29/09/2019

O Instituto, livro de Stephen King, vai virar minissérie de TV


A máquina chamada Stephen King não para; continua produzindo conteúdo em quantidade avassaladora. Vejam só: o mestre do terror já lançou, recentemente “The Institute” e “Elevation” – o primeiro, publicado no Brasil há poucos dias com o título de “O Instituto” e o segundo, chegará por aqui em novembro, também pela editora Suma como “Ascensão” – além de ter confirmado a adaptação para a TV de “A Dança da Morte” e “O Instituto”. Isto sem contar, The Outsider que será adaptado pela HBO; os contos “Posto de Parada” e “A Corredora, que fazem parte do livro “Ao Cair da Noite” e podem ir parar, respectivamente, na TV e nos cinemas; além de muitos outros projetos visando adaptações para as telas grandes ou pequenas como “N”, “Milha 81” e por aí afora.

Cara, são muitos e quando digo muitos – me perdoem o pleonasmo – estou querendo dizer muitos de muitos; mas na postagem de hoje, quero me ater ao livro “O Instituto” que saiu de pré-venda há poucos dias e já teve confirmada a sua adaptação para a TV no formato de minissérie.
A boa notícia é que o roteirista David E. Kelley (Big Little Lies) e o diretor Jack Bender (Lost e Game of Thrones), que já juntaram forças para adaptar Mr. Mercedes, vão retornar ao universo de Stephen King em “O Instituto”. Por isso, a minissérie já ganha um ‘pedigree’ enorme antes mesmo de ser lançada.  
A produtora de “O Instituto” deve ser a conceituada Spyglass Media Group responsáveis por trabalhos memoráveis como o rebot de Star Trek (2009); “A Lenda do Zorro” (2005) e “Memórias de Uma Gueixa” (2005), entre outros.
O novo livro de King conta a história de Luke, um menino de 12 anos que, durante uma noite, tem seus pais assassinados e é sequestrado por um grupo de invasores. Toda a ação acontece em menos de dois minutos e, ao acordar depois do acontecido, Luke está no Instituto, em um quarto muito parecido com o dele, exceto pelo fato de não ter janelas. Do lado de fora de seu quarto, há outras crianças com talentos especiais e com histórias muito parecidas com a dele.
Luke se junta a um grupo, formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, e eles estão na Parte da Frente. Outros jovens, o protagonista descobre, foram levados para a Parte de Trás e nunca mais foram vistos.
Dentro da instituição, pessoas se dedicam impiedosamente a extrair todos os poderes dessas crianças. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de Trás, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto.
A minissérie ainda não tem emissora definida, mas o importante é que a sua produção foi confirmadíssima.
Agora é só aguardar, enquanto isso, vamos lendo o livro. No meu caso, estou adorando os primeiros capítulos.

26/09/2019

“Ascensão”, novo livro de Stephen King chega ao Brasil em novembro


Enquanto as traduções da saga ‘Crônicas Saxônicas’ chegam de carroça no Brasil, as obras de Stephen King – pelo menos nos últimos meses – estão desembarcando de avião. Vejam só, fiquei sabendo, através do Sérgio Mazzotti Neto, um leitor do blog, que o 12° livro das Crônicas chega nas livrarias inglesas no dia 03 de outubro e nas americanas, em 26 de novembro. Por outro lado, acabamos de sair, há poucos dias, de uma pré-venda do 11° livro da saga, aqui no Brasil. Cara, não sei qual o motivo, mas a verdade é que a Record está muito devagar na agilização da chegada das aventuras de Uhterd em território nacional. Enquanto isso, a Suma de Letras vem matando a pau, desembocando um lançamento de King atrás do outro no Brasil.
Para vocês terem uma ideia, mal a editora lançou “O Instituto”, e já está chegando por aí “Ascensão”, novo blockbuster literário do mestre do terror. Caráculas! “O Instituto” estava em pré-venda há poucos dias e entonce... de repente vem a inebriante informação de que em novembro teremos uma nova história de King. Galera, é isso mesmo, em novembro! Podem acreditar. Ah! Quer o dia exato da chegada do livro ‘Kingniano’ no Brasil? Ok, eu conto. Anote aí: 18 de novembro? Gostou? Então, conto mais. O livro já pode ser encontrado em pré-venda em algumas livrarias virtuais.
Nessa história sombria e macabra, um advogado é amaldiçoado com uma perda infinita de peso. Scott Carey está perdendo peso, mas não massa corporal. Do lado de fora, ele parece o mesmo de sempre - um homem atlético de 42 anos de idade com aproximadamente 90 quilos. Mas toda vez que ele se pesa, a balança diz que é mais leve. O que é mais estranho, não importa o que ele coma, ou esteja vestindo - ou mesmo o que ele está segurando. Seu peso continua caindo. Conforme seu peso se aproxima de zero, ele sabe que logo nada vai prendê-lo ao chão.
A história de Scott se passa na amaldiçoada e fictícia cidade de Castle Rock, no estado do Maine, onde já ocorreram fenômenos inexplicáveis, como caminhões assassinos, brincadeiras mortais e tantos outros acontecimentos macabros. Desta vez, porém, os problemas de perda de peso de Scott são o único mistério. Na abertura do romance, ele consulta um médico aposentado que sabiamente lhe diz: "Duvido muito que isso seja algo que possa ser investigado cientificamente". Isso confirma a decisão de Scott. Ele não quer participar de nenhum tratamento hospitalar agressivo ou de estudos do governo. Ele diminuirá com dignidade.
Após tomar conhecimento de sua situação, Scott não quer se preocupar com o que vem pela frente; ele quer apenas tempo para resolver todas as suas questões antes do Dia Zero, e por que não começar pelas mais difíceis? Por exemplo, encarando o preconceito que suas vizinhas têm sofrido da comunidade ― e dele ― e fazendo o possível para ajudar.
Amizades improváveis, a maratona anual da cidade e a misteriosa condição de Scott são a fórmula para grandes transformações. Incrivelmente alegre e profundamente triste, Ascensão é um verdadeiro antídoto para nossa cultura intolerante.




