28/10/2019

A Última Colônia


Vou dar dois conselhos antes de você ler “A Última Colônia” de John Scalzi: primeiro, jamais encare o novo livro sem antes ter lido “Guerra do Velho” e “As Brigadas Fantasma” e, segundo, esteja pronto para uma leitura mais introspectiva e conspiratória, sem as emocionantes batalhas presentes nos dois primeiros livros da saga. E aproveitando o embalo, já que estou me referindo à batalhas, em “A Última Colônia”, os leitores encontrarão apenas duas e bem menos intensas do que aquelas que John Perry e Jane Sagan lutaram em “Guerra do Velho” e “As Brigadas Fantasma”.
“A Última Colônia” é uma sequência direta dos outros dois livros da série, por isso se a galera resolver ler a obra sem dominar o universo da ‘União Colonial (UC)’ e das ‘Forças Coloniais de Defesa’ (FCD) criado pelo autor, sinto muito, mas vocês ficarão desorientados. Os três livros são interligados e precisam ser ‘devorados’ na ordem para uma leitura da saga mais prazerosa.
Se você seguir esse conselho, certamente gostará muito de “A Última Colônia” que fecha com chave de ouro e de uma maneira emocionante a “Saga do Velho” como ficou conhecida por alguns leitores.

Quando li o primeiro livro da trilogia me emocionei no momento em que John Perry, já muito idoso, com os seus mais de 80 anos, decidiu abandonar o planeta Terra, após a morte de uma pessoa muito querida, e ingressar nas Forças Coloniais de Defesa, no planeta Fênix – leiam "Guerra do Velho" e entendam como um vovô com 80 anos teria condições de ser recrutado por um exército interplanetário. O final de “A Última Colônia” também reserva uma despedida tão emocionante quanto a do primeiro livro. E antes que alguns leitores disparem flechas flamejantes contra mim, achando que estou soltando um spoiler camuflado nesse texto, eu explico que essa despedida não significa uma separação do icônico casal:  John e Jane. Nada a ver; trata-se de uma despedida poética, como um reinício, uma nova fase na vida de alguns personagens importantes da saga, incluindo Perry e Sagan.
Agora, deixando de lado esse “The End” perfeito, gostaria de falar escrever algumas linhas a mais para tranquilizar os leitores que estão preocupados com a falta de ação da história. Entendam que isso não quer dizer que o enredo elaborado por Scalzi é lento. Não é isso que estou dizendo. Pelo contrário, as conspirações, traições, surpresas e reviravoltas do enredo conseguem substituir com perfeição qualquer batalha interplanetária por mais quente e emocionante que seja.
O leitor, frequentemente, é surpreendido e as amizades surgem de onde você menos espera; os inimigos também, enfim, uma história repleta de conspirações.
Em “A Última Colônia”, Scalzi aborda o drama da raça humana que tenta expandir seus territórios, mas se depara com um problema: os planetas habitáveis são poucos e a competição por eles é enorme.
Após anos sem expandir suas fronteiras, a União Colonial (UC) toma a controversa decisão de iniciar uma nova colônia e a tarefa de administrá-la é entregue a dois condecorados heróis de guerra: John Perry e Jane Sagan.
Inicialmente, o maior desafio é conciliar os interesses de grupos com origens diversas, vindos de planetas distintos. E por isso, com culturas diferentes. Entretanto, logo os heróis se veem isolados em um planeta que não é o que parece e descobrem que são apenas peças no tabuleiro de uma disputa que envolve o destino de toda a humanidade, uma das maiores conspirações já tramadas pela União Colonial (UC).
Achei o livro incrível. Scalzi caprichou e soube encerrar com perfeição a trilogia. “A Última Colônia” tem todos os temperos necessários: personagens cativantes, conspirações, traições, intrigas políticas, bom humor, reviravoltas, além de mostrar a importância da amizade  verdadeira que pode surgir de onde e quando você menos espera.
Boa leitura!

26/10/2019

Filho de Elis Regina lança a biografia "Elis e Eu - 11 Anos, 6 Meses e 19 Dias com a Minha Mãe”


