiu, levou o caso para a justiça, mas acabou sendo derrotado. Ende detestou tanto a releitura de seu romance que exigiu que que seu nome fosse tirado da produção.
08 – Richard Matheson (Eu Sou a Lenda)
Richard Matheson que escreveu “Eu Sou a Lenda” em 1954 não aprovou  nenhum dos três filmes baseados em sua obra. Ele afirmou que todos eles descaracterizaram a história original, principalmente o final “estranho” da produção mais recente com Will Smith.
“Mortos que Matam” (1964), apesar de ser fiel ao enredo do autor teve falhas de direção e de elenco grotescas que “assassinaram” a produção. Já “A Última Esperança da Terra” (1971) mudou tudo o que Matheson escreveu, o deixando furioso. E finalmente, “Eu Sou a Lenda” (2007) aniquilou o final do livro, mudando inteiramente a sua essência. Nem é preciso dizer que Matheson também cuspiu marimbondos.
09 – Roald Dhal (A Fantástica Fábrica de Chocolate)
Roald Dahl ficou decepcionado com o filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate” baseado em seu grande sucesso literário. Apesar de ter escrito partes do roteiro do filme de 1971, ele não aprovou a versão final. Segundo a BBC, Dahl não gostou que o foco da história passou para o personagem Willy Wonka ao invés do garoto Charlie, o verdadeiro protagonista do livro. Até o título original do filme foi alterado de “Charlie and the Chocolate Factory” para “Willy Wonka and the Chocolate Factory”. Segundo a BBC, o filme foi patrocinado pela Quaker que estava lançando os chocolates Wonka na época.
A decepção de Dahl foi tão grande que ele não deixou que a continuação da história, “Charlie e o Grande Elevador de Vidro”, virasse outro filme. O autor também proibiu outras versões da Fantástica Fábrica de Chocolate.
Somente após sua morte, em 1990, é que começaram as negociações para um novo filme, que foi lançado em 2005 e produzido por Tim Burton.
10 – Lauren Weisenberger (O Diabo Veste Prada)
A escritora norte americana, Lauren Weisenberger pode até ter dito em algumas entrevistas que gostou da adaptação para os cinemas de seu livros, mas no fundo ela ficou decepcionada. Tudo por causa da personagem Miranda Priestly que teve a sua personalidade distorcida no filme. Priestly, interpretada pela atriz Meryl Streep, pode ser considerada uma das personagens mais icônicas do cinema contemporâneo, virando, até mesmo, uma referência quando o assunto é patrão chato, mas apesar disso, não agradou Weisenberger, não agradou; mesmo.
Palavras da autora em entrevista ao site Cosmopolitan UK: “Não gostei que eles humanizaram tanto a Miranda. Entendo que Meryl Streep queria fazer uma personagem tridimensional, porque ela é o maior talento que conhecemos, mas eu tive dificuldades de imaginar Miranda Priestly chorando em um quarto de hotel ou trocando confidencias com a Andy. Eu fiquei ‘Oh, ela tá chorando? Eu acho que não!”.
Tai galera, por hoje é só.