22/09/2019

A Guerra do Lobo (Crônicas Saxônicas - Livro 11)


Uhtred, sempre Uhtred. Digo isso porque mesmo quando o livro não atende as suas expectativas, lá está o famoso guerreiro pagão para salvar a história. E “A Guerra do Lobo”, 11º volume da saga “Crônicas Saxônicas” do escritor britânico Bernard Cornwell, infelizmente, não decola. Na minha opinião o autor deveria ter fechado a saga no momento em que Uhtred conquistou a ancestral fortaleza de Bebbanburg, a qual ele vinha lutando para conseguir desde os primeiros livros.
Se eu fosse o responsável pela saga e, claro, tivesse a capacidade e o dom da escrita de Cornwell, teria arrematado o enredo no 10° volume com a grande conquista de Uhtred, ao invés de ter a pretensão de contar a história completa do surgimento da Inglaterra. Pois é, mas pelo ‘andar da carruagem’, o autor pensa diferente. Por isso, certamente, teremos muitos mais “Crônicas Saxônicas” vindo por aí. Se estou exagerando? Acho que não. O escritor britânico deixou essa intenção bem claro nas notas históricas, no final de “A Guerra do Lobo”, onde ele diz: “A Inglaterra ainda não existe, mas seu nascimento, com sangue, matança e horror, está próximo. Mas isso também é história para outro romance”. O que você entende por isso? Está na cara que o autor deixou evidente que o arco principal de sua narrativa é o surgimento da Inglaterra, ou seja, como os vários reinos anglo-saxões transformaram-se no país britânico; quero dizer, suas lutas, intrigas e escaramuças, tendo Uhtred à frente para segurar a atenção dos leitores. Caso contrário, se o enredo excluísse Uhtred e focasse apenas no aspecto histórico, pelo menos para mim, seria muito monótono, sem nenhum interesse.
Ocorre que para os saxões transformarem os reinos de Wessex, Mércia, Nortumbia, Ânglia Oriental, Essex, Kent e Sussex, na Inglaterra, lutando batalhas sangrentas contra os noruegueses, ainda demora. Portanto, é aí que o bicho pega; e muito! A razão é simples: Uhtred já está velho. Em “A Guerra do Lobo”, por exemplo, ele passa dos 60 anos; o mesmo acontece com o seu principal guerreiro, Finan, considerado o segundo em comando das suas tropas. E convenhamos, o encanto da saga até agora foram as batalhas, os desafios e as intrigas enfrentadas pelo guerreiro pagão. Ver Uhtred se comportando numa batalha com toda a sua altivez, confiança e força é algo fantástico. Não há leitor que resista. Acho que o personagem, pela sua importância, merecia uma ‘saída’ honrosa; e Cornwell perdeu essa oportunidade quando escreveu "O Portador do Fogo". Até mesmo a frase utilizada por Uhtred e que fechou a história tinha caído como uma luva para um desfecho perfeito de toda a saga: “E havia lágrimas (de alegria) nos meus olhos turvando aquele caminho longo e brilhante. Porque eu estava em casa”. Perfeito para um final, não acham?
Quanto a conclusão envolvendo a transformação da Inglaterra Anglo-Saxã num País de uma só língua, Cornwell poderia arrematá-la neste mesmo volume com a ajuda de algumas notas históricas.
Mas tudo bem, foi uma opção sua, e deve ser respeitada. Apenas, não concordo.
Em “A Guerra do Lobo”, a história se arrasta na maior parte do enredo. Com a morte de Aethelflaed, rainha da Mércia, esse reino passa a ser cobiçado por seu irmão, Eduardo, rei da Mércia. Sua intenção é juntar esse reino aos demais, ocorre que nem todos concordam, principalmente os seguidores de Aethelflaed. Resultado: o surgimento de um conflito interno.
Os invasores noruegueses, agora, comandado por um temível e sanguinário viking chamado Skoll Grimmarson, aproveitam o momento de instabilidade da região para ocupar novas terras do reino, incluindo a Nortúmbia, local onde se encontra a fortaleza de Bebbanburg, de Uhtred.
O enredo tem muitos diálogos sem interesse, além de poucas batalhas. O leitor também verá um Uhtred bem mais fragilizado, distante da imagem do temível guerreiro de histórias anteriores. Isto fica evidente por meio da proteção excessiva imposta à ele pelos seus guerreiros, principalmente, Finan. Coisa do tipo: “O senhor já não é mais jovem, deixe que nós fazemos isso”. Cara, confesso, que tal atitude foi me enchendo o saco, e se nesses momentos, não fossem as tiradas sarcásticas e mordazes do guerreiro pagão, certamente, eu teria atirado o livro na parede.
Toda vez que o vilão Skoll escarnecia de Uhtred chamando-o de velho e covarde... PQP!!!!!! Juro que eu xingava Cornwell de todos os palavrões conhecidos, afinal um personagem tão icônico não precisaria estar passando por toda essa humilhação.
A minha esperança durante a leitura era de que alguma reviravolta acontecesse nas próximas páginas; sei lá, até mesmo uma redenção do nosso estimado Uhtred. Foi com essa esperança que me permiti continuar lendo “A Guerra do Lobo”. E cara... perto do final, essa reviravolta chegou; e chegou rasgando. Quando Uhtred foi obrigado a encarar o seu mais temível desafio, ele voltou a ser o guerreiro que todos nós respeitamos. Neste momento não consegui me conter e dei um grito de guerra, um grito de desabafo, de alívio, sei lá. Soltei um gostoso Iahuuuuuuuuuuu!!!!!
Pois é... Uhtred conseguiu salvar a história. Resta saber, agora, se ele ainda terá fôlego para salvar os próximos volumes de “Crônicas Saxônicas” que certamente virão por aí.