Não gosto muito de ler biografias, nem as não autorizadas e muito menos, as autorizadas. É complicado galera. Ou o autor, por vingança, desce o sarrafo no biografado, abrindo a mala de ferramentas, inventando cobras e lagartos ou então, por gratidão, endeusa o fulano ou fulana transformando-o no rei ou rainha que eles nunca foram.
Por isso, tenho poucas obras biográficas em minha estante. Por outro lado, sei que não posso generalizar, pois se temos biográficas nulas em termos de qualidade e sinceridade, em contrapartida temos livros do gênero fantásticos e principalmente honestos, entre os quais posso citar: “Eric Clapton – A Biografia”; “Eu, Tina” e “Rita Lee: Uma Autobiografia”.
Durante a semana, após dar as minhas zapeadas costumeiras pelas livrarias virtuais, fiquei sabendo do lançamento de uma nova biografia, e prá variar, sobre mais um cantor, ou melhor, uma cantora: Elis Regina. E, cá entre nós, torço para que a obra seja tão boa quanto a anterior escrita pelo jornalista Júlio Maria em “Nada Será Como Antes”. Esta, sem dúvida, uma biografia reveladora e verdadeira, pois foi baseada em mais de 120 entrevistas de pessoas que conviveram com a cantora.
Agora, chegou a vez do produtor João Marcello Bôscoli, filho de Elis, publicar uma nova biografia da artista. Trata-se de "Elis e Eu - 11 Anos, 6 Meses e 19 Dias com a Minha Mãe", da editora Planeta, que será lançado em 9 de novembro. A boa notícia é que o livro já está em pré-venda.
É a primeira vez que João escreve sobre Elis, a mãe que ele perdeu quando tinha 12 anos. O release da editora promete um texto forte, comovente e com histórias inéditas. O livro começa praticamente onde termina a biografia "Elis - Nada Será Como Antes”.  Elis, que morreu em janeiro de 1982, deixou três crianças e a mais velha delas, João, é quem guarda mais memórias por, naturalmente, ter convivido mais com a mãe. Seus irmãos são Maria Rita, que tinha 4 anos à época, e Pedro Mariano, que tinha nove. 
João Marcelo Bôscoli com o seu livro
O pai de João era Ronaldo Bôscoli, jornalista, compositor e produtor, morto em 1994. O filho de Elis nasceu no Rio, em 1970. Ouviu músicas em casa desde sempre e, aos 11 anos, fez sua estreia como instrumentista tocando bateria e cantando no álbum Comissão de Frente. Fez parte de grupos que vieram depois e participou de festivais colegiais também como compositor. 
João se tornou um músico famoso, vindo a trabalhar com Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Lenine, Nelson Sargento, Ivan Lins, César Camargo Mariano, Jorge Ben Jor, Demônios da Garoa, Zélia Duncan, Elza Soares e Arnaldo Antunes. 
"Elis e Eu - 11 Anos, 6 Meses e 19 Dias com a Minha Mãe" promete revelações interessantes que só mesmo alguém muito, mas muito próximo a cantora poderia revelar e se estivesse propenso a isso; e parece que João Bôscoli estava. Exemplo disso, é uma passagem envolvendo uma festa regada a muitas drogas; a mesma festa que antecedeu a morte da “Pimentinha”.
Em um dos capítulos, o autor – na época com 11 anos - conta que após receber o rotineiro beijo de “boa noite” de sua mãe, acordou com ruídos vindos da suíte ao lado: um entra e sai frenético no banheiro e diálogos entrecortados de inalações rápidas. Foi um choque perceber pela primeira vez o consumo de drogas dentro do apartamento e, se não bastasse, com a participação da mãe, Elis Regina. Ao revisitar suas memórias sobre essa festinha, ocorrida alguns dias antes da tragédia que abalaria o país, João Marcello Bôscoli revela que teve o ímpeto de interromper a balada, mas faltou-lhe coragem. “Se eu tivesse ido lá, o destino seria outro?”, questiona no capítulo inicial de seu livro, “Elis e Eu”. O destino ao qual João se refere, o país todo conhece: no dia 19 de janeiro de 1982, o coração da maior cantora do Brasil parou de bater devido a um choque anafilático causado pelo uso de cocaína misturada ao vermute Cinzano. 
O garoto viu a mãe sair com um fiapo de vida de casa, balbuciando palavras desconexas e carregada para o hospital pelo namorado Samuel Mac Dowell.
Além dessa revelação, há ainda passagens sobre a convivência da artista com os seus filhos, amigos, produtores e até mesmo com as pessoas que ela não se dava muito bem. À primeira vista, parece ser uma biografia honesta e narrada por alguém que fez parte da vida de Elis, conhecendo, portanto, todos os seus segredos.
Vamos aguardar a chegada da obra às livrarias no próximo dia 9 de novembro. Enquanto isso, os fãs de Elis Regina podem garantir o seu exemplar em pré-venda.

22/10/2019

Muito feliz com os quatro novos "bebês" que acabaram de chegar


Já fazia algum tempo que eu não saía do trivial com relação a compra de livros. A minha meta de aquisições literárias nos últimos sete ou oito meses era de dois livros, no máximo. Sabe como é falta de money, né?. Gastei muito com carro, casa e médico. E se não fosse a ajuda importante de Lulu, o barco teria ido a pique. Por isso, reduzi drasticamente as minhas compras, ficando no limite de dois livros, mas a maioria das vezes, um só.
Vinha adotando essa tática até o início da semana passada quando, finalmente, resolvi fazer uma loucura muito gostosa. Como as contas tinham dado um ‘refresco’, tomei a decisão de voltar aos velhos tempos e comprei na lata quatro obras literária que já vinha cobiçando há várias semanas.
Confesso que por causa da falta de fôlego do meu cartão que ainda se encontra na UTI fiquei temeroso, mas como sempre Lulu me deu a força que estava faltando. – Vai esperar o preço subir ou o livro se esgotar para comprar? – disse ela. Caraca, não sou sadomasoquista e nem quero ser, mas adoro essas duras da Lulu que recebo. Cara, elas te levantam o astral, ao contrário daquelas broncas ofensivas que broxam o sujeito. Às vezes, acho que ela teria que ser psicóloga. Acredito que o paciente sairia de seu consultório ‘triscando’ e com as pilhas recarregadas, depois dos conselhos do tipo: “Cara, para de se lamentar, acorda prá vida e vai à luta”.
Pois é, foi assim que esqueci o meu cartão, coloquei no carrinho de compras da Amazon: “O Homem de Giz” (C.J. Tudor), “E Não Sobrou Nenhum” (Agatha Christie), “A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert” (Joël Dicker) e “Le Monde Bizarre – O Circo dos Horrores” (M.D. Amado).
Galera, estou muito feliz com as aquisições e queria dividir essa alegria com vocês que frequentemente leem as minhas postagens. E olha que ainda ficaram de fora outras três preciosidades literárias e que, certamente, deverão chegar bombando no mês que vem quando fechar a fatura do meu Visa. Infelizmente o meu cartão pediu piedade na UTI quando arrisquei incluir no carrinho: “Por Trás de Seus Olhos” (Sarah Pinborough), “Não Conte a Ninguém” (Harlan Coben) e “Ed e Lorraine Warren” – Lugar Sombrio” (Ray Garton).
Bem, voltando a falar escrever sobre os meus quatro bebês, pretendo ler primeiramente “O Homem de Giz”. Cara, a minha expectativa com relação a história de C.J. Tudor está no ‘limite máximo’, afinal de contas ninguém mais do que Stephen King elogiou a história da escritora britânica. Além disso, é impossível não traçar paralelos entre o enredo de Tudor e o conto “O Corpo”, do próprio King que inspirou o filme “Conta Comigo”, de 1986; aliás um ‘contaço’ e um ‘filmaço’. Viu só? Não dá prá deixar de ficar ansioso.
A inspiração para adquirir “E Não Sobrou Nenhum”, surgiu após ler alguns textos nas redes sociais que classificam esse livro de Agatha Christie como o melhor já escrito por ela. Mais do que isso, na opinião da maioria dos críticos literários, “E Não Sobrou Ninguém”, lançado anteriormente com o título de “O Caso dos Dez Negrinhos” é o maior best-seller de ficção policial de todos os tempos, estando em 10 entre 10 listas de melhores livros da autora. Acho que essas credenciais já bastam para comprar o livro, Concordam?
Quanto “A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert”, a explicação para a sua entrada no carrinho de compras é que eu adoro enredos com plot twits e várias reviravoltas ao longo de sua narrativa; a obra de Joel Dicker se enquadra nessa categoria. Também estou morrendo de expectativa para lê-lo.
E finalmente, “Le Monde Bizarre: O Circo dos Horrores”. Ah! Não vai me dizer que você não gosta de histórias com palhaços e circos sinistros que fogem daquele padrão tradicional do qual já estamos cansados de ver? Estes enredos despertam a curiosidade de qualquer leitor, desde que não sofram de Coulrofobia, é evidente. Taí, o motivo de ter agarrado essa obra, publicada em 2012, antes que se esgotasse.
Desde que a editora Estronho anunciou a obra fiquei interessado e agora, surgiu a oportunidade de adquiri-la. “Le Monde Bizarre: O Circo dos Horrores” como o próprio nome diz é um livro de contos sobre um circo fictício que reúne criaturas estranhas, além de palhaços mais estranhos ainda. 
Os contos são de autoria de escritores principiantes, na época, alguns nem tão principiantes assim. Cada autor elaborou uma história - no mínimo, assustadora, segundo as pessoas que leram - usando como pano de fundo o universo sombrio de um circo fictício.
E agora, mãos a obra! Torcendo para ter várias horas disponíveis durante a semana para com começar a devorar esses livros, mas antes... tenho que terminar “A Última Colônia” de John Scalzi, que fecha a trilogia “Guerra do Velho” e que por sinal está fantástico.
Inté!

