26/09/2020

Depois de “A Espada dos Reis”, uma nova aquisição: “Um Paciente Chamado Brasil”

Eu deveria ter postado este texto hoje pela manhã, mas como tirei o dia para ‘atacar’ de mestre cuca, acabei deixando para escrever o post agora a noite.  Logo cedinho, disse para Lulu que a cozinha neste sábado seria minha. Estava com vontade de preparar algumas receitas – cozinhar é uma das minhas paixões, só não gosto de lavar os utensílios (rs) – e assim surgiu uma torta de frango com massa podre, além de duas sobremesas: um prestigio gelado e um sorvete de morango. Adorei! Deu prá arejar a cabeça. Na minha opinião, para quem gosta, é claro, cozinhar é uma baita higiene mental.

Mas vamos ao que interessa, ou seja, aos livros.

Neste final de mês tive de incluir mais uma despesa extra no meu já estorricado cartão de crédito: a compra de dois livros, um deles nem sequer foi lançado; o outro chegou nas livrarias hoje. A Espada dos Reis, 12° volume da saga Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell chega nas livrarias em 19 de outubro e Um Paciente Chamado Brasildo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já desembarcou nas prateleiras físicas e virtuais neste sábado (26). O primeiro reservei há cerca de duas semanas, já o livro de Mandetta ‘pesquei’ ontem (25) dia de seu lançamento oficial com direito a muitas entrevistas dadas pelo autor.

Cara, confesso que sou um pouco impaciente quando se trata de comprar obras que eu goste, por isso, quando determinado livro - que desejo muito - entra em pré-venda, sou um dos primeiros a garantir a sua compra. Há alguns anos, eu era completamente diferente. Mesmo gostando muito de um livro, não me preocupava em adquiri-lo com rapidez. Achava que a qualquer momento que eu o procurasse, ele estaria me esperando nas livrarias, mas depois de ter levado alguns tombos bem violentos e amargado a perda de obras muito importantes para mim, resolvi mudar de atitude. Atualmente, como diz um ditado popular, ‘eu atiro primeiro e pergunto depois’ (rs). Foi assim que fiz com os livros de Cornwell e Mandetta.

Como já fiz uma postagem específica sobre A Espada dos Reis (ver aqui), hoje quero


falar escrever sobre Um Paciente Chamado Brasil. Acredito que muitos conflitos entre o presidente Jair Bolsonaro e o seu, na época, ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, acabaram ficando represados nos bastidores políticos de Brasília; conflitos, que na minha opinião, estavam recheados de informações importantes sobre a pandemia de Covid-19 e de interesse para todos nós brasileiros mas que por alguns motivos que desconhecemos, acabaram ficando retidos entre quatro paredes. Acho que agora com o lançamento desse livro, teremos uma oportunidade de ter acesso a esses segredos.

Tudo bem que seja a visão de apenas uma das partes, mas já serve para termos noção de como os nossos governantes estavam agindo para conter uma grave epidemia começava a atingir o seu auge. Se futuramente, Bolsonaro, lançar um livro sobre esse assunto, é claro que vou adquirir para também ouvir o seu lado, mas não posso menosprezar o ponto de vista de um ministro que era responsável por coordenar todos os trabalhos de combate à um vírus desconhecido, que vinha disseminando pânico e mortes ao redor do mundo e que havia acabado de chegar ao Brasil. Comprar o livro era uma necessidade.

Assisti uma entrevista que Mandetta concedeu para o programa Conversa com Bial, na TV Globo, e através dela deu para ter idéia de alguns assuntos que serão abordados em seu livro lançado pela editora Objetiva.

Por exemplo, o ex-ministro da Saúde disse que Bolsonaro estava convencido de que o novo coronavírus seria uma arma biológica da China para que a esquerda voltasse ao poder na América Latina; e disse que alertou que o Brasil (que hoje ultrapassou 141.441 mil óbitos) poderia chegar a 180 mil mortes se medidas restritivas não fossem tomadas, mas não era ouvido. O ex-ministro também criticou a lentidão da Organização Mundial de Saúde (OMS) em declarar pandemia, achando que o vírus fosse restrito à cidade chinesa de Wuhan.