19/09/2019

12 personagens dos livros que poderiam ser a tampa de sua panela


Quem nunca leu um livro e teve um crush arrasador por determinado personagem? Um crush do tipo: “Puxa, como eu gostaria de encontrar um homem ou uma mulher assim!”
Existem personagens masculinos e femininos capazes de causar um verdadeiro frisson nos corações dos leitores, provocando em alguns casos, até mesmo, amores platônicos ou ressacas literárias homéricas.
No post de hoje, escolhi 12 personagens que podem ser a tampa da sua panela.
Homens e mulheres para todos os gostos de leitores e leitoras, capazes de fazer com que você fuja da realidade e mergulhe no enredo da história somente para se encontrar com o seu príncipe. Confiram;
01 – Maxon Schreave (A Seleção)
Ele, ao lado de America Singer são os personagens principais do romance “A Seleção”, primeiro livro da série de mesmo nome escrita pela autora americana Kiera Cass. Maxon é filho único do Rei Clarkson e da Rainha Amberly, sendo o príncipe herdeiro do reino de Illéa.
A Seleção acontece para que Maxon possa escolher sua esposa e futura rainha de Illéa. Trinta e quatro garotas disputam a afeição do príncipe num verdadeiro reality show. No meio de tantas mulheres desejando ser rainha, ele quer apenas alguém que o ame pelo que é, que se interesse por ele além da coroa.
Cass o descreve como um jovem de 19 anos, cabelos loiros, olhos castanhos e rosto praiano.
Que tampa para as suas panelas heim meninas?
02 – Christian Grey (50 Tons de Cinza)
Não vão dizer que muitas de vocês que estão lendo esse post, não suspiraram em segredo por esse personagem?
Cinquenta Tons de Cinza é considerado por muitas leitoras o conto de fadas do Século 21. O livro conta a história de Christian Grey, um jovem bilionário, brilhante, maravilhoso, ultra lindo, intimidador, super bem sucedido, um líder nato dos seus funcionários que ainda ajuda os pobres, piloto do próprio avião, fiel, super atencioso com as mulheres, um cara hiper bom de cama que se apaixona por uma menina de 22 anos – completamente inocente em muitos aspectos - e virgem. 
Segundo uma pesquisa realizada na época do lançamento do filme baseado na obra de E.L. James, 85% das leitoras que se diziam apaixonadas pelo Christian Grey eram mulheres, casadas e mães. O que isto a faz pensar? Bem, pelo menos para mim, é que existem milhões de mulheres em todo o mundo, com muitas qualidades e virtudes, sendo muito mal tratadas e mal amadas por milhões de homens modernos considerados verdadeiros brucutus do século XXI. 
03 – Aethelflaed (Crônicas Saxônicas)
Cara, Lulu que me desculpe, mas confesso que tive um crush literário por Aethelflaed, uma das várias personagens femininas de Crônicas Saxônicas do autor inglês, Bernard Cornwell. Talvez, o tal crush ‘pintou’ por ela ter uma personalidade parecida com Lulu.
Para os homens que gostam de mulheres fortes, decididas, mas ao mesmo tempo doces e românticas, Aethelfaled é um prato mais do que cheio. Ela é uma princesa que fora treinada desde jovem para saber guerrear, mas também para governar, tanto é, que se torna Rainha da Mércia.
Apesar de ser uma das personagens secundárias da saga escrita por Cornwell, Aethelflaed rouba o enredo sempre que aparece – por vezes sendo mais relevante ao desenvolvimento da história do que o personagem principal, o nosso impagável Uthred. Pois é, de uma criança acostumada a fazer traquinagens à uma poderosa “rainha”.
Cornwell criou uma personagem complexa, forte e respeitada, mesmo numa época onde as mulheres eram obrigadas a serem submissas aos homens.
04 – Beatriz Prata (Vende-se Um Futuro)
Com certeza, Beatriz Prata já entrou para o rol das minhas personagens femininas fodásticas da literatura. Beatriz é destemida sem ser incauta; inteligente, mas nem por isso arrogante; além de carismática e corajosa, aliás muito corajosa, ao ponto de romper paradigmas considerados imutáveis quando se vê acusada de algo que não cometeu.
Esta garota fantástica é a personagem principal do romance de ficção científica “Vende-se este Futuro”, livro de estreia do escritor paulista Bruno Miquelino, publicado pela editora Novo Século.
Beatriz é uma espécie de agente de viagens temporais. Explicando melhor: ela trabalha para uma agencia que promove viagens no tempo chamada Déja Vu que surgiu 2097 em São Paulo, numa época em que esse tipo de viagem era comum.
Sempre digo que Beatriz é uma Aethelflaed do futuro. Ambas tem personalidades semelhantes. O tipo de personagem para os homens que procuram uma mulher forte e decidida, mas também carinhosa, como tampa da sua panela.
05 – Jay Gatsby (O Grande Gatsby)

Será que você, leitora, não se apaixonaria por um homem que promovesse com frequência festas e badalações em sua casa ou mansão? Ok; deixe-me explicar melhor: O ‘pobre coitado” promove todas essas festas na esperança que seu antigo amor, Daisy Buchanan, apareça por lá. Jay não tem olhos para mais ninguém, a não ser Daisy. Como não bastasse toda essa entrega, ele ainda acaba se envolvendo numa tragédia para salvar a amada. E aí? Não achou o sujeito fofo?
“O Grande Gatsby”, escrito por F. Scott Fitzgerald, foi adaptado quatro vezes para os cinemas. Jay Gatsby foi vivido pelos seguintes atores: Warner Baxter (filme de 1926), Alan Ladd (filme de 1949), Robert Redford (filme de 1974) e Leonardo DiCaprio (filme de 2013).
06 - Noah Calhoun (O Diário de Uma Paixão)
Quantas mulheres sonharam encontrar o Noah de suas vidas. Culpa de Nicholas Sparks que idealizou um dos personagens mais românticos e inspiradores de toda a sua carreira literária. Aliás, “O Diário deUma Paixão” é emocionante, capaz de arrancar lágrimas, até mesmo, dos corações mais duros e empedernidos.
O amor de Noah por Allie é tão especial que chega a beirar a devoção. Ele é capaz de entregar a sua própria vida pela dela. O livro de Sparks é o retrato de uma relação rara e bela, que resistiu ao teste do tempo e das circunstancias.
“O Diário de Uma Paixão” começa em 1946 quando dois jovens, Noah e Allie se conhecem e se apaixonam perdidamente. Tudo parece perfeito até que a família de Allie a impede de continuar a vê-lo devido a enorme diferença de classe social entre os jovens. A partir daí, Noah prova todo o amor que sente por Allie e encara todas as barreiras para tê-la ao seu lado.
Tanto na juventude quanto na velhice, na saúde quanto na doença, Noah sempre esteve ao lado de Allie.
Qual mulher não iria querer um homem assim?
07 – Bridget Jones (O Diário de Bridget Jones)
Bridget Jones é o tipo da mulher real com todos os seus conflitos, medos, defeitos e claro, muitas virtudes. E por ser assim, tão real, é que muitos leitores e cinéfilos amaram a personagem. Sem contar que ela é especialista em preparar jantares românticos? Uhauuuu! Se interessou?
Hellen Fielding, a “mãe” de Bridget Jones, elaborou uma personagem muito próxima da realidade. Ela é uma mulher inteligente, atrapalhada e terna que sabe lidar com tudo isso na maior, sem nenhum tipo de neura.
Enfim, por ser tão real, acabou se tornando o sonho de muitos homens.
Lembrando que os livros de Fielding já renderam três filmes nos cinemas: “O Diário de Bridget Jones” (2001), Bridget Jones: No Limite da Razão (2004) e o Bebê de Bridget Jones (2016).
08 – Capitu (Dom Casmaurro)
Machado de Assis construiu uma crush literária que vem sendo, há décadas, o sonho de muitos leitores. Vários marmanjos que leram “Dom Casmurro” sonharam ter uma Capitu. Impetuosa, independente (já naquela época), que corre atrás do que quer e que não se diminui perante ninguém. Quem já leu “Dom Casmurro” sabe da determinação dessa personagem. Tudo o que quer, ela dá um jeito de conseguir, não medindo esforços pra nada. Sem falar em seu jeito de menina mulher, que conquista todos ao seu redor.
Não podemos esquecer que o papel da mulher nos séculos XVIII e XIX era bastante padronizado e limitado. Elas eram rotuladas e não tinham personalidade, cumprindo apenas o seu papel de mulher: casar virgem, ter filhos, viver para o marido e ser escrava da sociedade machista. Todo esse padrão acaba sendo quebrado por Capitu.
Uma tampa de panela para aqueles que gostam de mulheres independentes, determinadas e com personalidade.
09 – Fitzwilliam Darcy (Orgulho e Preconceito)
Acho que 90% das leitoras que devoraram “Orgulho e Preconceito” da escritora inglesa Jane Austen, amaram Fitzwilliam Darcy ou, simplesmente, Mr. Darcy. E quando digo que amaram, estou afirmando que tiveram o crush dos crushs literários. O cara é o tipo do homem perfeito que toda mulher sonha ter ao seu lado.
Além de ser um homem responsável, Mr. Darcy não se curva diante de sua amada; não a faz se sentir culpada, nem em dívida com ele. Também não lamenta, como um moleque, reclamando o amor de sua amada, mas respeita o que o coração dela decidir sobre ele. Quanto aos presentes caríssimos com a intenção de conquistar o amor da amada, esqueça; ele não é um manipulador. Todos seus atos são silenciosos e discretos.
Pronto! Agora me respondam: o cara é ou não é o homem perfeito?
10 – Oliver Barrett (Love Story – Uma História de Amor)
A maioria das leitoras que leram 'Love Story: Uma História de Amor' de Erich Segal e depois assistiram ao filme com Ryan O’Neal e Ali MacGraw, desejaram ter como companhia um sujeito parecido com Oliver; um cara que colocasse o amor acima de qualquer ‘hierarquia social’ e que fosse capaz de peitar os seus pais prepotentes porque não foram com a sua cara. É! Isto mesmo, a sua cara, leitora. Imagine você sendo uma garota humilde, sem posses ou títulos, e  por Oliver. Agora, imagine, também, ele perdidamente apaixonado por você. E então? O que acha que ele faria?
As mulheres que leram o livro e assistiram ao filme, amaram a Jennifer – personagem da Ali McGraw – mas tenho certeza de que amaram muito mais ele: Oliver.
11 – Anastasia Steele (50 Tons de Cinza)
Podem acreditar. Anastasia Steele se tornou o sonho de muitos leitores e cinéfilos que arriscaram ler o livro e também assistir a sua adaptação para os cinemas.
Saibam que nem todos os homens tem como modelo de mulher aquela pessoa bonita ‘pra mais de metro’, inteligente, forte, segura de si e desinibida. Alguns, pelo contrário, preferem as mais... modestas; inteligentes, mas modestas. E Anastasia se enquadra perfeitamente nessa categoria. Ela é jovem, tímida, desajeitada, inteligente sem ser genial, sagaz, bonita mas não exuberante. Resumindo; características que muitos senhores adoram nas mulheres.
12 – Edward Cullen (Saga Crepúsculo)