21/07/2019

10 livros para comemorar os 50 anos da chegada do homem à Lua


Neste sábado (20) completaram-se 50 anos do primeiro passo do homem na lua.  Foi um momento marcante na história mundial e que emocionou milhares de pessoas em todo o mundo. Quando Neil Armstrong - líder da missão Apollo 11, que ainda tinha como tripulantes Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins – pisou na lua, em 20 de julho de 1969, um dos maiores sonhos do homem, naquela época, relacionados à conquista do espaço se tornaria realidade.
E o nosso blog, é evidente, não poderia deixar que essa data passasse sem nenhum registro. A melhor forma que encontrei para homenagear a data foi a publicação de uma lista de 10 livros que abordassem o tema da conquista lunar pelo homem. E sabemos que ao longo de décadas, a conquista do nosso satélite natural rendeu ótimos livros de ficção científica, biografias e por aí afora.
Confiram agora, a nossa toplist:
01 – O Primeiro Homem: A Vida de Neil Armstrong
Não poderia deixar de abrir a nossa lista falando do primeiro homem que pisou na lua: Neil Armstrong, o líder da missão Apolo 11. Esta biografia preparada pelo escritor e historiador americano, James R. Hansen, inclusive, inspirou o filme “O Primeiro Homem” (2018) protagonizado por Ryan Gosling.
Ao pisar na lua, Armstrong disse uma frase que se tornaria antológica e lembrada em todo o mundo através de décadas: “É um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Hansen trabalhou minuciosamente nesta biografia, entrevistando mais de 120 pessoas, tendo acesso a documentos privados da família Armstrong e gravando mais de 50 horas de entrevista com o famoso astronauta. O resultado foi uma biografia rica em detalhes e fotos que apresenta a infância de Neil, os bastidores da missão especial Apolo 11, os percalços da fama e a trajetória do astronauta depois da NASA.
Detalhes Técnicos
Autor: James R. Hansen
Editora: Intrínseca
Páginas: 619
Ano: 2018
Acabamento: Brochura
02 – Da Terra à Lua (Júlio Verne)
Júlio Verne é considerado um dos escritores pioneiros da ficção científica. Alguns críticos o consideram como o pai do gênero. Em “Da Terra à Lua”, publicado em 1865, o autor imagina um grupo de viajantes enviado à Lua por meio do disparo de uma cápsula em um canhão. É mole?!
Após a Guerra de Secessão, os Estados Unidos entram num longo período de paz, o que preocupa demais os membros do Clube do Canhão. Afinal, o que farão das suas vidas sem nenhuma guerrinha onde poderiam exercitar todas suas habilidades e conhecimentos bélicos, principalmente na criação de balas e canhões? Mas a monotonia não dura muito, pois o Sr. Impey Barbicane, presidente do Clube do Canhão, acaba tendo uma ideia bem... digamos, sui generis, ao propor utilizar todo o conhecimento à disposição na construção de um canhão com poder e dimensão suficientes para disparar um projétil em direção à Lua! A proposta é acolhida com clamores entusiastas e em completa euforia, não apenas no clube, mas por todo o mundo.
Um aventureiro francês de modos extravagantes, Michel Ardan, une-se à empreitada e propõe que o projétil seja tripulado, se apresentando como voluntário. Depois desta surpreendente proposta, dois dos membros do clube do canhão também embarcam nesta empreitada: Barbicane e seu até então inimigo e concorrente, o capitão Nicholl. 
O livro foi relançado no ano passado pela editora L&PM em edição de bolso.
Detalhes Técnicos
Autor: Júlio Verne
Editora: L&PM
Páginas: 256
Ano: 2018
Acabamento: Edição de bolso
03 – Os Primeiros Homens da Lua (H.G. Wells)
Taí outra fera da ficção científica, ao lado de Júlio Verne. Estou me referindo a H.G. Wells. “Os Primeiros Homens da Lua” de Wells foi publicado originalmente em 1901.
Na história, os seres humanos desenvolveram um artefato que os levam à lua. Lá, descobrem que existe uma civilização onde cada pessoa nasce para ser treinada a desenvolver uma atividade específica na sociedade, seja matemático, físico, professor, etc. A sociedade já determina o que o esse ser humano será, visando uma divisão em castas sociais e profissionais.
Com a chegada dos seres humanos na lua, um primeiro contato é mantido com essa civilização, mas ao longo dos anos, as doenças viróticas dos homens, como a gripe, são alastradas na civilização lunar, levando os habitantes da lua a ir se extinguindo com o passar do tempo por não terem defesas naturais para tais doenças. 
Detalhes Técnicos
Autor: H.G. Wells
Editora: Francisco Alves
Páginas: 177
Ano: 1985
Acabamento: Brochura
04 – Missão Apollo – A Incrível História da Corrida à Lua (David Baker)
Olivro do escritor e cientista espacial David Baker conta em detalhes as missões Apollo, desde a primeira até a 11ª que, enfim, levou o homem até a Lua. Um relato minucioso de toda corrida espacial por parte do homem, incluindo as suas conquistas e também os seus fracassos.
“Missão Apollo – A Incrível História da Corrida à Lua” mostra todo empenho e persistência de um grande grupo de profissionais em conseguir levar o homem à lua.
Em seu livro, Baker explica que a “corrida espacial” entre os Estados Unidos e a União Soviética começou no momento em que o presidente John F. Kennedy fez sua ousada declaração histórica de 25 de maio de 1961: “Acredito que este país deveria dedicar-se a atingir, antes do fim da década, o objetivo de levar um homem à Lua e trazê-lo de volta à Terra são e salvo”.