19/10/2019

Box com a trilogia “O Senhor dos Anéis” chega nas livrarias brasileiras em novembro


Quase sempre bate aquela vontade de relermos um livro que provocou uma baita ressaca literária; aquela obra que mexeu com os nossos sentimentos de leitor. Se você, por acaso, está pensando em reler a trilogia “O Senhor dos Anéis” tenho uma sugestão. Aceita? Que tal comprar o box com os três livros que serão relançados com uma nova “roupagem” pela editora Harper Collins?
Cara, que box! É de encher os olhos, pelo menos é o que mostram os releases promocionais distribuídos pela editora. A boa notícia é que a galera poderá também adquirir os livros separadamente. Acredito que essa seja a melhor saída para aqueles que estão com o seu cartão crédito ‘miando’. Você compra um, depois outro e por fim o terceiro, fechando a trilogia; se bem que o gostoso é, de fato, comprar o box fechado. Sei lá, a emoção é diferente, ao contrário daquela que você sente ao segurar nas mãos apenas um bebê. Por isso, se você puder, pegue logo, de uma só vez, os três bebês.
As novas edições serão em capa dura, como os outros títulos do autor lançados pela editora. Além do novo projeto gráfico, essas edições também terão uma nova tradução e estarão disponíveis para venda a partir de novembro. Mas posso contar uma surpresinha? Ok, lá vai: o box já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais e como isso, você já pode garantir o seu.
A Haper Collins garante que no dia 25 de novembro, o box da antológica trilogia escrita por J.R.R. Tolkien chega nas prateleiras de todas as livrarias brasileiras.
No Brasil, os livros de J.R.R. Tolkien vêm sendo reeditados pela HarperCollins, editora bicentenária que detém os direitos de publicação da obra no exterior desde 1990, quando os adquiriu da Allen & Unwin, que publicou os trabalhos do autor originalmente. Quem publicava os livros da saga até então no País era a WMF Martins Fontes, mas desde 2018 as obras vêm ganhando novas traduções de Ronald Kyrmse e Reinaldo José Lopes.
O projeto teve início com a publicação de “Beren e Lúthien” e “A Queda de Gondolin”, duas versões inéditas de contos presentes em “O Silmarillion”, editados por Christopher Tolkien, filho do autor. Também foram relançados pela editora “O Silmarillion” e “O Hobbit”. Agora, em novembro chegou a vez da saga “O Senhor dos Anéis”.
Vamos aguardar; com muita expectativa, claro.


16/10/2019

Maria, A Maior Educadora da História


Não tenho o livro, mas li. Peguei emprestado da biblioteca municipal de minha cidade. Como a biblioteca funciona num anexo da Prefeitura, fui até lá realizar uma entrevista com um secretário de Estado que estava visitando Pirajuí. Após a entrevista, resolvi dar uma “esticadinha” até a biblioteca para “zapear” as suas estantes. Foi quando a bibliotecária, sem mais nem menos, me perguntou se eu já havia lido “Maria, A Maior Educadora da História”, livro que por sinal, ela estava lendo naquele momento. Ao responder que não, a bibliotecária sugeriu que eu lesse, deixando um certo “que” no ar do tipo: “Pô, você tem um blog literário e ainda não leu essa obra?!”
Aceitei a sugestão, mesmo porque sou um grande fã de Augusto Cury, mesmo fugindo de livros de autoajuda. Quando ele escreve temas relacionados a psicologia, deixando de lado as muletas da autoajuda, Cury pode ser considerado um dos maiores autores do mundo. Como já havia lido e adorado a coleção “Análise da Inteligência de Cristo”, apanhei o livro proposto pela ‘Dona Ivone’: a bibliotecária  e... não me arrependi.