O médico também revela no livro que em uma reunião no dia 5 de abril, quando já estava sendo "fritado" pelo presidente, disse diretamente a Bolsonaro: "O senhor tem que me demitir. Seria mais leal de sua parte. O senhor quer cobrar lealdade, mas lealdade é uma via de mão dupla. Não se pode ser leal unilateralmente. O senhor está sendo desleal. Porque o senhor fala uma coisa e faz outra".
Mandetta cita em vários trechos do livro que durante a pandemia viveu dilemas e conflitos com o ministro da Economia, Paulo Guedes que não atendia aos seus telefonemas. 

O livro tem apenas 228 páginas, o que acredito será possível lê-lo numa tacada só. Pelo menos, espero.

22/09/2020

Assassinato no Expresso do Oriente

Como disse no post anterior, o “gatilho” que me fez ler E Não Sobrou Nenhum de Agatha Christie foi Assassinato no Expresso do Oriente. Se achei o final do primeiro livro forçado e sem o impacto que esperava, o mesmo não aconteceu com a aventura de Hercule Poirot. Cara, que final soberbo! E não somente o final, mas o livro todo.

Em Assassinato no Expresso do Oriente, a ‘Rainha do Crime’ dá uma verdadeira lição de como se escreve um thriller policial investigativo. O leitor fica ansioso para descobrir quem é o assassino no Expresso e com isso as páginas vão sendo devoradas uma atrás da outra. Caráculas, e quando chegam as páginas finais, mestre Poirot - com a sua mente dedutiva - arrebenta e brinda os leitores com final inimaginável. Um verdadeiro plot twist.

Pelo “The End” da obra literária ser semelhante ao do filme de 2017, dirigido por Kenneth Branagh, recomendo que você leia primeiro o livro, já que os seus personagens são bem mais profundos e complexos do que aqueles apresentados no cinema.

No livro, pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve para o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem que segue da Turquia para a Iuguslávia está surpreendentemente cheio de passageiros, entre eles encontra-se o emblemático detetive belga. Na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um homem com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Ele é encontrado morto em sua cabine com doze facadas. Com o trem preso na neve, cabe à Poirot desvendar esse misterioso e conturbado crime, antes que o assassino volte a atacar ou então consiga fugir.

Elenco principal do filme de 2017 baseado no livro

O famoso detetive começa, então, o seu trabalho e percebe que encontrou um adversário à altura, já que o criminoso não deixou nenhum vestígio ou suspeitas ao cometer o assassinato. Para complicar ainda mais o trabalho investigativo de Poirot, os passageiros do trem tem álibis que não levantam nenhuma suspeita. Enfim, um crime perto da perfeição. Isto faz com que comecemos a desconfiar de vários personagens até que enfim ‘pinta’ o plot twist estonteante. Juro que tentei de todas as maneiras descobrir quem era o culpado nessa história, mas nem cheguei perto.

Aos poucos, a mente genial de Poirot vai percebendo determinados furos nas histórias contadas por alguns passageiros. Falhas vão surgindo, segredos vão sendo desvendados, dando a ele uma noção de quem pode ser o culpado e o motivo do crime.

Um detalhe curioso é que o livro foi baseado no verdadeiro caso de um sequestro ocorrido nos Estados Unidos, em 1932. Agatha Christie resolveu utilizar esse fato como inspiração para o seu romance.

Galera, leiam; vocês não irão se arrepender.

19/09/2020

E Não Sobrou Nenhum

Li muito Agatha Christie em minha adolescência e juventude, muito mesmo, mas o livro da autora que me conquistou e que jamais esquecerei foi “Assassinato no Expresso do Oriente. Caráculas que final!! Não esperava por aquele desfecho, mas nunca.

Não lia Agatha há muito tempo – cheguei até mesmo a ganhar uma coleção com suas histórias, mas estava focado em outros livros – então surgiu E Não Sobrou Nenhum. Vi tantos comentários positivos que classificavam o seu enredo como o melhor já escrito pela ‘Rainha do Crime’ que resolvi encarar, mas acredito que o chamado gatilho que despertou o meu interesse pela leitura foi mesmo Assassinato no Expresso do Oriente. Pensei comigo: “Poxa, se esse livro for ainda melhor do que o do Hercule Pirot vai ser o céu!”  E lá vou eu compra-lo, já que não o encontrei na biblioteca municipal de minha cidade; contando nos dedos os dias que faltavam para a sua chegada.