E fecho a nossa lista com o vampirão Edward Cullen. Confessa vai; você queria estar no lugar de Bella Swan, não é? Edward é bonito – bonito não, ele é um verdadeiro Adonis de corpo e de rosto – educado, inteligente e amoroso. Tem mais: respeita a sua companheira, escuta os seus problemas, faz as suas vontades e principalmente a ama de verdade. Será que preciso continuar?
Sem dizer que a autora da ‘Saga Crepúsculo’, Stephenie Meyer, criou um personagem irresistivelmente misterioso. E a maioria das mulheres, ainda mais as adolescentes, sentem uma enorme atração por homens misteriosos, os quais, elas não conseguem decifrar, logo de imediato, todos os enigmas. Concordam?
Entonce taí. Agora que vocês acabaram de ler a postagem, é só escolher a tampa mais adequada para a sua panela.
Fui!

16/09/2019

Minissérie 'A Dança da Morte', baseada em livro de Stephen King, tem estreia e elenco confirmados


Cara, sou tão fã, mas tão fã de Stephen King que vou chegar ao ponto de fugir um “tiquinho” da proposta do blog que é a de ‘falar’ sobre livros, apenas livros, e enveredar pelo lado das séries e minisséries. Afinal de contas, estou comemorando com uma bateria de fogos a confirmação de uma baita notícia: o serviço de streaming da emissora CBS confirmou a estreia da minissérie “A Dança da Morte” para 2019.
Mesmo um pouco descrente do cumprimento dessa data, já que estamos apenas há pouco mais de três meses do final do ano; tudo bem, o importante é a confirmação de que a minissérie sai; ou neste ano ou o mais tardar, nas primeiras semanas de 2020.
James Marsden (Stu Redman), Amber Heard (Nadine Cross), Alexander Skarsgard (Randall Flagg) 
Porque estou com tanta certeza assim? Simples: quando os produtores de uma série ou minissérie definem os nomes dos atores e atrizes que interpretarão os personagens do enredo adaptado, não tem mais escapatória; o projeto já virou realidade, E foi exatamente isso que aconteceu com “A Dança da Morte” que já fechou o elenco que estará atuando na minissérie.
Confiram os astros que marcarão presença nesta adaptação para a televisão: James Marsden (Stu Redman), Amber Heard (Nadine Cross), Odessa Young (Frannie Goldsmith), Henry Zaga (Nick Andross), Marilyn Manson (papel não revelado), Alexander Skarsgard (Randall Flagg), Whoopi Goldberg (Mãe Abagail), Owen Teague (Harold Lauder), Brad William Henke (Tom Cullen), Daniel Sunjata (Cobb).
Brad William Henke (Tom Cullen), Daniel Sunjata (Cobb), Henry Zaga (Nick Andross)
Originalmente publicado em 1978, a trama é ambientada em um futuro próximo onde a raça humana foi dizimada por uma contaminação em massa que atinge 99% da população mundial.
O principal vilão da novela é o tradicional personagem de King, Randall Flagg, o qual aparece em outros livros do autor, por vezes com outros nomes, como Walter das Sombras na série A Torre Negra. Em “A Dança da Morte”, Flagg é apresentado como uma espécie de demônio, um representante das trevas dotado de poderes obscuros que tem por objetivo dominar o novo mundo que surge a partir da reconstrução. Ele reúne seus seguidores em Las Vegas, onde prepara-se para atacar militarmente os refugiados que se encontram numa cidade do Colorado, os quais considera seus rivais.
Marilyn Manson (papel não revelado), Whoopi Goldberg (Mãe Abagail)
O contraponto a Flagg é a personagem Mãe Abagail. Sua função é servir de guia espiritual aos partidários das forças do bem, os quais reúne em Boulder, para a fundação de uma nova sociedade, batizada por eles Zona Livre de Boulder. 
Vale lembrar que o livro de King – considerado uma de suas obras mais importantes – ganhou, também, uma adaptação para a televisão em forma de minissérie em 1994, pela rede norte-americana ABC. Portanto, esta será a segunda vez que a obra literária será adaptada para a telinha.
 
Odessa Young (Francine Goldsmith), Owen Teague (Harold Lauder)
O livro, que chegou ao Brasil em 2013 pela Editora Suma de Letras, é um dos mais longos de King, com 1248 páginas.
Com 10 episódios, a série de “A Dança da Morte” terá roteiro por Ben Cavell (SEAL Team) e Josh Boone (Novos Mutantes), que também assume a direção. Ainda não há previsão de estreia.
E aí fãs de King, vamos comemorar?