Houve oito missões antes do pouso bem-sucedido da Apollo 11, inclusive a primeira, que foi um desastre na plataforma de lançamento e resultou na perda de três astronautas. O programa continuou com missões não tripuladas por algum tempo, até começarem os ensaios gerais do pouso real.
“Missão Apollo – A Incrível História da Corrida à Lua” está repleto de fotografias da espaçonave e dos astronautas, além de imagens da Terra e da Lua, diagramas técnicos de foguetes, módulos de comando, módulos lunares e do traje espacial da Apollo 11 e planos de voo e de operações da NASA. Também há quadros especiais sobre eventos e pessoas importantes e tabelas de fatos e números que detalham nome e idade dos astronautas, data e duração dos voos, o que Armstrong comeu em trânsito e onde ver a espaçonave Apollo hoje.
Missão Apollo revive a experiência e todo o drama que se desenrolou desde a origem do programa espacial Apollo e as primeiras tentativas de pôr um astronauta americano no espaço até o sucesso do pouso da Apollo 11 na Lua e a comemoração de sua queda no Oceano Pacífico."
Vale lembrar que Baker foi ex engenheiro de programação de sistemas espaciais da NASA, ou seja, ele entende muito, mas muito do assunto.
Detalhes Técnicos
Autor: David Baker
Editora: M.Books
Páginas: 192 
Ano: 2019
Acabamento: Brochura
05 – Viagem à Lua (Cyrano de Bergerac)
Este livro é um verdadeiro achado e a sua leitura muito interessante. Acredito, até mesmo, que trata-se de uma leitura obrigatória para todas as pessoas interessadas no tema “conquista espacial”. Ocorre que esse livro foi escrito há cerca de 400 anos. Numa época de revolução no pensamento humano, Copérnico e Kepler especulavam sobre os astros e sobre os mundos. 
“Viagem à Lua”, escrito por Cyrano de Bergerac em 1657, começa com uma roda de amigos, entre os quais filósofos e pensadores, discutindo um tema interessante para aquela época.  Segundo alguns deles, a lua, que vemos da terra, é na verdade um planeta, como o nosso, onde moram pessoas e animais, como aqui, e que para os habitantes da lua, nossa terra é apenas uma lua. A ideia acaba se transformando em motivo de piada entre os amigos, mas seu defensor diz que assim como estamos rindo disso aqui em baixo, pode ser que tenham pessoas na lua, rindo da ideia de que exista vida na terra, que para eles é apenas uma lua.
Imagine só o que uma obra desse tipo causou numa sociedade recém saída da noção de que a terra era um disco plano no centro do universo. Cara, o enredo de Bergerac deve ter caído como uma bomba.
São tantos os perigos envolvidos nessa crítica satírica “Viagem à Lua” – pelo menos para aquela época - que a primeira edição do livro, de 1657, dois anos após a morte do autor, saiu expurgada das passagens mais polêmicas. E o texto na íntegra teve que esperar até 1921 para vir a público.
A obra relançada em 2007 pela editora Biblioteca Azul vem acompanhada de diversas cartas do autor, inéditas no Brasil, que se relacionam em vários pontos com Viagem à Lua e ainda iluminam outras facetas de Cyrano. 
Autor: Cyrano de Bergerac
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 232
Ano: 2007
Acabamento: Brochura
06 – Os Eleitos (Tom Wolfe)
A obra de Tom Wolf, considerado um dos maiores expoentes do new journalism, reconta os dramas e anseios dos pilotos de teste em contraste com o grupo conhecido como Mercury Seven, de astronautas de elite, tendo como pano de fundo a corrida espacial.
Os Eleitos” foi lançado em 1979 e fez grande sucesso na época, sendo até hoje uma obra muito cultuada. Wolfe narra minuciosamente como era a vida dos pilotos envolvidos em experiências de foguetes americanos no pós-guerra, aeronaves de alta velocidade, além de documentar as histórias dos primeiros astronautas do Projeto Mercury selecionados para o programa espacial da NASA.
“Os Eleitos” é baseado em uma extensa pesquisa de Wolfe, que entrevistou os pilotos de teste, os astronautas e suas esposas, entre outros. Uma das partes mais interessantes do livro – pelo menos na minha opinião – são os capítulos dedicados aos pilotos de testes, como Chuck Yeager, que foi considerado por muitos contemporâneos, como o melhor de todos eles, mas mesmo assim, nunca foi selecionado como um astronauta.
Wolfe escreveu o livro inspirado pelo desejo de descobrir por que os astronautas integrantes do Projeto Mercury aceitaram o perigo de um voo espacial sem nenhuma segurança. O autor compara os astronautas com os pilotos de testes que eram conhecidos como "guerreiros de único combate" de uma época anterior, que recebiam a honra e adoração de seu povo antes de ir lutar em seu nome.
Autor: Tom Wolfe
Editora: Rocco
Páginas: 389
Ano: 1979
Acabamento: Brochura
07 – O Que Comem os Astronautas? (Sandro Marques)
Para comemorar a data que marcou os 50 anos da chegada do primeiro homem à lua, a Editora Bamboozinho lançou “O que Comem os Astronautas?”, um livro infantil de Sandro Marques que explora a curiosidade das crianças e dos adultos sobre a alimentação dos cientistas que participaram dessa aventura humana.