Acabei de ler nesta semana e... não foi o que eu esperava. Sei que estou indo na contramão de muitas pessoas que adoraram a história – bastam ver os comentários no portal do Skoob – mas galera, estou sendo sincero, esperava mais. E este ‘esperava mais’ deve-se principalmente ao final do livro. Achei a conclusão muito mal-acabada, ao contrário de vários leitores que consideram o final do livro um dos mais chocantes da literatura policial e de suspense. Desculpem aqueles que pensam assim, mas não achei tudo isso.

E Não Sobrou Nenhum tem todos os elementos necessários para deixar a galera roendo as unhas: um casarão numa ilha isolada que dá arrepios, dez pessoas estranhas – cada uma com um segredo sinistro envolvendo um crime – vivendo por um período nesse casarão, e para finalizar o tempero final: um assassino misterioso que aos poucos vai eliminando essas pessoas; mas faltou a cereja no bolo que foi o final.

Por ter todas essas qualidades o livro não é ruim, pelo contrário, ele desperta o interesse dos leitores. Os capítulos curtos, a linguagem fluída e o clima tenso da narrativa, faz com que você devore as páginas, desesperado para chegar aos “finalmentes”.

No enredo, dez pessoas sem nenhuma ligação aparente – cada uma com um fato marcante em suas vidas relacionado a um crime – são convidadas, ou melhor, ludibriadas por um milionário misterioso chamado Mr. Owen a passar um agradável período de descanso em uma de suas propriedades localizadas na misteriosa Ilha do Soldado. Um a um dos convidados vai morrendo, sendo assassinado de maneiras diferentes. O mistério gira em torno de saber quem é o assassino. Num instante, todos são suspeitos, todos são vítimas e todos são culpados.

É neste clima de tensão e de desconforto que as mortes inexplicáveis começam e, sem comunicação com o continente devido a uma forte tempestade, a estadia do grupo transforma-se num verdadeiro pesadelo. Todos se perguntam: quem é o misterioso anfitrião, Mr, Owen? Existe mais alguém na ilha? O assassino pode ser um dos convidados? Que mente ardilosa teria preparado um crime tão complexo? E por qual motivo?

Logo no começo da leitura quando o segundo convidado é assassinado, as outras oito pessoas restantes já começam a desconfiar uma das outras. A partir desse momento, a autora já começa em sua linha narrativa induzir o leitor a acreditar que o assassino seja um dos convidados restantes.

Quando cheguei nesse ponto da leitura comecei a fazer as minhas conjecturas sobre quem seria o assassino e os seus motivos. E quer saber? Acabei acertando o que achei muito chato, pois queria algo diferente, um plot twist bombástico, à altura dos comentários que havia lido nas redes sociais.

Penso que se Agatha tivesse escolhido um assassino que não fosse um dos personagens que estivessem isolados na Ilha do Soldado; algum personagem secundário ou então um outro que tivesse alguma ligação com o passado de cada um dos 10 convidados, o impacto seria bem maior. Queria um “The End” daqueles que eu dissesse: “Putz, não esperava por isto!” – como disse ao terminar Assassinato no Expresso do Oriente.

A motivação dos crimes também achei fraca, pouco sinistra. Pois é, estava até gostando do livro, mas quando cheguei nas páginas finais... murchei.

 

 

 

 

16/09/2020

Escrito nas Estrelas


Galera, às vezes do nada aparece aquela vontade incontrolável de ler ou reler um livro antigo de Sidney Sheldon. Então leio o livro, passam-se alguns meses ou muitos meses e lá vem a tal vontade incontrolável, novamente. Será que já aconteceu algo semelhante com você que lê esse post agora? Engraçado é que não tenho esse tesão pelos livros mais novos do autor, apenas pelos mais antigos, os da chamada “época de ouro” de Sheldon que durou de 1970 até o meio da década de 1990, período em que foram lançadas verdadeiras obras primas. Depois disso, na minha opinião, os seus enredos foram ficando cada vez mais água com açúcar.

Olha, já li e reli AOutra Face, Um Capricho dos Deuses, Nada Dura para Sempre, Se Houver Amanhã, O Reverso da Medalha, além de outros e posso garantir que cada leitura representa uma viagem especial com personagens carismáticos e suas sagas inesquecíveis.