13/09/2019

Novo livro de ‘Jogos Vorazes’ chega ao Brasil no primeiro semestre de 2020


Se você acreditava que Suzanne Collins, autora de ‘Jogos Vorazes’, havia escrito uma trilogia fechada não deixando nenhuma brecha para uma possível sequência. Olha... você errou.
Após mexer um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, a autora conseguiu encontrar um jeitinho de sequenciar  saga da heroína Katniss Everdeen que rendeu incontáveis milhões de dólares para a sua criadora, ou seja, a própria Collins.
No primeiro semestre de 2020 pipoca em todas as livrarias o quarto livro de “Jogos Vorazes”, ainda sem título definido. A boa notícia é que a obra terá lançamento simultâneo Estados Unidos-Brasil. Já posso imaginar os fãs da saga tremendo de emoção ao lerem as linhas dessa postagem.

De acordo com a editora Rocco, o prequel se passa 64 anos antes do primeiro livro da série, bem antes da vida da heroína Katniss, interpretada por Jennifer Lawrence na franquia cinematográfica multimilionária. Ah! Vocês devem estar perguntando se já foi definida uma data exata para o lançamento do livro. E eu respondo: já foi! Então, vamos lá: o lançamento nos Estados Unidos será no dia 19 de maio de 2020 e frisando que essa mesma data vale também para o Brasil, já que Rocco comprou os direitos para trazer a nova trama de Collins para a nossa terrinha ainda no primeiro semestre do próximo ano.
Em uma declaração a Associated Press, a escritora disse: “Com esse livro, quero explorar o estado da natureza, quem somos, e como o que percebemos é essencial para nossa sobrevivência”.
Lionsgate já expressou interesse em adaptar o livro para os cinemas. “Estivemos nos comunicando com ela (Collins) durante o processo de escrita e estamos ansiosos para continuar trabalhando com ela no filme”, afirmou Joe Drake, chefe do Lionsgate Motion Picture Group.
E aí galera? Gostaram da surprise?


10/09/2019

Psicose


Se eu tivesse que dar um conselho para alguém que pretendesse assistir ao filme Psicosede Alfred Hitchcock, eu diria na lata: “Deixe o filme e leia o livro”. Vejam bem, não estou querendo dizer com isso que o livro escrito por Robert Bloch em 1959 é melhor do que a produção cinematográfica de 1960. Não, não! Longe disso. Na verdade, ambos se equivalem, são verdadeiras obras primas. Ocorre que livro e filme são semelhantes.
Hitchcock achou o enredo desenvolvido por Bloch tão fantástico, tão perfeito, que optou por não mudar quase nada em sua adaptação para o cinema, incluindo o final bombástico de derrubar o queixo da galera.
Sendo assim, livro e filme tem finais semelhantes. Portanto, o leitor de “Psicose” que já assistiu a produção cinematográfica irá degustar a obra já conhecendo a reviravolta que acontece no final. E apesar de Hitchcock quase não ter mexido no enredo original, o livro de Bloch tem um clima mais macabro e tenso do que o filme. Exemplo disso é a famosa cena do chuveiro, onde o assassinato da personagem durante o banho é muito mais sinistro e violento. Enquanto no filme, a vítima é morta a facadas, no livro, o assassino utiliza um cutelo de açougueiro, além de promover um desmembramento do corpo. Arghhhh! Bloch narra essas cenas de uma maneira tão peculiar e realista que chega a perturbar o leitor. A carga psicológica é muito grande.

O Norman Bates do livro também é diferente do personagem interpretado por Anthony Perkins no filme da década de 60. Na minha opinião, o Bates das páginas é mais sinistro e desequilibrado do que o Bates dos cinemas.
No livro, Norman Bates é um homem de 40 anos, de rosto gorducho, óculos sem aro, rosado, couro cabeludo visível sob os cabelos ralos e amarelados. Resumindo: um homem nada atraente; ao contrário do personagem vivido por Perkins que é magro, jovem e até certo ponto, atraente.
Um detalhe que faz com que o livro se torne mais interessante do que o filme é a riqueza dos diálogos, principalmente entre Norman Bates e sua mãe idosa, doente e maluca que vive humilhando o filho, dizendo que ele
é um covarde, que nunca teve iniciativa, que jamais saiu de casa e muito menos teve capacidade para arranjar uma namorada. Por sua vez, Norman responde que na verdade a culpa é da mãe que nunca deixou ele se relacionar com mulheres. Os diálogos descritos por Bloch são tensos e algumas vezes chegam a chocar o leitor pelo teor de sua agressividade. No filme de Hitchcock ouvimos poucos diálogos entre Norman e sua mãe. Pra ser sincero, quase nada. Norman diz, apenas, para os seus hospedes, incluindo Marion Crane que a mãe é muito doente e precisa ficar dentro e casa.
“Psicose” conta a história de Marion Crane, uma secretária que foge com uma grande quantia em dinheiro de seu patrão que ela deveria depositar no banco. Durante sua fuga, ela se perde no meio da madrugada, com uma chuva terrível, indo parar numa estrada secundária e isolada onde se encontra uma estalagem misteriosa e abandonada chamada Bates Motel.
O proprietário, Norman Bates, um homem antissocial, vive com a presença de sua mãe dominadora e desagradável em uma casa anexa ao Motel. Norman a mantém na casa alegando que a mãe é doente e tem acessos de raiva constantemente, o que pode assustar ou constranger os (pouquíssimos) hóspedes que param por ali.
É a partir aí que começa o drama de Marion Crane; um drama que acabará envolvendo muitas outras pessoas.
“Psicose” foi relançado pela Darkside em 2013, quando obra original já estava esgotada no Brasil há mais de 50 anos. Na época, a editora caprichou no relançamento, disponibilizando o livro no mercado em duas edições, uma em capa dura com o logotipo criado por Tony Palladino, e outra em brochura com a imagem icônica do sangue descendo pelo ralo do banheiro.
A edição em capa dura traz um exclusivo caderno de fotos com imagens do clássico de Hitchcock.
Vale muito a pena a leitura, como também assistir ao filme. Mas como já disse, leiam o livro primeiro e... se fiquem preparados para o final impactante.