“Maria, A Maior Educadora da História” é uma obra fascinante. Cury descreve qual foi a psicologia adotada por Maria para educar a criança mais inteligente que pisou no planeta Terra: o Menino Jesus. Numa linguagem fluida e envolvente, o escritor que também é psicólogo e psiquiatra analisa a mente brilhante de uma mulher simples e doce, mas de uma grande personalidade que foi capaz de ensinar importantes lições de vida para um menino que um dia se tornaria o homem que mudaria a história da humanidade. Um dos métodos utilizados por Maria de Nazaré era o de instigar a dúvida, para que o Menino Jesus encontrasse em si mesmo a resposta para as adversidades que formariam seu caráter e personalidade.
O enredo de “Maria, A Maior Educadora da História” não tem nada de autoajuda, longe disso. O livro é uma análise psicológica sobre Maria. Cury utilizou a mesma metodologia aplicada em sua famosa coleção: “Análise da Inteligência de Cristo”. Partindo do ponto de vista da psicologia, psiquiatria e pedagogia; ele analisa a personalidade de Maria e em especial os dez princípios que ela utilizou na educação do menino Jesus. É importante esclarecer, ainda, que não se trata de uma análise católica ou protestante, mas cientificamente investigativa.
Neste livro, é esclarecido o quão importante Maria, mãe de Jesus, foi para a formação do homem que dividiu a história, Jesus Cristo.
Ela tornou-se a mulher mais famosa da História. A única exaltada em dois livros sagrados, a Bíblia e o Alcorão. Entretanto, sua personalidade continua sendo uma das mais desconhecidas.
Um livro incrível, o qual não poderia deixar de recomendar.

12/10/2019

O Instituto


Olha, vou falar a verdade já que não tenho o hábito de mentir para os meus leitores. Ok, lá vai: “Fiquei com vontade, várias vezes, de jogar contra a parede o novo livro de Stephen King”. Mas eu queria jogar o tal livro com todas as minhas forças para que ele se... se... sei lá, se desintegrasse, talvez.
Calma aí gente, vocês podem estar pensando que eu faria isso porque “O Instituto” é muito ruim, mas na realidade não é assim. Este meu comportamento irado, digamos assim, teria uma outra razão: a tensão.
O enredo de “O Instituto” é tenso pra caráculas, tão tenso que faz com que o leitor fique desesperado. Além do mais, King criou personagens tão verossímeis, tão carismáticos, que não há como não se envolver emocionalmente com eles. O resultado dessa mistura é algo explosivo que mexe pra caramba com os seus sentimentos. Por isso quando acontece algo que você discorda ou ache errado envolvendo esses personagens, pimba! Vem aquela vontade de arremessar o livro na parede. Entenderam?
Se a minha opinião valer alguma coisa – tomara que valha (rs) – posso dizer que “O Instituto” é o melhor livro de toda a carreira literária de Stephen King até aqui. E olha que jamais pensei que iria dizer um troço desses depois de ter lido “It – A Coisa” e “O Cemitério”; pois é, mas disse, e estou sendo muito sincero.
O enredo criado pelo autor é tenso do início ao fim. Desde o momento em que um grupo de invasores sequestra um menino de 12 anos, assassina os seus pais, e o leva para um lugar estranho chamado Instituto, até o final apoteótico da história.  
Neste misterioso lugar, Luke – é assim que se chama o garoto sequestrado – conhece outras crianças que também tiveram destino semelhante ao seu.
Imagine uma prisão turca como a de Diyarbakir onde os guardas e carcereiros desconhecem a palavra “Direitos Humanos” e onde os presos enfrentam as mais terríveis torturas, além de abusos psicológicos inimagináveis. Agora, substitua os presos adultos dessa penitenciária turca por crianças de 10 a 12 anos ou até menos. Pronto. Você já tem o Instituto.
Esta violência física e psicológica fica ainda pior quando os carcereiros do Instituto – que são chamadas de cuidadores – colocam um sorriso no rosto e depois tentam ganhar a simpatia desses menores distribuindo fichas para que eles possam compram balas, doces e bebidas. O grupo de crianças formado por Luke, Kalisha, Nicky, George, Iris e o caçula Avery, está na Parte da Frente do misterioso lugar. Outros jovens, porém, foram levados para a Parte de Trás, e nunca mais foram vistos.
O que todas essas crianças tem em comum são poderes paranormais – telecinesia e telepatia, em diversos níveis. E o Instituto não mede esforços  para extrair cada grama de seus talentos. Embora não revele os seus objetivos, todos os dias a equipe de médicos, cientistas e cuidadores testa e potencializa os poderes desses jovens, quase sempre com métodos brutais.
Os dias passam, e conforme novas vítimas desaparecerem na Parte de Trás, Luke fica cada vez mais desesperado para fugir e procurar ajuda, mas acontece que até agora, ninguém conseguiu escapar de lá.
As ardilosidades, tramas, traições e violência que ocorrem no Instituto deixam qualquer leitor ‘babando’ de tensão e é nesses momentos que vem aquela vontade de arremessar o livro contra a parede.
Os capítulos finais da história, antes de sua conclusão, são apoteóticos. O momento em que os agentes do Instituto invadem uma pequena cidadezinha na Carolina do Sul, chamada Dupray, é adrenalina pura. O confronto eminente...  - bem... vamos ficar apenas no ‘confronto eminente’ para não estragar esse texto com spoilers – é adrenalina pura e faz com que o leitor se imagine sentdao numa poltrona de cinema, gritando, torcendo e jogando pipocas para cima. Então, quando você pensa que a adrenalina passou, vem outra descarga elétrica perto do final, dessa vez nas dependências do Instituto. C-a-r-a-c-a!! Que foi aquilo?!! Que final!! E toma mais gritos e pipocas para cima. Fantástico!
Depois de tanta adrenalina nos capítulos finais, King conclui o seu enredo de uma maneira tranquila, mas muito emocionante. É neste momento que também ficamos sabendo qual é a verdadeira função do Instituto.
Leiam, vale muito a pena. Afinal, como já disse, trata-se do melhor livro de King. Pelo menos para mim.