No mês passado foi Escrito nas Estrelas que bateu na porta da minha vontade pedindo para entrar. Eu me lembrava vagamente da história que já havia relido há muitos anos e gostado. Resolvi repetir a dose... novamente. Como não tinha a obra em minha estante, apelei para a biblioteca pública municipal. Li o livro em menos de uma semana, acho que em cinco dias. Adorei a história. Putz, Sheldon escrevia muito!

Desta vez, o autor arrasta os seus leitores para o mundo dos negócios imobiliários, tendo como protagonista Lara Cameron, mais uma personagem feminina apaixonante. Aliás não há como não cair de quatro pelas mulheres que saem da mente criativa de Sheldon. Todas elas, apesar dos sofrimentos, percalços e armadilhas preparadas pelo destino e também por vilões inescrupulosos, conseguem dar a volta por cima e ir para a luta. Algumas com inteligência, outras com sagacidade e uma parte delas até mesmo com ardilosidade, “pagando” o adversário infame com a mesma moeda.

Lara Cameron se encaixa na categoria das ardilosas. Cara, ela me despertou uma miscelânea de emoções. No início senti pena e torci muito por ela; depois senti ódio com a sua frieza, falsidade e mania de posse, incluindo pessoas; e por último, com a sua redenção; simplesmente amei Lara Cameron.

Escrito há vinte e oito anos, este romance trouxe à luz as dificuldades e os aborrecimentos que as mulheres enfrentam no mundo corporativo. O que é trágico em lê-lo nos dias de hoje é perceber que nada mudou.

A protagonista, tem que trabalhar muito mais duro simplesmente para ganhar o mesmo respeito que seus colegas homens. Por ter a coragem de entrar em uma indústria dominada pelo sexo masculino, ela é submetida a incontáveis ​​casos de assédio sexual. Com o tempo, ela se torna mais resistente a isso e assume uma posição por si mesma. 

Cameron se transforma numa mulher fria, pronta para esmagar, sem piedade, todos aqueles que tentaram lhe prejudicar, além da intenção de se tornar uma magnata do ramo imobiliário da noite para o dia.

Embora a história possa ficar um pouco monótona no meio, a adrenalina do final do romance compensa inteiramente. 

Um livro de Sheldon pertencente à sua fase de ouro como escritor. Recomendo muito.

 


12/09/2020

12º volume de Crônicas Saxônicas, “A Espada dos Reis”, chega ao Brasil em outubro

Sou um grande fã de Uthred e não abro mão. Tanto é verdade que tenho os 11 volumes da saga Crônicas Saxônicas em lugar de destaque na minha estante. Uhtred é fantástico, ou melhor, fodástico. Ironia, coragem, e arrogância são palavras chaves em seu dicionário, mas sempre acompanhadas de uma virtude: a lealdade. Uhtred é sempre fiel aos seus juramentos. Quando o guerreiro pagão é amigo de alguém, ele é – como diz o ditado – “amigo até debaixo d’água”; quanto aos seus inimigos, preparem-se para a sua língua ferina recheada de escarnio acompanhada de sua espada afiada. Aliás, acho que muitas vezes, as chacotas e o sarcasmo que saem da boca do guerreiro doem mais nos seus adversários do que uma estocada de metal.

Na minha opinião. o grande sucesso da saga literária deve-se também a dois fatores: os inimigos enfrentados por Uhtred ao longo dos onze livros - os seus adversários são muito carismáticos e confiantes, além de excelentes excelentes guerreiros e espadachins – e a descrição majestosa das cenas de batalhas. Uhauuuuu! Bernard Cornwell dá um show nesse sentindo, assim como deu nos três livros da série As Crônicas de Artur (O Rei de Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur)

Por gostar tanto desse personagem não via a hora do lançamento do 12º volume das Crônicas. Cara, quero demais esse livro para conhecer o destino dos personagens que me encantaram ao longo dos 11 volumes.

Nesta semana, a boa notícia chegou e de uma maneira inesperada. Estava lendo alguns comentários e e-mails dos leitores do blog quando um seguidor chamado Glaidson me avisou que a obra já está na boca do forno para ser lançada. Putz, e como eu estava precisando de uma notícia boa. Obrigado Glaidson!