As opiniões sobre o livro são muito favoráveis nas redes sociais. “O Quem Comem os Astronautas?” conta com ilustrações de Ivan Coutinho. A obra foi criada com base numa pesquisa feita pelo autor sobre as técnicas de conservação dos alimentos para que possam ser levados ao espaço. A questão é fundamental, por exemplo, para os cientistas que vivem na Estação Espacial Internacional e também nas discussões sobre uma eventual ida do homem ao planeta Marte, viagem que não duraria menos de três anos.
Os personagens principais do livro são duas crianças, Nica e Rico, que ao ouvir na TV sobre as comemorações da chegada do homem à Lua, pergunta aos pais: “O que comem os astronautas?” A pergunta dispara o questionamento sobre diferentes alimentos – é possível comer sushi? E açaí? e o autor apresenta receitas com um nível fácil de execução e textos curtos que contextualizam historicamente os alimentos.
O livro que foi lançado em 20 de julho é considerado uma obra paradidática para crianças entre 6 e 9 anos de idade.
Autor: Sandro Marques
Editora: Bamboozinho
Páginas: 40
Ano: 2019
Acabamento: Brochura
08 – Viagem ao Céu (Monteiro Lobato)
O sonho de chegar à Lua seduziu não só astronautas e a própria NASA, mas também vários escritores que faziam questão de criar enredos fantásticos sobre o tema e bem aquém de suas épocas. Nem mesmo Monteiro Lobato escapou dessa sedução. E olha que ele escreveu o livro em 1932, um período em que uma viagem lunar era considerada uma verdadeira piada.
“Viagem ao Céu” é a continuação de “Reinações de Narizinho”. No livro, o
Visconde de Sabugosa morre afogado e Emília resolveu ressuscitá-lo. Ele reaparece, mas transformado num sábio inglês, o Dr. Livingstone. Na verdade, o Visconde ficou sendo as duas coisas: ele próprio, e o Dr. Linvingstone.
Com o ressurgimento do Visconde a vida no Sitio se torna completa, e após uma aula de Dona Benta sobre Astronomia, Pedrinho, Emília e Narizinho tem a ideia de usar o pó de pirlimpimpim e excursionar pela Lua, levando juntamente com eles a Tia Anastácia, o Burro Falante, e o Visconde de Sabugosa, menos Dona Benta.
Depois de visitarem a Lua, o grupo do Sítio do Pica Pau Amarelo decide visitar também outros planetas.
Autor: Monteiro Lobato
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 248
Ano: 2018
Acabamento: Brochura
09 – Viagem à Lua de Canoa (Hugo Almeida)
“Viagem à Lua de Canoa” é um romance infanto-juvenil escrito por Hugo Almeida, com ilustrações de Milton Rodrigues Alves e publicado pela primeira vez em 1988 com o título de “Mais rápido do que a luz”. Vinte e um ano depois, a editora Nankin faria o relançamento da obra.
O autor relaciona a chegada do homem à Lua em julho de 1969 com uma viagem de canoa feita na mesma época, no interior do Brasil. “Viagem à Lua de Canoa” trata ainda de uma família feliz: Marília, Cândido, Ró e Lã de Ouro.
O garoto, de 8 anos, quer viajar com o pai para visitar a construção de uma ponte, mas corre o risco de perder a transmissão, pela TV, da descida do homem na Lua. O livro traz ainda uma nota sobre viagens espaciais e curiosidades sobre a histórica conquista da Lua.
A obra teve boa receptividade da crítica. Em seu Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira de 1995, a crítica literária Nelly Novaes Coelho escreveu: “Livro cuja simplicidade deriva de uma profunda sabedoria de vida, este é um dos que seduzem o leitor”.
Almeida levou dez anos pensando em escrever um livro sobre a conquista da Lua. Na idade de seu personagem Ró, o autor fez com o pai a viagem que narra no livro e, em 1969, assistiu, maravilhado, à chegada do homem à Lua pela televisão. Somente depois de ter escrito outros três livros e de viver a experiência de ser pai, é que pôde concretizar o projeto. Escreveu a primeira versão numa noite, depois a retrabalhou durante mais de um mês.
Autor: Hugo Almeida
Editora: Nankin
Páginas: 40
Ano: 2009
Acabamento: Capa dura
10 – Poeira Lunar (Arthur C. Clark)
Um dos gênios da ficção científica, Arthur C. Clarke, autor do conto “The Sentinel” que por sua vez deu origem ao super-clássico do cinema “2001: Uma Odisséia no Espaço” não poderia faltar nessa lista. Ele também é o autor de “Poeira Lunar”, publicado 9 anos antes do homem chegar a lua, e indicado, naquela época, para um dos principais prêmios literários da ficção científica: o Hugo. Além disso, foi a primeira história de ficção cientifica publicada pela Reader’s Digest.
A história de Clarke se passa num futuro distante quando a Lua se torna um destino turístico. Seus mares nunca antes navegados, compostos por um depósito de poeira que permaneceu intocado e imóvel ao longo de milhões de anos, passam a ser desbravados por uma nave de cruzeiro com tecnologia de ponta: a Selene.
Mas o espaço, apesar de nossos avanços científicos, continua sendo um ambiente arriscado, indômito e cheio de armadilhas. O que parecia um simples passeio turístico se torna uma perigosa aventura quando a Selene, com vinte passageiros a bordo, naufraga em poeira no Mar da Sede. Sem comunicação ou meios de voltar à superfície, o pequeno grupo fica preso, e os turistas, junto a dois tripulantes e um experiente astronauta, se tornam um microcosmo da sociedade.
Enquanto aguarda o resgate, o capitão da Selene precisa lidar com as ansiedades de seus passageiros e, ao mesmo tempo, tomar difíceis decisões que podem significar a vida ou a morte para cada um dos náufragos.
Autor: Arthur C. Clarke
Editora: Aleph
Páginas: 304
Ano: 2018
Acabamento: Brochura
Taí galera, aproveitem as indicações e boa leitura!