09/10/2019

Seis batalhas literárias épicas de tirar o fôlego de qualquer leitor


Sou apaixonado por cenas de batalhas nos livros. Amo aqueles combates épicos envolvendo heróis, vilões, exércitos, cavaleiros ou navios. Sejam contemporâneos ou medievais, não importa, devoro todos eles. Por isso, tenho em lugar de destaque na minha estante as trilogias: “As Crônicas de Artur”, “A Busca do Graal” e “Crônicas Saxônicas” que podem ser consideradas a “santíssima trindade literária” quando o tema são batalhas memoráveis.
No post de hoje escolhi cinco batalhas que aconteceram nos livros e que não minha opinião, merecem receber o título de antológicas ou épicas, tanto faz. Elas foram tão bem descritas que acabei me imaginando lá no meio da muvuca, participando do embate, sem contar que tais contendas me fizeram suar de ansiedade torcendo para que determinados personagens se saíssem bem.
Vamos à elas!

01 – Batalha dos Cinco Exércitos
Livro: O Hobbit (J.R.R. Tolkien)
O filme de Peter Jackson que fechou a trilogia nos cinemas bem que tentou retratar as emoções das páginas, mas não conseguiu. Apesar de todo o aparato tecnológico, efeitos especiais de última geração e o escambau a quatro, a suntuosidade das cenas dirigidas por Jackson não chega aos pés do enredo descrito por Tolkien.
A batalha dos Cinco Exércitos em "O Hobbit" foi uma guerra travada na Terceira Era, antes dos acontecimentos de “O Senhor dos Anéis”. O embate aconteceu após a morte do dragão Smaug, que muitos anos antes havia tomado a Montanha Solitária com todo o seu tesouro. Os homens queriam uma parte desse tesouro para reconstruir suas vidas arruinadas pelo dragão que atacou a cidade do lago encontrando sua morte. 
Participaram da guerra os homens, anões, elfos, orcs, trolls e wargs. A descrição da batalha feita por Tolkien é incomparável. As lutas envolvendo orcs, homens, elfos e outras criaturas tiram o fôlego de qualquer leitor, já no filme... nem tanto.
02 – Batalha de Mynyd Baddon
Livro: Excalibur (Bernard Cornwell)
Que loucura! Que batalha foi aquela?! As descrições das cenas de luta na Batalha de Mynyd Baddon em “Excalibur” – livro que fecha a trilogia “As Crônicas de Artur” - provam porque Bernard Cornwell é considerado o “Mago Supremo dos Combates Medievais”. O autor deu uma verdadeira aula de como escrever cenas de luta envolvendo paredes de escudo, cavaleiros, lanças, espadas e até mesmo arqueiros. As lembranças daquele capítulo ainda estão guardadas em minha mente, mesmo após ter lido “Excalibur” há anos.
Uma curiosidade interessante é que a Batalha de Mynyd Baddon não acontece nas páginas finais, mas no meio do livro. A luta envolve saxões e britânicos e consegue levar o leitor ao êxtase. Para aqueles que estão achando que estou exagerando, tirem a prova lendo o livro e depois, se ainda quiserem, podem discordar.
Cornwell  mostra um Derfel com sede de sangue e um Artur impiedoso e cruel, fugindo das características normais dos personagens. Talvez, essa dualidade de personalidades tenha sido um ponto positivo que ajudou a impactar ainda mais essa antológica batalha; a ‘number one’ dos livros.
03 – Batalha de Crécy
Livro: O Arqueiro (Bernard Cornwell)
Olha Bernard Cornwell novamente aí, gente! Além de ser um grande escritor de batalhas medievais, Cornwell consegue retratar com exatidão, em suas obras, momentos marcantes da história mundial, dando ao enredo um tempero a mais. Exemplo disso é a famosa “Batalha de Crécy” que, de fato, aconteceu.
O conflito que teve lugar em 26 de agosto de 1346, foi o primeiro grande confronto da Guerra dos Cem Anos, entre os exércitos de Filipe VI, da França, e Eduardo III, da Inglaterra, que terminou com a vitória dos ingleses. Ali foram utilizados os primeiros canhões.
Cornwell insere, com maestria, personagens fictícios num cenário real. Ele faz uma descrição perfeita e emocionante da Batalha de Grécy que viria a culminar na Guerra dos Cem Anos. Mesmo sem atingir o êxtase da Batalha de Mynyd Baddon, de Excalibur, a narrativa do autor é tão sedutora que faz da batalha de Grécy um dos pontos mais altos de “O Arqueiro”, livro que abre a chamada trilogia da “A Busca do Graal”.
A história de “O Arqueiro” trata da vida de Thomas de Hookton, um jovem arqueiro inglês que teve sua aldeia destruída e seu pai assassinado por soldados desconhecidos quando acabara de completar 18 anos de idade. Ainda no leito de morte do pai, Thomas faria a promessa de recuperar uma relíquia de Hookton e de sua família, a Lança de São Jorge. Preocupado em cumprir a promessa para seu pai e em vingar a destruição de sua amada vila, Thomas se junta ao Exército Inglês como arqueiro e participa de campanhas que anos mais tarde o levariam a participar da épica batalha de Crécy.
04 – Batalha de Hogwarts
Livro: As Relíquias da Morte (J.K. Rowling)
A Batalha de Hogwarts, presente no livro “As Relíquiasda Morte” que fecha a saga literária de Harry Potter, ocorreu dentro do castelo e nos terrenos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Tudo começou quando Lord Voldemort soube que Harry Potter estava no castelo para localizar e destruir uma de suas últimas horcruxes. Ele disse, então, para cada Comensal da Morte e cada criatura que fosse leal a ele para atacar a escola. A Armada Dumbledore convocou a Ordem de Fêxix e seus outros aliados, levando a uma batalha em grande escala.
Para ser sincero me emocionei tanto com o livro quanto com o filme. Achei que David Yates, diretor de “Relíquias da Morte”, partes 1 e 2, conseguiu transferir para as telonas toda a emoção e ação presentes no enredo criado por J.K. Rowling.
A Batalha de Hogwarts foi uma das mais memoráveis dos livros que li. Fiquei muito triste com a morte de alguns personagens queridos, os quais já tinha adquirido ‘laços de familiaridade’ ao longo de toda a saga, mas não posso negar que Rowling criou um dos embates mais epopeicos da literatura. Nitroglicerina pura!
05 – Batalha de Duholm
Livro: Os Senhores do Norte (Crônicas Saxônicas – Volume III)
A batalha travada pelos guerreiros de Uhtred e Ragnar com o apoio de Alfredo para tomar a fortaleza de Dunholm, onde vive o cruel Kjartan e seu filho Sven, o “Caolho”, é impagável. Coisa de loko cara! O trecho de "Os Senhores do Norte" referente ao ataque dos cães selvagens de Kjartan aos invasores de sua fortaleza é de fechar os olhos. Nesta hora, novamente, Uhtred e seus guerreiros contam com a sorte e, prá variar, Cornwell nos brinda, mais uma vez, com algo deliciosamente improvável envolvendo Thyra, irmã de Ragnar. Alguns críticos de Cornwell acusam que ele fantasiou muito nessa parte do enredo, mas fantasiando ou não, a entrada de Thyra em cena é algo divinamente inesperado e triunfal. Mil vezes Putz!
Na minha opinião continua sendo o melhor volume de toda a saga que já está em seu 11° livro
06 – A Batalha do Coral
Livro: A Guerra do Velho (John Scalzi)
Para fechar a nossa lista, escolhi um embate interplanetário que achei o máximo. A Batalha do Coral aconteceu em “A Guerrado Velho” de John Scalzi.
No enredo do autor, finalmente a humanidade chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, os humanos precisarão de tecnologias inovadoras e também de um exército disposto a arriscar tudo. Esse exército, conhecido como Forças Coloniais de Defesa (FCD), não apenas mantém a guerra longe dos terráqueos e colonos, como também evita que eles saibam demais sobre a situação do universo. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos.
A Batalha do Coral onde os soldados das Forças Coloniais de Defesa enfrentam a temível raça alienígena dos Rraeys é de prender o fôlego. Caráculas!! Scalzi conseguiu criar uma das principais batalhas interplanetárias da literatura.
Taí pessoal, por hoje é só. Espero que tenham apreciado, e se estiveram a fim de ‘mergulhar de cabeça’ em batalhas épicas, podem comprar, sem medo, qualquer uma dessas cinco obras.