Tinha acabado de escrever um “post-desabafo” onde me abria com os leitores sobre alguns problemas que vinham rolando em minha vida e tirando o estímulo de prosseguir com o blog. Tudo bem que já tinha abandonado essa ideia e que uma parte – a mais difícil – desses problemas também já tinha sido solucionada, mas a novidade sobre o retorno do guerreiro pagão serviu para recuperar ainda mais o meu ânimo.

Após algumas pesquisas na net fiquei sabendo que o 12º volume de Crônicas Saxônicas vai se chamar A Espada dos Reis e o seu lançamento está previsto para 19 de outubro próximo. A boa notícia é que a obra já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais. Além da capa metalizada exclusiva da 1ª edição dos livros da série, inclui como brinde um pôster e um marcador de páginas metálico. 

Para a galera que também são fãs de Uhtred e estão curiosos com relação ao enredo, segue a sinopse oficial fornecida pela editora Record: “É mais um momento de turbulência nos reinos. O rei Eduardo, com a saúde debilitada, não pode fazer nada para garantir uma sucessão tranquila ao trono e estabilidade política após sua morte.

Há uma disputa entre dois herdeiros, Æthelstan e Ælfweard, e ninguém sabe se a frágil união dos reinos britânicos se manterá com a morte de Eduardo e o embate entre os dois herdeiros. Enquanto isso, Uhtred, após reconquistar sua querida fortaleza de Bebbanburg, mantém-se o mais distante possível das intrigas do sul, recluso na ainda independente Nortúmbria.

Entretanto, um juramento é um compromisso eterno. E Uhtred prometeu a Æthelstan, seu antigo companheiro de armas e agora candidato a rei, que acabaria com qualquer pretensão de Ælfweard ao reinado. Ainda assim, Uhtred se sente tentado a ignorar o juramento e permanecer em sua solidão no norte, deixando os mércios e os saxões em sua disputa interminável por poder. Porém, quando um poderoso aliado de Ælfweard leva o conflito até a Nortúmbria e um inesperado pedido de ajuda chega a Bebbanburg, Uhtred e um pequeno grupo de guerreiros viaja para o sul, para a batalha pela realeza, um conflito que vai definir o destino da Inglaterra”.

Agora é só esperar a chegada de 19 de outubro para devorar a 12ª aventura do grande Uhtred, mas antes aconselho que você já reserve o seu livro em pré-venda.

Afinal de contas, é sempre bom garantir.

 