07/09/2019

10 livros completamente diferentes dos filmes


Até hoje, mesmo já tendo passado mais de uma década, me lembro do choque que tive após ter lido “O Concorrente”, um dos livros lançados por Stephen King com o pseudônimo de Richard Bachman. O motivo do espanto foram as diferenças absurdas existente entre a obra literária e a sua adaptação cinematográfica.
Eu lembro, perfeitamente, que na década de 80 assisti ao filme “O Sobrevivente” - com um Arnold Schwarzenegger ainda jovem e no auge da fama - duas vezes no cinema da minha cidade. Na primeira vez, fiquei P... da vida com um casal que ficava se agarrando nas duas poltronas da frente. Quando fui chamar o lanterninha para controlar o ímpeto da dupla fogosa e e alertá-los de que eles estavam no lugar errado, pois é... cadê o lanterninha? Ele já tinha ido embora por um problema de saúde. Nem mesmo o gerente estava por lá, só o bilheteiro que não quis se envolver. Resultado: quando voltei para a sala de exibição o casal continuava por lá, se agarrando mais do que nunca, e outra... a minha poltrona, outrora vazia, já tinha um novo dono. Como o cinema estava lotado, fui embora.
No dia seguinte, quando retornei, o casal maledeto não apareceu, pelo menos na minha frente, e assim, pude curtir o filme tranquilamente.
Este foi o motivo de eu ter assistido o “O Sobrevivente” por duas vezes.
Pois bem, gostei muito da produção cinematográfica, tanto é verdade que algum tempo depois, não saía das saudosas locadoras de vídeo sem antes ter um VHS do filme na sacola. Mas após ter lido o livro de King em 2006, relançado pela Suma de Letras, tive o tal choque que citei no início do post. Cara, o enredo das páginas é completamente diferente do enredo das telas. Naquela época ainda tinha o pensamento um tanto inocente de que os roteiristas hollywoodianos não fugiam de uma maneira exacerbada dos enredos originais. Talvez, se tivesse lido a “Trilogia Identidade Bourne” e assistido aos dois primeiros filmes do personagem de Robert Ludlum, antes de ter tido contato com o livro de King, o choque seria menor.
Neste final de semana, enquanto aguardo um prato especial preparado por Lulu – costelinha de porco com couve – Uhhhmmm, adoro! – lembrei-me dos anos 80, do filme do Schwarznegger, do livro de Bachman e, claro, do casal se agarrando na poltrona do cinema; e com isso tudo, resolvi escrever um post sobre as diferenças significativas existentes entre alguns livros e filmes que eu li ou pesquisei. Vamos a elas.
01 – O Concorrente (Richard Bachman)
Filme: O Sobrevivente (1987)
Começando pelo filme que inspirou a introdução desse post. Como já disse acima, tudo, absolutamente tudo é diferente nesta adaptação cinematográfica de 1987.
Antes de ter lido o livro, até gostei do filme, mas depois que li a obra, odiei a sua adaptação para as telonas. Mudaram tudo e para pior, aliás, muito pior.
“O Concorrente” é fantástico e não é a toa que o próprio Stephen King o considera o melhor dos cinco livros escritos pelo seu alter ego Richard Bachman.
Utilizando-se de uma narrativa extremamente vigorosa e realista, Bachman, transporta o leitor para um mundo futurista, em 2025, dominado pelos meios de comunicação onde a televisão é a grande vedete. Ela invade os lares americanos saciando o desejo de sangue dos telespectadores através de uma rede de TV especialista em promover jogos bem sui generis onde o vencedor ganha como prêmio a vida e o perdedor, a morte. A impressão que temos, ao ler o livro, é que estamos retrocedendo à Roma dos gladiadores, mas à uma Roma do futuro.
A Co-Op City, empresa que domina os canais de televisão em 2025 leva ao ar vários reality shows, cada um mais bizarro que o outro, entre os quais, a “Esteira para a Grana”, onde os concorrentes devem correr sob uma esteira – semelhante aquelas encontradas em academias – ao mesmo tempo em que respondem à perguntas de um apresentador. Detalhe obrigatório: os participantes devem ter, obrigatoriamente, graves problemas cardíacos ou respiratórios. É declarado vencedor aquele que não morrer durante a prova. Outros jogos extravagantes são “Cave a sua sepultura”, “Quanto calor você agüenta”, “Nade nos crocodilos”, “Corra para as suas armas” e o “Foragido”.
Ainda neste mundo bizarro criado por Bachman, os entorpecentes são vendidos em máquinas automáticas e o ar puro é privilégio de poucos já que é comercializado por valores altíssimos.
Leu o livro? Agora, vai assistir ao filme? Ok; então prepara-se para uma quinada de 360 graus, à começar pelo nome do livro que foi alterado nas telonas. Sai “O Concorrente” e entra “O Sobrevivente”. Outra coisinha: o jogo mortal do qual o personagem Ben Richard participa é muuuuiiito diferente. Pra início de conversa, os caçadores que perseguem Richards na obra literária são homens normais, corruptos, mas normais. Usam armas convencionais e se valem apenas de seu treinamento, perspicácia e inteligência para localizar e conter o foragido. Já no filme de Paul Michael Glaser... Caramba, o que foi aquilo que eu vi nas telas nos anos 80?!!
O estranho caçador do filme que parecia uma árvore de Natal ambulante
Os caçadores do filme são verdadeiras aberrações! Parece que eles saíram de um manicômio ou então de um circo de horrores. Na época, quando assisti, até gostei, mas hoje, após ter tido contato com o enredo de Bachman, percebo o tamanho da minha ingenuidade juvenil.
Ainda me recordo de algumas “peças raras”. Tinha japonês balofo e mudo caracterizado como jogador de hóquei que ao invés de usar o taco para movimentar o disco, o utilizava como arma para matar os participantes do jogo. Outra “figura” era um homem de meia idade, que saia voando graças a um equipamento esquisito amarrado em suas costas e que utilizava um lança-chamas para transformar os foragidos em churrasquinhos. Ah! Tinha ainda um branquelo obeso que usava uma roupa energizada, cheia de luzes e neon, dirigindo um carro esquisito e soltando raios pelas pontas dos dedos!
A motivação para Richards participar desse jogo mortal também é muito diferente. No filme, ele é preso por descumprir ordens militares, já livro, as razões são outras.
02 – A Supremacia Bourne (Robert Ludlum)
Filme: A Supremacia Bourne (2004)
Toda a trilogia de livros sobre o personagem Jason Bourne difere muito dos filmes, mas com uma ressalva: ao contrário de “O Concorrente / Sobrevivente”, os filmes são tão bons quanto as obras literárias nas quais foram baseados.
É importante frisar que os três filmes da franquia foram baseados apenas na premissa original, ou seja, excetuando o nome do personagem principal, quase nada é semelhante ao enredo literário desenvolvido por Robert Ludlum.