05/10/2019

Os 15 livros de ficção mais vendidos em 2019

Às vezes, os melhores insights surgem nos momentos mais inusitados de nossas vidas. A ideia desse post surgiu assim. Ontem, quando eu e Lulu retornávamos do médico, me atacou uma cólica medonha no sistema digestivo. Não sei como adquiri essa famosa “Síndrome do Intestino Irritável” que provoca um verdadeiro reboliço nas minhas tripas. Cara, elas ficam completamente loucas e, geralmente, nos piores momentos. 
Senti o drama, ontem na estrada, enquanto estava retornando do médico que atende numa cidade distante 60 quilômetros da minha. Como Lulu também estava impossibilitada de dirigir, tive de ir ‘tocando em frente’ como na música do Almir Sater. E confesso que essa tocada foi ‘braba’.
Entonce, enquanto o meu sistema digestivo não sabia se dançava forró ou discoteca, pimba!! Veio o insight : “Por que não escrever um post sobre os livros mais vendidos em setembro?”. Obvio, né galera, já que estamos no início de outubro. Pois é, mas mesmo sendo óbvio, eu havia comido bronha, porque essa sugestão não estava fazendo parte dos meus planos, mas graças ao insight que tive, num momento de desespero, ela passou a fazer. Mas para dar uma incrementada decidi acrescentar um tempero a mais nesse insight. Pensei comigo: “Que tal, fazer uma relação dos mais vendidos de 2019 até aqui, e não apenas dos mais vendidos no mês de setembro?”