09/09/2020

Cinco livros de terror dos anos 80 que se tornaram cult


Tenho o hábito de dizer para os amigos da minha geração que os anos 80 só fabricaram ‘coisas’ boas. Exemplo disso são as músicas, filmes, séries de TV e claro, livros. Tivemos livros maravilhosos na década de 1980, muitos deles lançados pela saudosa editora Círculo do Livro. Tenho muitas dessas preciosidades em minha estante.
No post de hoje selecionei cinco livros de terror que foram lançados nos anos 80 e se tornaram grandes fenômenos de venda. Estas obras literárias fizeram tanto sucesso, mas tanto sucesso que chegaram a ganhar o status de antológicas ou cults. Vamos a elas.
01 – A Assombração da Casa da Colina (1983)
Autora: Shirley Jackson
O que dizer de uma história que recebeu altos elogios de Stephen King e Neil Gaiman? King, inclusive disse que se trata da melhor história sobre casa mal assombrada que ele já leu. Somente esse elogio do mestre do terror e suspense já bastaria para A Assombração da Casa da Colina ser considerada uma obra cult, mas o livro extrapolou fronteiras e conquistou a simpatia de leitores e críticos através de décadas.
Jackson escreveu a sua obra máxima em 1959, mas ela só chegou ao Brasil depois de duas décadas, em 1983, por meio da série literária “Mestres do Horror e da Fantasia” da editora Francisco Alves que reunia uma ampla coletânea de livros de terror e suspense que eram lançados semanalmente ou mensalmente, não me lembro bem.
Em 2018, a editora Suma relançou a obra em edição luxuosa com direito a capa dura.
A autora conta a história de Eleanor que após ficar sozinha no mundo, acaba recebendo uma carta de um misterioso Dr. Montague convidando-a para passar um tempo na Casa da Colina, um local conhecido por suas manifestações fantasmagóricas. O mesmo convite é feito a Theodora, uma alma artística e "sensitiva", e a Luke, o herdeiro da mansão. Mas o que começa como uma exploração bem-humorada de um mito inocente se transforma em uma viagem para os piores pesadelos de seus moradores. Com o tempo, fica cada vez mais claro que a vida e a sanidade, de todos estão em risco.
O livro foi adaptado inúmeras vezes para o cinema, sendo mais recente a do Canal de Streaming Netflix, em 2018.
02 – Os Invasores de Corpos (1987)
Autor: Jack Finney
Confesso que comecei a ler Os Invasores de Corpos sem muitas pretensões, mas conforme a leitura ia avançando, acabei ficando preso num enredo fantástico que não me deixava largar o livro em hipótese alguma. Quando percebi, havia devorado todas as páginas em menos de dois dias. E olha que na época estava entupido de serviço. A obra literária é boa demais! Viciante!
Finney conta a história de vegetais alienígenas que viajam pelo espaço durante milhares de anos em busca de um planeta onde pudessem se reproduzir, substituindo os seres vivos. E então, para a nossa infelicidade, as ‘vagens-aliens’ encontram a Terra. Aí já viu o que acontece né?! As tais vagens aliens vão substituindo as pessoas por réplicas encubadas e geradas em casulos, durante a noite.
O filme de 1978 dirigido por Phillip Kaufuman e que teve como protagonistas Donald Sutherland, Jeff Goldblum e Leonard Nimoy (o eterno Sr. Spok de Jornada nas Estrelas), a exemplo da obra literária, foi um grande sucesso – lembrando apenas que o livro foi lançado originalmente em 1955, mas só chegou ao Brasil na década de 1980.
A produção cinematográfica é uma verdadeira obra prima. Tudo bem que seja uma refilmagem de Vampiros de Almas, de 1956, dirigido pelo saudoso Don Siegel, mas a história de Kaufman também é fantástica.
Inté!
Os Invasores de Corpos se tornou um livro de terror e ficção científica muito cultuado no Brasil