Em “A Supremacia Bourne” essas diferenças são ainda mais evidentes porque enquanto no filme temos apenas um Bourne, no livro temos dois! Um falso e outro, verdadeiro. Explicando melhor: na história de Ludlum, um impostor que se passa pelo Bourne verdadeiro pretende desencadear um conflito entre os Estados Unidos e a China. O clima fica tenso quando um conhecido diplomata chinês é assassinado pelo falso agente. Agora a missão do verdadeiro Bourne é encontrar o impostor antes que o conflito entre americanos e chineses acabe desencadeando uma guerra.
O impostor tem habilidades parecidas com as do seu rival, já que recebeu treinamento semelhante. Este ‘mote’ criado por Ludlum cria uma expectativa enorme no leitor que não vê a hora da chegada do confronto entre os dois ‘Bournes’. 
Quanto ao filme, os agentes parecidos, esqueça o conflito entre Estados Unidos e China, esqueça a possibilidade de uma guerra nuclear, enfim, esqueça todo o resto.
No filme “A Supremacia Bourne”, Jason Bourne e sua namorada vivem tranqüilos e escondidos numa pequena cidade costeira na Índia. O sossego acaba quando um grupo de mafiosos utilizam sua verdadeira identidade para desviar a atenção da CIA sobre os reais responsáveis de uma conspiração. Assim, uma nova caçada por Jason Bourne começa por parte da CIA.
Como você podem ver, tratam-se de dois enredos bem diferentes, mas nem por isso, sendo um deles ruins. Pelo contrário, Tanto livro quanto filmes são fantásticos.
03 – Elite da Tropa (Luiz Eduardo Soares, André Batista e Eduardo Pimentel)
Filme: Tropa de Elite (2007)
Elite da Tropa”, publicado em 2006, foi o livro que deu origem ao filme “Tropa de Elite”, um ano depois, e que consagrou o ator Wagner Moura no papel do antológico “Capitão Nascimento”. A exemplo de “A Supremacia Bourne”, as diferenças entre texto e imagens são gritantes, mas nem por isso, ambos deixam de ser excelentes.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, chamada “Diários de Guerra”, um capitão do BOPE sem nome, negro e estudante de Direito, conta episódios envolvendo o batalhão. Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Ele narra ainda casos ocorridos com amigos, traficantes ou policiais corruptos. Os assuntos são os mais diversos: tráfico, bandidagem, incursões em pontos de drogas, interceptação e corrupção.
Esta parte do livro pode ser considerada o cotidiano do BOPE em suas operações nas favelas do Rio de Janeiro, vivenciadas  pelos PMs André Batista e Rodrigo Pimentel que já autuaram no BOPE e na PM carioca. O personagem que narra essas histórias em primeira pessoa pode ser considerado o alter ego dos dois autores.
Quanto a segunda parte chamada “Dois anos depois: a cidade beija a lona” e que tem mais de 60 personagens, mostra o esquema de corrupção dentro do governo do Rio de Janeiro, envolvendo governador, secretários, prefeito e outras pessoas importantes e influentes da sociedade fluminense que mantem acordos com facções criminosas como Comando Vermelho ou Terceiro Comando, roubando ou desviando dinheiro público para causas próprias.
Podemos definir a primeira parte de “Elite da Tropa” real e a segunda parte, inteiramente ficcional. Quanto ao filme gira em torno do personagem de Wagner Moura, o famoso e fictício Capitão Nascimento, da Força especial da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que treina dois recrutas novatos para que possam sucedê-lo. Esta vertente principal do filme sequer é citada no livro.
04 – Forrest Gump (Winstom Groom)
Filme: Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994)
Sabiam que Winstom Groom odiou o filme baseado em seu livro? Parece difícil afirmar isso de uma produção que conquistou vários Oscars, além de ter sido unanimidade entre crítica e público. Pois é, mas aconteceu. O motivo do ódio de Groom foram as mudanças drásticas que os roteiristas da Paramount fizeram tanto nas características do personagem principal quanto no enredo.
Enquanto o Forrest Gump de Tom Hanks é infantilizado e idiota não entendendo a maioria das coisas que acontecem a sua volta, deixando de perceber a proporção e o absurdo das situações em que se envolve; o personagem do livro é maroto, ácido e sacana, se aproximando muito de um anti-herói.
Ele tem uma visão muito mais científica de sua condição de idiota, que é bem explicada num capítulo no qual o protagonista cursa uma disciplina em Harvard chamada “O papel do idiota na literatura”. Gump mostra, a partir daí, o quanto os personagens à sua volta, tidos como “normais”, são os verdadeiros idiotas. Outro detalhe que foi ocultado no filme é que Gump é um verdadeiro gênio da matemática.
Os roteiristas do filme optaram por excluir vários trechos interessantes do livro como por exemplo a viagem de Gump para o espaço em um foguete da Nasa, acompanhado por uma astronauta séria e um chimpanzé mal educado, e o momento em que ele joga xadrez com canibais na Guiné. Enquanto o filme procura inserir Forrest Gump em vários momentos históricos norte-americanos, utilizando efeitos visuais considerados revolucionários há quase 25 anos, o livro de Groom é uma crítica a cultura dos Estados Unidos, incluindo Guerra do Vietnã, vários presidentes e até mesmo a Nasa.
E antes que me esqueça, pode apagar da sua mente aquele Gump que aparece correndo em alta velocidade no filme. O livro não mostra e tampouco explica isso.
05 – Primeiro Sangue (David Morrell)
Filme: Rambo – Programado Para Matar (1982)
Como já escrevi anteriormente (ver aqui), se você está ansioso para ler “Primeiro Sangue”, de David Morrell, lançado em 1972, livro que deu origem a série Rambo nos cinemas, esqueça o John Rambo de Sylvester Satolle. No romance policial de Morrell, o ex-boina verde é encrenqueiro, problemático, turrão, prepotente, além de querer que a sua palavra sempre seja a última. Pois é, não lembra em nada o herói de guerra vivido por Stallone nos cinemas que visita uma pacata cidade na esperança de reencontrar um velho amigo que lutou ao seu lado nas forças especiais contra os vietcongs. Ele só se rebela após ser humilhado e espizinhado pelo xerife da localidade. 
O Rambo das páginas é totalmente o inverso. Morrel não cita que ele seja um herói de guerra, apenas um combatente altamente treinado que esteve no Vietnã. E como já disse no início desse post, o sujeito é por demais encrenqueiro e questionador. Na cadeia, após ser preso para averiguação, ele é obrigado a tomar uma “chuveirada” e quando lhe pedem para fechar a torneira, pois o seu tempo já acabou, Rambo finge que não ouve e continua se lavando. Antes disso, o xerife pede que ele tire a roupa para ser revistado. No início, ele “bate o pe´” e diz que não irá atender a ordem do policial, só concordando em ficar nu após algumas ameaças.
Diferente do primeiro filme, o personagem do livro não pensa duas vezes em puxar o gatilho para eliminar quem entrar em seu caminho; para ele a sua única amiga é a liberdade e para alcançá-la é capaz de tudo. O Rambo das páginas provoca várias mortes, incluindo pessoas inocentes, tudo para conseguir fugir e se ver livre.