19/07/2019

“O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”


Gostei muito de “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”, tanto é que foi o escolhido para ser um de meus acompanhantes durante a minha internação hospitalar. E olha que Lore acabou se transformando numa verdadeira sensação entre médicos e enfermeiras. Se quiser saber mais sobre o assunto acesse aqui.
Os ‘causos’ descritos pelo podcaster, escritor, pesquisador e historiador norte-americano Aaron Mahnke fez com que me sentisse sentado ao redor de uma fogueira, durante uma madrugada de lua cheia, juntamente com outros amigos, ouvindo aquelas histórias de terror e suspense que acabam nos perturbando. E, ali, no centro da fogueira, eu imaginava Mahnke contando essas historietas. Foi dessa forma que me senti ao ler o livro.
A linguagem coloquial e fluida faz com que o leitor acabe se envolvendo naqueles casos ou causos (sabe-se lá o que!) estranhos, alguns até mesmo impactantes. Este é um dos pontos positivos de “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”. A linguagem descontraída e envolvente.

O outro ponto que merece destaque são as próprias histórias narradas pelo autor, diga-se de passagem, muito interessantes. Ele não conta apenas um caso. Mahnke procura esclarecer essa história, analisando as suas origens com o objetivo de apontar uma solução para o mistério. A maioria dos capítulos segue essa premissa. Por exemplo, logo na abertura do livro, ele já desmistifica a imagem popular do vampiro que todos nós conhecemos. Mahnke explica que a origem do verdadeiro ‘sanguessuga’ não tem nada a ver com o Drácula de Bram Stoker, com os vampiros de Anne Rice e muito menos com os adocicados chupadores de sangue da saga Crepúsculo.
Quando pensamos em vampiros, imediatamente imaginamos alguma criatura europeia com sotaque estrangeiro, roupas da era vitoriana e que habitam mansões e castelos sombrios. Podemos ainda lembrar da figura histórica de Vlad III de Valáquia, também conhecido como Vlad, o Empalador. Lendo o livro você vai descobrir que o buraco é muito mais em cima, ou seja, as raízes da maioria das histórias de vampiros remetem a superstições com base em culturas bem mais antigas no mundo todo, inclusive da Idade Média.
Ainda sobre vampiros, achei interessante a opção do autor em relacioná-los com a ciência médica. Neste capítulo, você fica sabendo se os vampiros, de fato, existem ou... não. Posso garantir que você irá se surpreender com as teorias apresentadas pelo escritor.
Igualmente, o livro também desmistifica o mito do zumbi. Apague de sua memória os personagens do clássico filme de George A. Romero, A Noite dos Mortos Vivos ou então da série televisiva, The Walking Dead. Novamente repito: ‘o buraco é muito mais em cima’. Em “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas” o leitor terá contato com histórias de zumbis que realmente existiram, mas garanto que as causas que transformaram esses seres humanos nessas criaturas estranhas são completamente distintas daquelas que você viu nos filmes ou na TV.
Se fosse analisar a maioria dos casos que fazem parte da obra, esse post ficaria absurdamente comprido. Portanto, prefiro dizer que achei todos eles – não a maioria, mas todos eles – interessantes. Entre os quais posso citar a lenda de Jack dos Saltos de Mola (será mesmo uma lenda?), Homem Mariposa, Lobisomens (um dos relatos me provocou calafrios), bonecos assassinos, casas mal assombradas, possessões, navios fantasmas, gremlins, duendes, aparições, enfim, o repertório é enorme. Até mesmo a boneca Annabelle e os famosos investigadores de fenômenos paranormais Ed e Lorraine Warren dispõem de algumas páginas dedicadas a eles.
Achei as histórias narradas por Mahnke tão interessantes que mesmo com as dores do pós operatório - me incomodaram ‘pacas’, em alguns momentos - li o livro rapidinho.
“O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas” originou-se do premiado podcast “Lore” ― cujos episódios se inspiram nas famosas creepypasta dignas de pesadelos e que já contabiliza mais de 180 milhões de reproduções, onde Mahnke explora o encanto que nós, humanos, temos por saber o que já houve de fantástico neste mundo em que vivemos.
Ah! É claro que não posso esquecer o layout caprichado da obra que já se tornou uma das marcas da editora Darkside: capa dura, com as bordas vermelho sangue e lindas ilustrações internas. Um livro prá ficar num lugar de destaque em sua estante.
FICHA TÉCNICA
Título: O Mundo de Lore: Criaturas Estranhas
Autor: Aaron Mahnke (livro) e M.S. Corley (arte)
Editora: DarkSide Books
Capa: Dura
Gênero:
 Ficção
Páginas: 256
Formato: 16 x 23 cm