No final ficou valendo essa sugestão. Como fonte de pesquisa utilizei o ranking do site Publisnews que trabalha com 17 livrarias, entre as quais: Cultura, Saraiva, Nobel, Martins Fontes e Americanas. Fiz ainda uma varredura no portal da Amazon, onde mapeei os mais vendidos até o começo de setembro, além de uma zapeada na relação de mais vendidos da Revista Veja.
Então, vamos a relação parcial dos livros de ficção mais vendidos em 2019. Anotem aí:
15º Lugar: A Bruxa não vai para a fogueira neste livro
Autor: Amanda Lovelace
Editora: LeYa
Páginas: 208
Acabamento: Brochura
Preço médio: R$ 29,90
Sinopse da editora:  Aqueles que consideram “bruxa” um xingamento não poderiam estar mais enganados: bruxas são mulheres capazes de incendiar o mundo ao seu redor. Resgatando essa imagem ancestral da figura feminina naturalmente poderosa, independente e, agora, indestrutível. Neste novo livro, Amanda conclama a união das mulheres contra as mais variadas formas de violência e opressão. É mais do que uma obra escrita por uma mulher, sobre mulheres e para mulheres: trata-se de uma mensagem de ser humano para ser humano – um tijolo na construção de um mundo mais justo e igualitário.
14º Lugar: Caixa de pássaros
Autor: Josh Malerman
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Acabamento: Brochura
Preço médio: R$ 29,90
Sinopse da editora: Eleito um dos 11 melhores livros de estreia de 2014 pela Kirkus Reviews e uma das melhores obras de 2014 pelo site Book Riot, Caixa de pássaros é o romance de estreia de Josh Malerman. Quatro anos depois de as mortes terem começado, há poucos sobreviventes em Michigan. Malorie e seus dois filhos pequenos estão entre eles. O trio faz parte do grupo que tenta resistir em um mundo no qual abrir os olhos pode ser fatal. Vivendo em uma casa abandonada, Malorie e os filhos não sabem o que se passa do lado de fora. Sempre com as janelas e portas cobertas e sem comunicação com o exterior, o local é uma área isolada no meio do caos. Até o momento em que uma misteriosa neblina atinge a região e Malorie toma uma decisão que adiou por muito tempo. Após quatro anos trancados, Malorie e as crianças fogem da casa em um barco a remo na esperança de encontrar um lugar distante do surto que matou todos ao seu redor. De olhos tapados, os três encaram uma viagem assustadora rumo ao desconhecido. Com uma trama cheia de suspense e terror psicológico, Caixa de pássaros explora a essência do medo em um mundo pós-apocalíptico.
13º Lugar: H.P. Lovecraft: Os melhores contos (Box com 3 volumes)
Autor: H.P. Lovecraft
Editora: Pandorga
Páginas: 448
Acabamento: Brochura
Preço médio: R$ 79,90
Sinopse da editora: Com enredos marcados pelo simbolismo e muitas vezes inspirado por seus constantes pesadelos, Lovecraft envolve o leitor em uma atmosfera tenebrosa, cujo desfecho é sempre surpreendente. Nessa coleção, reunimos alguns dos contos clássicos do autor em uma caixa feita especialmente para colecionadores e amantes do gênero. Nessa coleção , composta por três livros, reunimos alguns dos contos clássicos do autor em uma caixa feita especialmente para colecionadores e amantes do Gênero.
12º Lugar: Mitologia Nórdica
Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Acabamento: Capa dura
Preço médio: R$ 29,99
Sinopse da editora: Uma jornada da origem do universo até o fim do mundo.
Quem, além de Neil Gaiman, poderia se tornar cúmplice dos deuses e usar de sua habilidade com as palavras para recontar as histórias dos mitos nórdicos? Fãs e leitores sabem que a mitologia nórdica sempre teve grande influência na obra do autor. Depois de servirem de inspiração para clássicos como Deuses americanos Sandman, Gaiman agora investiga o universo dos mitos nórdicos. Em Mitologia nórdica, ele vai até a fonte dos mitos para criar sua própria versão, com o inconfundível estilo sagaz e inteligente que permeia toda a sua obra.
Fascinado por essa mitologia desde a infância, o autor compôs uma coletânea de quinze contos que começa com a narração da origem do mundo e mostra a relação conturbada entre deuses, gigantes e anões, indo até o Ragnarök, o assustador cenário do apocalipse que vai levar ao fim no mundo. Às vezes intensos e sombrios, outras vezes divertidos e heroicos, os contos retratam tempos longínquos em que os feitos dos deuses eram contados ao redor da fogueira em noites frias e estreladas.
Mitologia nórdica é o livro perfeito para quem quer descobrir mais sobre a mitologia escandinava e também para aqueles que desejam desvelar novas facetas dessas histórias.
11º Lugar: It – A Coisa
Autor: Stephen King
Editora: Suma
Páginas: 1104
Preço médio: R$ 74,20
Sinopse da editora: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em "It - ACoisa", clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.
10º Lugar: 1984
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 416
Preço médio: R$ 49,90
Sinopse da editora: Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico.
Livro considerado antológico e muito elogiado pela critica ao longo dos anos. A obra de Orwell foi lançada originalmente em 1949, mas o seu enredo continua mais do que atual.
09º Lugar: Ainda sou eu
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Preço médio: R$ 39,90
Sinopse da editora: Sequência dos romances Como eu era antes de você Depois de você, que arrebataram o coração de milhares de fãs, Ainda sou eu conta, pela perspectiva delicada e bem-humorada de Lou Clark, uma história comovente sobre escolhas, lealdade e esperança.

Lou Clark chega em Nova York pronta para recomeçar a vida, confiante de que pode abraçar novas aventuras e manter seu relacionamento a distância. Ela é jogada no mundo dos super-ricos Gopnik — Leonard e a esposa bem mais nova, e um sem-fim de empregados e puxa-sacos. Lou está determinada a extrair o máximo dessa experiência, por isso se lança no trabalho e, antes que perceba, está inserida na alta sociedade nova-iorquina, onde conhece Joshua Ryan, um homem que traz consigo um sopro do passado de Lou.
Enquanto tenta manter os dois lados de seu mundo unidos, ela tem que guardar segredos que não são seus e que podem mudar totalmente sua vida. E, quando a situação atinge um ponto crítico, ela precisa se perguntar: Quem é Louisa Clark? E como é possível reconciliar um coração dividido?
Sequência dos romances Como eu era antes de você Depois de você, que arrebataram o coração de milhares de fãs, Ainda sou eu conta, pela perspectiva delicada e bem-humorada de Lou Clark, uma história comovente sobre escolhas, lealdade e esperança.
08º Lugar: Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente: Onde dorme o amor

Autor: Igor Pires da Silva, Letícia Nazareth, Malu Moreira e Gabriela Barreira
Editora: Globo Alt
Páginas: 256
Preço médio: R$ 39,90
Sinopse da editora: Nesta coletânea de textos inéditos, os autores exploram o amor, o perdão e a cura em seus diversos aspectos, do modo poético e sensível que já lhes é característico. Prezando sempre pela pluralidade, Onde dorme o amor é um manifesto em prol do amor próprio e da aceitação, e esmiúça as nuances, delicadezas e vulnerabilidades que perpassam os relacionamentos humanos. Com as notáveis ilustrações de Júlio Almeida, este livro abraça todas as complexidades de ser, desconstruindo conceitos e lugares-comuns.

As ilustrações são um complemento incrível aos textos. de autoria de Júlio Almeida, as ilustrações são tão íntimas quanto os textos. o primeiro livro também contava com ilustrações (de outros artistas) e eram sensacionais. nesse livro elas não deixaram a desejar e nos trazem toda a complexidade dos textos expressada pela arte – não que os textos não sejam uma obra de arte, por que são.

07º Lugar: Revolução dos Bichos
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 156
Preço médio: R$ 29,90
Sinopse da editora: Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo. 
06º Lugar: O homem de giz
Autor: C.J. Tudor
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Preço médio: R$ 39,90
Sinopse da editora: Em 1986, Eddie e os amigos passam a maior parte dos dias andando de bicicleta pela pacata vizinhança em busca de aventuras. Os desenhos a giz são seu código secreto: homenzinhos rabiscados no asfalto; mensagens que só eles entendem. Mas um desenho misterioso leva o grupo de crianças até um corpo desmembrado e espalhado em um bosque. Depois disso, nada mais é como antes.