03 – As Duas Vidas de Audrey Rose (1984)
Autor: Frank de Felitta
A maior prova do sucesso de As Duas Vidas de Audrey Rose foi a de que para atender a grande procura dos leitores, o livro acabou tendo dois relançamentos no Brasil. A sua primeira publicação em terras tupiniquins foi em 1975 pela editora Círculo do Livro; depois, em1977, foi a vez da editora Francisco Alves e finalmente a Abril Cultural, nos anos 80.
A história dos personagens Janice e Bill deixou muitos leitores impressionados, o que explica o grande fenômeno de vendas em vários países, inclusive no Brasil.
Janice e Bill Templeton são um casal que vive feliz com sua filha única, a bem-comportada pré-adolescente Ivy. Essa imagem de família feliz começa a ser decomposta com a chegada de um estranho. Depois de suspeitas de que ele pretende molestar sexualmente Ivy, o homem desconhecido tenta convencer aos pais que seu interesse (quase uma obsessão) pela garota é apenas paternal. Para ele, a menina é a reencarnação de sua filha, morta em um terrível acidente. Coisas estranhas começam a acontecer a partir desse momento.
Um livro de terror que marcou muitos leitores dos anos 70 e 80.
04 – A Casa do Mal (1989)
Autor: Dean R. Koontz
Dean R. Koontz surpreendeu a todos com este livro no final dos anos 80. A Casa do Malestourou em vendagens, transformando-se num Bestseller de imediato.
A história do personagem Frank Pollard que desperta em uma vila, sem lembrar-se de nada além de seu nome, mas sabendo perfeitamente que está correndo um enorme perigo conquistou os leitores adeptos dos gêneros terror e suspense.
Frank Refugia-se num hotel e, mais de uma vez, acorda com as mãos manchadas de sangue. E, a cada noite que passa, encontra nas mãos e nos bolsos estranhos objetos aterrorizantes…
A ajuda a Frank vem da dupla de detetives Bobby e Julie Dakota, que, por compaixão e curiosidade, concordam em ir até o fundo e desvendar essas misteriosas e amnésicas fugas. Mas, à medida que os Dakota começam a descobrir para onde se dirige seu cliente, eles são atraídos a locais sombrios.
Esse enredo intrigou os leitores das décadas de 70 e 80, tanto é verdade que o livro teve mais duas edições.
05 – O Cemitério (1984)
Autor: Stephen King
Só de olhar para a capa do livro de 1984, sei lá... Brrrrrrrrrrrrr... já dá um calafrio na espinha. Aquele homem entrando num cemitério e carregando um cadáver no colo arrepia até a alma. E como não bastasse, tem ainda – em primeiro plano – um gato branco com os olhos arregalados. Brrrrrrrrrrrrrrrrrrr, novamente.
Mas não é somente a capa que mete medo, o enredo de O Cemitério, de Stephen King é de gelar o sangue. Alguns leitores consideram o melhor e também o mais assustador livro do autor. Em 2013, a Suma relançou a obra de King com uma nova tradução.
Considero “O Cemitério” o livro mais denso e perturbador de King. Posso dizer que a morte é o personagem principal do enredo. Não a morte como algo físico, mas metafísico – do jeito que ela é realmente, agindo e mudando o comportamento dos personagens, influenciando em suas decisões.
Na trama, Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em Ludlow, uma pequena cidade do Maine, onde se muda com sua esposa, Rachel, e seus dois jovens filhos, Ellie e Gage. 
A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha.
Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um "simitério" no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação.
Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível.
Este local estranho e maligno passa a ter grande influência na família Creed.
Taí galera, espero que tenham apreciado a lista.
Inté!