16/07/2019

Confira trecho inédito de “O Instituto”, novo livro de Stephen King


Há dois dias publiquei uma postagem sobre o lançamento de “O Instituto”,  novo livro de Stephen King (ver O Instituto), que deverá chegar por aqui no dia 10 de setembro. Aliás não sei como os executivos da editora Companhia das Letras que é a dona do selo Suma conseguiram a proeza desse lançamento simultâneo com os Estados Unidos. Cara, que eu me lembre, isso nunca aconteceu com os livros de King em nossa terrinha, onde temos de esperar entre oito meses a um ano – ou até mais – para ganhar uma tradução em português. Mas agora... o pessoal da Suma endoidou. Espero que continuem doidos por “muitos e muitos séculos”.
Mas vamos ao que interessa. Tenho certeza de que os fãs do mestre do terror e suspense irão adorar essa novidade. Se segura na cadeira aí para não cair! (rs). Foi liberado um trecho de “O Instituto”. Isso mesmo galera! Enquanto setembro não chega, vocês poderão ler o início da história. E aí? Gostaram da surpresa? Então confiram abaixo, primeiramente, a sinopse oficial e logo em seguida o trecho inédito da obra.
Divirtam-se um pouco porque no dia 10 de setembro tem mais.
Sinopse Oficial
“No meio da noite, numa casa de uma rua quieta no subúrbio de Minneapolis, invasores matam os pais de Luke Ellis e o colocam numa SUV preta. Luke acordará no Instituto, em um quarto que parece com o seu, exceto por não ter janelas. E atrás de sua porta existem outras portas, atrás das quais há outras crianças com talentos especiais – telecinese e telepatia – que chegaram neste lugar do mesmo jeito que Luke. Nesta mais sinistra das instituições, os funcionários são impiedosamente dedicados a extrair dessas crianças a força de seus dons paranormais. A cada vítima que desaparece, Luke fica mais e mais desesperado para fugir e encontrar ajuda. Mas ninguém jamais escapou do Instituto.”
Trecho de O Instituto de Stephen King
Incluindo a redação, o vestibular durou quatro horas, mas houve uma pausa misericordiosa no meio. Luke sentou num banco no saguão do colégio, mastigando sanduíches que sua mãe embalou para ele e desejando um livro. Ele trouxe Almoço Nu, mas um dos inspetores se apropriou dele (junto com seu telefone e os de todos os outros), dizendo a Luke o devolveria depois. O cara também folheou as páginas, procurando por imagens indecentes ou por anotações.
Enquanto ele comia biscoitos em forma de bichinhos, ele percebeu outros vestibulandos de pé perto dele. Grandes garotos e garotas, estudantes do segundo grau.
“Menino,” um deles perguntou, “que porra você está fazendo aqui?”
“Fazendo a prova,” Luke respondeu. “Assim como você.”
Eles ponderaram isso. Uma das garotas disse, “Você é um gênio? Como num filme?”
“Não,” Luke disse, sorrindo, “mas eu realmente fiquei no Holiday Inn noite passada.”
Eles riram, o que era bom. Um dos garotos levantou a mão, e Luke bateu nela. “Para onde você vai? Qual faculdade?”
“MIT, se eu conseguir entrar,” Luke disse. O que não era sincero; ele já tinha obtido admissão provisória nas duas faculdades que escolheu, desde que fosse bem hoje. O que não iria ser um problema. Até agora, a prova estava sendo fácil. Eram os garotos e garotas ao redor dele que ele achava intimidante. No outono, ele estaria em aulas cheias de pessoas assim, garotos e garotas muito mais velhos e com o dobro do seu tamanho, e é claro que eles todos irão encará-lo.
Uma das garotas – uma ruiva bonita – perguntou se ele entendeu a questão sobre o hotel na seção de matemática.
“Aquela sobre Aaron?” Luke perguntou. “Sim, quase certeza que entendi.”
“Qual opção você disse que era a correta, você lembra?”
A questão tinha sido como descobrir quanto um cara chamado Aaron iria pagar por seu quarto de hotel for x número de noites, se o preço fosse $99.95 por noite, com uma taxa de 8%, mas um adicional de cinco dólares cobrado uma única vez, e é claro que Luke lembrava. Era uma questão ligeiramente sórdida devido a quantidade de fatores. A resposta não era um número, era uma equação.
“Era opção B. Veja.” Ele pegou sua caneta e escreveu na embalagem do almoço: 1.08(99.95x) + 5.
“Você tem certeza?” ela perguntou. “Eu marquei A.” Ela se curvou, pegou a embalagem – ele sentiu o cheiro do perfume dela, lilás, delicioso – e escreveu: (99.95 + 0.08x) + 5.
“Excelente equação,” Luke disse, “mas é assim que as pessoas que fazem esses testes ferram você.” Ele apontou a equação. “A sua só reflete a hospedagem de uma noite. E também não considera a taxa do quarto.”
Ela se lamentou.
“Não tem problema,” Luke disse. “Você provavelmente acertou as outras.”
“Talvez você esteja errado e ela, certa,” um dos garotos falou. Foi aquele que o levantou a mão para ele bater.
Ela balançou a cabeça. “O menino está certo. Eu me atrapalhei com a porra da taxa. Eu sou péssima nisso.”
Luke a olhou ir embora, a cabeça baixa. Um dos garotos foi atrás dela e pôs a mão em sua cintura. Luke o invejou.
Um dos outros, um cara alto usando óculos de grife, sentou ao lado de Luke. “É esquisito?” ele perguntou “Quer dizer, ser você?”
Luke ponderou sobre isso. “Às vezes,” ele disse. “Normalmente é somente, você sabe, a vida.”
Um dos inspetores se inclinou e tocou a sineta. “Vamos lá, crianças.”
Luke se levantou com certo alívio e jogou a embalagem do almoço na lixeira perto da porta do ginásio. Ele olhou para a ruiva bonita uma última vez, e enquanto ele entrava, a lixeira se movimentou oito centímetros para a esquerda.