Quanto ao final. Uhuhuhuhu!! Se você achou o “The End” da produção cinematográfica dramático, bem... leia o do livro e depois me conte.
06 - Viva e Deixe Morrer (Ian Fleming)
Filme: Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)
Viva e Deixe Morrer” virou picadinho nas mãos dos roteiristas e produtores. O livro emprestou fragmentos de sua história para três filmes: “Com 007 Viva e Deixe Morrer”, “Somente para Seus Olhos” e “Licença para Matar”. Com relação à “Viva e Deixe Morrer”, os fragmentos emprestados foram maiores, entre eles: as características pessoais de Mr. Big – excetuando a sua doença no coração, já que no livro de Fleming, o vilão tinha o coração inchado. A Bond-girl Solitaire também é bem parecida com a personagem do filme. Ah! Aqueles lances de vodu e macumba também são muito parecidos. No mais. Zefini. As semelhanças terminam por aí.
Esqueça a cena de Bond pisando nas cacundas dos crocodilos, aquilo foi pura invenção do diretor Guy Hamilton; esqueça também a ameaça (apenas ameaça) do capanga de Mr. Big/ Dr. Kananga em quebrar ou decepar um dos dedos das mãos de Bond após a sua captura, porque no livro, o agente secreto tem, de fato, o dedo quebrado.
Vale lembrar que na produção cinematográfica, Solitaire salva 007 de perder um dos dedinhos. A morte de Mr. Big também é completamente diferente daquela que você assistiu nas telonas.
Como escrevi acima, os produtores do filme fizeram picadinho do livro de Fleming.
07 – Tubarão (Peter Benchley)
Filme: Tubarão (1975)
Se você ainda não leu o livro ou não assistiu ao filme – o que acho muito difícil – quero alertar que os spoilers serão pesados. Dado o aviso, vamos para a análise.
Quase todos os personagens do livro são antipáticos, o que obrigou o diretor Steven Spielberg a alterar a personalidade de alguns para causar mais empatia com o público.
No filme, o xerife Martin Brody e sua mulher se dão bem, já no livro sua mulher se sente presa em seu casamento tanto é que acaba tendo um caso com o oceanógrafo Matt Hooper. E por falar em Hooper, enquanto no filme, ele é brincalhão e muito simpático, no livro ele odeia qualquer um que tenha uma opinião contrária à sua.
A morte do tubarão no final do filme é completamente diferente do enredo da obra literária. Ah! Mais uma coisinha: aqueles que leram o livro de Benchley sabem que um personagem de destaque morre nas últimas páginas enfrentando o tubarão, mas no filme, ele consegue escapar com vida.
08 – O Iluminado (Stephen King)
Filme: O Iluminado (1980)
No livro, o hotel Overlook, localizado numa região isolada, é um personagem que manipula todos aqueles que freqüentam as suas dependências – desde hóspedes a funcionários – e instiga o zelador Jack Torrance voltar a beber álcool, além de tentar assassinar a esposa e o filho. Não vemos o hotel como hotel, mas como uma entidade do mal que manipula as pessoas. Resumindo, na obra escrita, ao contrário do filme, o Overlook é o verdadeiro vilão da história. Na verdade, no final do enredo, entendemos tudo isso, pois passamos a ver o hotel como um ser maligno, algo físico mesmo, parecido com a casa mal-assombrada de “Terror em Amityville”.
Outra grande mudança é com relação a personagem Wendy Torrance que foi totalmente descaracterizada no filme de Stanley Kubrick. No livro, Wendy é submissa em alguns momentos, mas nunca por covardia. Prova disso é que ela demonstra a sua força e coragem quando é necessário, principalmente quando seu filho Danny está em perigo. Nessas horas, ela se transforma numa guerreira. Já no filme, a personagem foi transformada em uma mulher fraca, irritante e completamente sem personalidade.
Cara, a Wendy idealizada pelo cineasta Stanley Kubrick só sabe gritar, tremer de medo e gritar novamente. Stephen King, autor de “O Iluminado” – que odiou o filme – disse que a Wendy das telonas “está lá basicamente para gritar e ser estúpida e esta não é a mulher sobre a qual eu escrevi”.
09 – Eu Sou a Lenda ( Richard Matheson)
Filme: Eu Sou a Lenda (2007)
O livro escrito por Richard Matheson em 1954 já ganhou quatro adaptações para o cinema, sendo o filme estrelado por Will Smith em 2007 o mais  conhecido.
Na obra literária, uma pandemia mundial transforma todas as pessoas do mundo em vampiros. Um único ser humano chamado Robert, que consegue escapar da infecção, passa os dias de sua vida tentando manter os vampiros-zumbis afastados de sua casa. Robert – que antes da pandemia, era um simples operário de colarinho azul - é alcóolatra e depressivo por causa do isolamento em que vive e das situações perigosas que é obrigado enfrentar todos os dias.
As criaturas do livro tem todos os atributos que caracterizam um vampiro: saem somente depois que o Sol se põe e são combatidas com alho, estacas, crucifixos e espelhos.
Durante o romance, Robert decide estudar as causas da pandemia, de forma a encontrar uma forma definitiva de extermínio das criaturas. Os dois ‘Roberts’ são muito diferentes. O do livro, como já disse, é um operário de colarinho azul, enquanto o do filme vivido por Will Smith é um cientista com um grande conhecimento prévio da praga zumbi que destruiu a sociedade moderna.
As criaturas do filme, por sua vez, não tem nada a ver com as criaturas do livro, pois se parecem com zumbis. Outra mudança significa está relacionada com a pandemia. Os motivos são completamente distintos.
O final do filme também é muuuito diferente.
10 – Guerra Mundial Z (Max Brooks)
Filme: Guerra Mundial Z (2013)
A única coisa que livro e filme tem em comum é o título, e Zefini! Ambos não se misturam como o óleo e a água. versão escrita conta como um homem é forçado, através de investigações e entrevistas feitas com sobreviventes de um estranho vírus com uma mutação zumbi, a encontrar a origem e a cura da infecção. Quanto ao filme com Bratt Pitt, a narrativa se resume em como um homem, no meio de uma guerra contra zumbis, consegue impedir a expansão pré-apocalíptica no mundo.
Um detalhe curioso é que a produção cinematográfica traz zumbis super rápidos e cenas de ação com muita correria e muitas explosões mas sem sangue, abrindo assim, uma brecha para que os adolescentes também pudessem se divertir um pouquinho nos cinemas. De acordo com os produtores, se a história fosse muito violenta com sangue espirrando e ossos quebrando, a classificação da faixa etária seria muito alta, resultando em pouca arrecadação.
Pois é, mas se pouparam sangue e ossos esmigalhados no filme, bem... no livro a ‘coisa’ já muda de figura, afinal de contas, o autor não tinha de se preocupar com isso. Por isso, ao contrário do filme, nas páginas o negócio ferve. Brooks faz menções detalhadas a sangue, carne em decomposição e ossos expostos.
Enfim, diferenças, diferenças e mais diferenças entre livro e filme.
Galera, por hoje é só.
Espero que tenham gostado.
Inté!

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