Em 2016, Eddie se esforça para superar o passado, até que um dia ele e os amigos de infância recebem um mesmo aviso: o desenho de um homem de giz enforcado. Quando um dos amigos aparece morto, Eddie tem certeza de que precisa descobrir o que de fato aconteceu trinta anos atrás.
Alternando habilidosamente entre presente e passado, O Homem de Giz traz o melhor do suspense: personagens maravilhosamente construídos, mistérios de prender o fôlego e reviravoltas que vão impressionar até os leitores mais escaldados.

05º Lugar: O conto da Aia
Autor: Margaret Atwood
Editora: Rocco
Páginas: 368
Preço médio: R$ 44,50
Sinopse da editora: O romance distópico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. Uma das obras mais importantes da premiada escritora canadense, conhecida por seu ativismo político, ambiental e em prol das causas femininas, O conto da aia foi escrito em 1985 e inspirou a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original), produzida pelo canal de streaming Hulu em 2017. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado. A Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar, depois que uma catástrofe nuclear tornou estéril um grande número de pessoas. E sem dúvida, ainda que vigiada dia e noite e ceifada em seus direitos mais básicos, o destino de uma aia ainda é melhor que o das não-mulheres, como são chamadas aquelas que não podem ter filhos, as homossexuais, viúvas e feministas, condenadas a trabalhos forçados nas colônias, lugares onde o nível de radiação é mortífero. Com esta história assustadora, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente. Vencedor do Arthur C. Clarke Award.
04º Lugar: Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
Autor: Igor Pires da Silva e Gabriela Barreira
Editora: Globo Alt
Páginas: 304
Preço médio: R$ 39,90
Sinopse da editora: Indo contra a tendência dos textos curtos e superficiais que são postados nas redes sociais, o coletivo literário Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente (TCD) passou a produzir e compartilhar um conteúdo extenso, profundo e extremamente poético em suas páginas no Facebook e no Instagram. Com seus escritos e ilustrações, eles acabaram atingindo um público muito maior do que o esperado, nos mostrando como, apesar da crescente agilidade que nossa comunicação exige, ainda precisamos de tempo para digerir e entender nossas complexas relações humanas.

O livro traz uma lição extremamente importante sobre o amor próprio, sobre perceber que as vezes nos encontramos em relações vazias porque não queremos encarar a solidão, não aprendemos a apreciar a própria companhia. 
Outro fator que chama muita atenção e que merece destaque são as ilustrações que acompanham os textos, são maravilhosas, extremamente bem feitas e que tornam a leitura ainda mais bela. 

03º Lugar: Poesia que transforma
Autor: Bráulio Bessa
Editora: Sextante
Páginas: 192
Preço médio: R$ 29,90
Sinopse da editora: Bráulio Bessa conquistou o Brasil com seus cordéis no programa Encontro com Fátima Bernardes. O livro inclui o poema Recomece e ilustrações do artista baiano Elano Passos. “O Bráulio mexe com nossas memórias, nossos sentimentos, faz aflorar o melhor da gente. É poesia que sai do coração. Que alegria tê-lo toda semana no meu programa!” - Fátima Bernardes “Cada palavra que sai da boca do Bráulio Bessa toca minha alma de uma forma raríssima.” - Milton Nascimento “Bráulio Bessa é um hipnotizador de palavras. Tem o coração rimado. Quando fala, o verbo venta verso.” - Fabrício Carpinejar “Gosto de comparar a poesia a um abraço, que consegue fazer um carinho na alma sem nem saber qual é a dor que você está sentindo. A poesia se adapta à sua dor. É um abraço cego e despretensioso, como quem diz: ‘Venha! Tá doendo? Pois deixe eu dar um arrocho, que vai lhe fazer bem.’” - Bráulio Bessa Este livro é uma homenagem à poesia e a tudo o que ela é capaz de proporcionar. Com mais de 30 de seus emocionantes poemas, alguns deles inéditos, Bráulio Bessa nos conta um pouco das histórias do menino de Alto Santo, no interior do Ceará, que se tornou poeta e ativista cultural. Desde o primeiro encontro com a obra de Patativa do Assaré, aos 14 anos, até a fama na televisão, ele mostra como a poesia transformou sua vida. Com ilustrações do artista baiano Elano Passos, o livro traz ainda depoimentos de fãs de todos os cantos do Brasil, revelando como as palavras de Bráulio são capazes de inspirar pequenas e grandes mudanças.
02º Lugar: Prisioneiros da Mente
Autor: Augusto Cury
Editora: Harper Collins
Páginas: 320
Preço médio: 34,90
Sinopse da editora: Em seu novo livro, Prisioneiros da mente, Augusto Cury conta a história de Theo Fester, um poderoso empresário do Vale do Silício, filho de um sobrevivente do Holocausto.

Apesar de ser mundialmente conhecido e de ter se tornado um dos homens mais ricos do mundo, sua família está falida emocionalmente. Ao assistir a uma entrevista do cientista e psiquiatra Marco Polo, Theo descobre que todas as pessoas têm seus presídios mentais, que sustentam egos inflados, depressivos e ansiosos.
Logo, ele se dá conta de que sua família é um exemplo perfeito disso, pois são mendigos emocionais. Apesar de serem aplaudidos por suas conquistas, vivem uma farsa.
As palavras de Marco Polo mudaram a vida de Theo. Ao saber que está à beira da morte, ele reúne seus filhos Peterson, Brenda e Calebe para contar que tem pouco mais de três meses de vida.
No encontro, anuncia que vai investir quase toda a sua fortuna em um projeto chamado “Prisioneiros da Mente”. Ao longo do livro, Cury disseca os cárceres mentais comuns a quase todas as pessoas, mas que dificilmente são verbalizados.
O autor revela traços da personalidade dos filhos de Theo e mostra que o empresário está disposto a fazer de tudo para torná-los pessoas melhores e libertá-los de seus cárceres mentais antes de morrer.

01º Lugar: A garota do lago
Autor: Charlie Donlea
Editora: Faro Editorial
Páginas: 296
Preço médio: 39,90
Sinopse da editora: Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada. Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso. E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado.
Taí galera! Espero que essa toplist ajude alguns leitores a escolher os seus livros desse mês.
Valeu!

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