14/07/2019

“O Instituto”, novo livro de Stephen King, chega ao Brasil em setembro


Alô fãs de Stephen King, querem um conselho? Comecem a reservar um dinheirinho extra para o mês de setembro. Agora, se você tiver uma abençoada reservinha de fundos em seu cartão de crédito, use-a agora. Não esperem, façam isso já para não se arrependerem depois. Por que todo esse alvoroço? Simples: o mestre do terror anunciou que no dia 10 de setembro lança nos States o seu novo livro; e quer mais? A Suma, por sua vez, confirmou que a obra desembarca nas livrarias brasileiras no mesmo mês, entre os dias 10 e 30! Esta notícia não vale um sonoro Iahuuuuuuuuuuuuu?? Claro que vale! Só aqueles que são fãs incondicionais do escritor podem entender o motivo de tanta alegria.
O novo livro de King irá se chamar “O Instituto” e já está em pré-venda em várias livrarias virtuais brasileiras pelo valor aproximado de R$ 60,00. E pelo jeito, será um livro bem grossinho, com mais de 570 páginas.

Cara, cá entre nós. Fiquei fissurado no enredo de “O Instituto”. Acredito que para escrevê-lo, guardadas as devidas proporções, King buscou elementos no filme “Fúria” (1978), de Brian de Palma e até mesmo em seu livro “A Incendiária” (1980) que foi relançado recentemente como parte da coleção “Bibioteca Stephen King”. O que estou querendo dizer é que a história aborda o drama de crianças com poderes paranormais que passam a ser perseguidas por grupos secretos – quem sabe, até mesmo do governo – interessados em obter vantagens bélicas.
Adorei a prévia do enredo que a Suma liberou para a imprensa. Confiram: “No meio da noite, em uma casa no subúrbio de Minneapolis, um grupo de invasores assassina os pais de Luke e sequestra silenciosamente o menino de doze anos. A operação leva menos de dois minutos. Quando Luke acorda, ele está no Instituto, em um quarto que parece muito o dele, exceto pelo fato de que não tem janela. E do lado de fora tem outras portas, e atrás delas, outras crianças com talentos especiais, que chegaram àquele lugar do mesmo jeito que Luke. O grupo formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, está na Parte da Frente. Outros jovens, Luke descobre, foram levados para a Parte de Trás e nunca mais vistos.
Nessa instituição sinistra, a equipe se dedica impiedosamente a extrair dessas crianças toda a força de seus poderes paranormais. Não existem escrúpulos. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de Trás, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas até hoje ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto”
E aí? O que acharam dessa prévia? Na minha opinião, esse enredo nas mãos de King vai se tornar uma história eletrizante e cheia de reviravoltas.
Vamos aguardar!