06/09/2020

Confissões de um blogueiro literário que pensou seriamente em parar


Já escrevi alguns posts sobre os desafios de manter um blog literário. Quando digo manter, estou querendo dizer com posts atualizados e trabalhados; porque não adianta nada você ter um blog com postagens a cada dez ou quinze dias ou então, com assuntos copiados de releases de editoras sem a sua opinião. Fazer isso é fácil, o problema é que o seu cantinho literário não vai deslanchar por mais atraente que seja visualmente. Verdade. Ele pode ter o melhor layout de toda a blogosfera, mas se o conteúdo for “zero”, blau blau.
Acredito que a maioria dos leitores quando acessam um blog querem conhecer a opinião do blogueiro com relação a certas obras por isso, o texto deve ter a marca de quem escreve. Por outro lado, quando vamos produzir uma lista literária, o tempo dedicado à pesquisa deve ser amplo. Já demorei mais de uma semana para escrever algumas listas, pois tinha que pesquisar muito nas redes sociais para encontrar informações e curiosidades sobre autores ou livros.
Cara, por tudo isso, manter um blog literário sozinho é muito difícil, mas gratificante. Gratificante por causa da interação que você mantém com milhares de leitores que visitam o seu espaço e reconhecem o seu trabalho.
Pois é, estava justamente, sentindo essa dificuldade há poucos dias... e mais uma vez gostaria de me abrir com vocês. “Ihhhhh!!! Lá vem o sujeito com mais divagações” – acho que muitos de vocês devem estar fazendo essa exclamação ao ler essas linhas. Tá bom, tá bom... me perdoem, mas acontece que durante essa crise da qual estou lutando para sair, bateu uma vontade enorme de conversar com a galera que já acompanha o “Livros e Opinião” nos seus nove anos de existência, além do mais eu já disse várias vezes, aqui, que no momento em que escrevo alguma postagem, penso estar conversando, ali tête-a-tête, com cada um de vocês, até imagino algumas fisionomias do pessoal que me segue nas redes sociais. Entonce quando divago essa sensação de proximidade é ainda maior. Portanto, deixe-me divagar um pouquinho. Please; hoje estou precisando, muito.
Galera, pensei em dar um tempo no blog, não um tempinho, mas um tempão, mesmo. Para aqueles que ficaram preocupados, já adianto que não vou fazer isso, pois refleti melhor e cheguei à conclusão de que se desse esse tempo – um tempo grande, como já disse – correria o risco de perder o tesão pelo que faço e não voltar mais a escrever; em outras palavras, iriam surgir novos interesses, não sei quais, mas sinto que eles iriam aparecer. Sei lá, poderia ser um novo projeto profissional ou até mesmo literário como um canal no Youtube ou a criação de podcasts. O problema é que esses novos interesses poderiam fazer com que eu desistisse definitivamente do blog. E a tudo isso, soma-se ainda a “força-bronca” que levei do amor da minha vida. Caráculas, como diz o velho ditado: ela chegou a bota. Cara, ela meu uma força muito grande para continuar, mas a bronca foi maior (rs) E foi exatamente isso que Lulu fez quando me disse: “Desistir de nove anos de sua vida? Caramba, isso mesmo, esse blog é como um diário de sua vida. Vai jogar tudo isso fora? Tão fácil e de maneira tão tola assim?!” Foram estas as palavras disparadas pela minha mulher. Pahhh!! Um verdadeiro pancadaço no fígado. Um pancadaço que também me ajudou a mudar de ideia. De fato, galera, se eu acabasse com o Livros e Opinião apagaria momentos especiais de minha vida (tristes e alegres) descritos ao longo desses quase dez anos, aqui. Foram várias postagens, incluindo os textos referentes ao meu velho pai, o grande e velho Kid Tourão, do qual sinto tanta saudade.
Valeu Lulu. Thank’s, thank’s e thank’s. Aliás, mil vezes thank’s por ter disparado aquele petardo.
Mas vamos voltar ao início desse post quando me referi ao trabalho de leão que devemos ter para manter um blog literário. Como disse acima, senti na pele essa dificuldade, mais do que nunca, agora.
Galera, tenho pela frente um desafio profissional enorme e que precisa ser vencido; muitos empregos, inclusive o meu, depende disso. Se fosse só o meu, acho que a tensão seria menor, mas acontece que o sucesso ou o fracasso desse projeto do qual sou um dos responsáveis, vai definir o futuro da empresa e consequentemente os empregos de outros colegas que aprendi a gostar durante todos esses anos. Este projeto tem um prazo para ser concluído, prazo que está expirando. E nas últimas três semanas surgiram barreiras que não estavam previstas. Ah! Tem mais, neste mesmo período, uma pessoa muito querida ligada intimamente a mim e também à Lulu iria passar por um teste definitivo em sua vida. Não tínhamos com o ajuda-la, pois não dependia de nós, mas sim de outras pessoas.
A ansiedade por essas duas situações, somadas ao estresse diário da minha profissão, fez com que eu ganhasse uma síndrome do intestino irritável que afetou, em parte, a minha qualidade de vida. Diante dessas dificuldades me apeguei muito em Deus. Tive muitas conversas íntimas com Ele e esse bate papo me ajudou muito. Simplesmente entreguei em suas Mãos esse problema que estava fora da minha competência e deixei o barco correr, fiz força para esquecer, e pimba! Segunda-feira (31/03), a solução apareceu e essa pessoa querida conseguiu vencer essa barreira. Agora resta apenas o meu desafio profissional.
Resumindo; todas essas pancadas acabaram diminuindo a minha vontade de manter o blog em atividade. Estava com um certo bloqueio emocional; não conseguia criar novas postagens, tanto é verdade que as três últimas que publiquei já estavam escritas há algum tempo – lembro que sempre mantenho alguns textos reservas para algumas emergências. Então, caiu a minha ficha e cheguei a conclusão de que se parasse por um determinado tempo, na realidade não iria voltar nunca mais. E assim, cá estou eu, divagando com vocês que me acompanham há pouco ou há muito tempo e com a decisão de continuar escrevendo as minhas resenhas, listas e comentários. Vamos deixar o barco correr e ver no que dá.
Espero que essa postagem ajude os blogueiros literários que, por algum motivo, estão pensando em parar com o seu trabalho, seja no Blogger, no Wordpress ou em qualquer outra plataforma. Problemas todos nós temos, uns mais, outros menos, mas aprendi que não podemos em detrimento deles, enterrarmos projetos que nos deram tanto prazer ao longo de anos. Se fizermos isso, quando os nossos problemas passarem, certamente iremos nos arrepender daquele ‘algo’ tão especial que enterremos. Torço ainda para que tenham por perto pessoas que lhes deem o estimulo necessário para prosseguir essa árdua, mas gratificante jornada na blogosfera..
Galera, obrigado por ‘suportarem’ mais divagações.
Inté!

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