12/07/2019

Então, ela me disse: “Seu blog literário vai acabar virando um espaço sobre proctologia”


Lulu sempre me alerta: "desse jeito seu blog ainda vai virar um espaço sobre proctologia". Ela diz isso porque, há poucas semanas, resolvi escrever alguns posts sobre a cirurgia que teria de fazer e acabei fazendo, de fato. Aquela... a tal cirurgia de fistula perianal. Hoje, já tenho quatro postagens abordando direta ou indiretamente o tema, se conta a que escrevo agora.
Ok, Ok; me desculpe Lulu, me desculpe também alguns leitores que acharem que eu estou ‘exagerando no molho’, descaracterizando esse espaço que na realidade é dedicado a literatura, mas... sabe como é né... é que desde a época do saudoso Kid Tourão (Putz... que saudades daquele velhinho. Saudades que ainda machuca o meu coração) criei o hábito de dividir com vocês alguns fatos particulares de minha vida. Bem, como poderia explicar... Digamos que ao escrever uma postagem, eu me sinta como se estivesse conversando com os leitores que, por acaso, acessam o referido post.
Como agora, por exemplo; enquanto escrevo esse texto, imagino vários seguidores do blog, além de muitos leitores que comentam as postagens - dos quais grande parte já conheço – “me escutando”, trocando ideias comigo. E então, vem aquela vontade de fugir, pelo menos um pouquinho das características do blog, e me abrir um pouco com a galera, principalmente, quando ocorre algo sui generis no meu dia a dia. Parece coisa de maluco, né? Mas não é. Prefiro dizer que seja intimidade. É isso.
E por falar em algo sui generis, deixe-me contar mais um capítulo do meu período de recuperação da recente cirurgia de fístula perianal que relizei no dia 03 de julho. Estava tudo caminhando bem e entonce... Caráculas, e é não é que surgiu um imprevisto! Acredita?!
Eu e meus últimos momentos com Lore
Estou escrevendo esse post sentado, de lado, num travesseiro bem fofinho para evitar pressionar o local da cirurgia. Ah! Antes que me esqueça, posso dar um conselho? Lá vai: Se você tiver hemorroidas, pense bem, mas muito bem, antes de fazer uma cirurgia de fistula perianal. Nem tanto pela dor, já que o local da minha filustectomia não está doendo muito. O meu alerta diz respeito ao sangramento persistente. Como o paciente fica com um ‘túnel’ aberto ao lado do ânus - que tem de ser cicatrizado com o tempo... e isso leva tempo - há o risco da hemorroida ou hemorroidas saírem pelo tal túnel ou, então, ao lado dele e ficarem expostas. Como as minhas são de segundo grau espero que elas se recolham por si mesmo. Taí. Foi o imprevisto que aconteceu comigo.
Gente, cá entre nós, estou fugindo de uma cirurgia de hemorroidas da mesma forma que o diabo foge da cruz; ainda mais agora, depois desse castigo pelo qual o meu estimado "forever" foi submetido.
Pois é, iria antecipar o meu retorno ao médico - marcado para 17 de julho -, mas como ele está viajando (Acredite, ele operou e foi viajar! É verdade) e só volta na data que citei acima, vou ter que esperar. Mas se a troca de modes – quem diria que um dia eu fosse usar absorvente feminino (rs) - acelerar, com certeza terei de procurar um outro especialista para "olhar" esse imprevisto, até o retorno do médico que fez o procedimento.
O meu receio é que o prolapso de hemorroida nessa cirurgia de fistula, acabe me criando um quadro de anemia, mas estou monitorando o problema com atenção.
Como sempre digo: Deus está comando.
Enquanto isso, adivinhem só! Sigo, por aqui, eu e os meus modes,  trocando "umas" idéias com Lore, meu velho amigo dos dias de hospital. Logo, ele estará indo embora, acredito que ainda hoje. Afinal, estou terminando a leitura de “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”, debaixo de uma manta quentinha e gostosa nesta manhã.
Logo, logo, vem a resenha desse livro por aí.
Inté e torçam por mim.

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